No IML, os cadáveres permanecem na câmara fria temporariamente enquanto não são reclamados ou identificados, ou quando há pendências na conclusão de outros exames complementares que possam ajudar a esclarecer a causa da morte.
Principalmente sangue e vísceras são retiradas do corpo após o corte, e acautelados pelo policial do Setor de Evidências Criminais. Tais exames são realizados nos laboratórios localizados no próprio IML. Nesses laboratórios, os técnicos e peritos, também policiais, também trabalham com os cadáveres.
O Instituto Médico Legal está subordinado à Perícia Oficial do Estado de Alagoas e foi criado com o intuito de fornecer bases técnicas em Medicina Legal para o julgamento de causas criminais. A mais conhecida das funções do IML é a necropsia, vulgarmente chamada de autópsia - exame do indivíduo após a morte.
Todos os óbitos por causas externas ou violentas devem ser atestados pelo IML, independentemente do tempo entre o acidente ou violência e a morte. Também no caso de morte de desconhecido, cabe à Polícia Técnico Científica proceder a identificação, devendo portanto o cadáver ser encaminhado ao IML.
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Como o IML descobre a causa da morte?
Já começando com um esclarecimento: apesar de o processo ser conhecido popularmente como autópsia, o termo correto é necropsia. Um médico-legista abre e analisa os órgãos de três cavidades do corpo: crânio, tórax e abdome, para descobrir as circunstâncias e as causas da morte.
A forma mais simples de determinar a hora do óbito é a temperatura do cadáver. O nosso corpo é mantido por mecanismos bioquímicos a uma temperatura constante de cerca de 37 graus Celsius.
O processo de liberação de um corpo no Instituto Médico Legal (IML) depende de diversos fatores. Considerando a emissão de laudos e a avaliação da investigação policial, a liberação do corpo para a família pode demorar meses.
Morte súbita, inesperada e inexplicável, em indivíduo previamente hígido, em que se faz necessário afastar suspeita fundamentada de violência, devendo a suspeita estar claramente consignada na solicitação.
São analisados, também, o encaminhamento médico e documentações enviadas pelo médico assistente. É feita a conferência do nome ou número do cadáver antes do início da necropsia. Em seguida, são analisadas e fotografadas as lesões externas, além de outras evidências de interesse pericial.
“O exame necroscópico não serve apenas para constatar a causa da morte. Trata-se de um procedimento minucioso, que, por meio da medicina legal, busca trazer a verdade dos fatos, sendo de extrema importância dentro da persecução penal.
Nesse caso, é preciso, primeiro, ir ao IML e pegar todos os dados relativos ao cadáver e o boletim de ocorrência. Depois, a pessoa tem de ir até a delegacia para retirar um documento chamado auto de reconhecimento. Só depois disso é que o corpo pode ser liberado.
Quando a morte resultar de acidentes, homicídios, suicídios ou qualquer outra causa que a autoridade policial julgar necessária (morte suspeita). Cadáveres desconhecidos também são examinados pelo Instituto Médico Legal para tentativa de identificação.
O Ciosp então encaminha os peritos da criminalística e o rabecão do Instituto ao local. Após perícias criminais detalhadas, o rabecão do IML conduz o corpo ao Instituto para necrópsia e demais procedimentos.
Quanto tempo leva? O prazo estimado para liberação documento é aproximadamente trinta dias após o exame, mediante apresentação dos documentos necessários. O prazo estimado para liberação documento é aproximadamente trinta dias após o exame, mediante apresentação dos documentos necessários.
Cabe ao IML a remoção de corpos dos locais de ocorrências de crimes ou de unidades hospitalares em que as vítimas de violência faleceram, a realização da necropsia para a identificação da causa mortis, e posterior liberação do corpo aos familiares após a confirmação da identificação técnica da vítima.
Prova da morte: Artigo 62: “No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade”, Prova de menoridade: Súmula 74 do STJ – “Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil”.
3-5 dias: Veias descoloridas se tornam visíveis e a descoloração avança. 5-6 dias: Os gases incham e formam bolhas na pele do abdômen. 2 semanas: O abdômen fica completamente inchado acumulando gases. 3 semanas: Os tecidos se tornam moles, os órgãos vazam os gases e as unhas caem.
Porém, em média, um corpo enterrado em um caixão típico costuma começar a se decompor em um ano, mas leva até uma década para se decompor totalmente, restando apenas o esqueleto, Daniel Westcott, diretor do Instituto de Antropologia Forense Center da Texas State University, disse ao Live Science.
As condições de preservação de um corpo podem ser fatores na incorruptibilidade. Baixas temperaturas e ausência de oxigênio nos caixões são algumas das características que auxiliam na conservação do corpo, mesmo sem embasamento ou outra forma de mumificação.
A consciência pode diminuir. Os membros começam a esfriar e ganham uma coloração azulada ou com manchas. A respiração pode ficar irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas últimas horas.
Quanto tempo a pessoa fica gelada depois de morrer?
Explicação. Uma vez cessadas as funções vitais, o corpo esfria a uma média de 1 °C a 1,5 °C por hora. Considerando que a temperatura média de um ser humano é entre 36 °C e 37 °C, o cadáver atinge a temperatura do ambiente em 24 horas, no máximo.
Fase 1: Autólise. A primeira das fases da decomposição do cadáver é autólise. Ela começa aproximadamente na primeira hora após a morte e dura entre 9 e 12 horas. Nessa etapa, o sangue do corpo para de circular.