A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra, às atividades econômicas, principalmente, ligadas ao desmatamento para abrir áreas de pastagem e agricultura e, quando já está consolidado, muitas vezes se utiliza o fogo por várias razões, e isso causa os grandes incêndios que estamos ...
O fenômeno é possível devido ao avanço de uma frente fria e à presença de fuligem dos incêndios florestais, afetando principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com possível expansão para o sul do Mato Grosso do Sul e o Sudeste.
Queimadas sempre ocorreram no País ao longo de pelo menos os últimos 30 anos, e elas eram fruto do desmatamento para abertura de novas áreas agrícolas e para pecuária no Cerrado e na Amazônia. Mas 2024 será lembrado como o ano em que esta questão superou os limites.
As queimadas que atingem a Amazônia, Cerrado e Pantanal e enchem o céu do país de fumaça são causadas pela ação humana, para renovação de pasto ou para o avanço do desmatamento.
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Quem está provocando as queimadas?
Na maioria das vezes, essas queimadas são provocadas pela ação humana de maneira criminosa. Os incêndios são muitas vezes iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Embora queimadas possam ter origem natural, sua ocorrência na Amazônia tem principalmente origem antrópica: a abertura de áreas para o desenvolvimento de atividades econômicas, como a pecuária extensiva e o plantio de commodities agrícolas, é a maior causa da ampliação dos focos de fogo na região.
A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra, às atividades econômicas, principalmente, ligadas ao desmatamento para abrir áreas de pastagem e agricultura e, quando já está consolidado, muitas vezes se utiliza o fogo por várias razões, e isso causa os grandes incêndios que estamos ...
O fogo está intimamente ligado ao desmatamento, pois é a forma mais barata e rápida de “limpar” áreas recém-desmatadas. Por muitos anos, a relação entre as duas ações era direta: quanto mais alta era a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, e vice-versa.
Parte dos incêndios deve ser decorrente de uma perda de controle acidental do fogo, durante o manejo feito por moradores locais. Além das mudanças climáticas, as queimadas no Pantanal também estão associadas à ação humana na Bacia do Alto Paraguai (BAP).
Estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar, ventos intensos, uma combinação que favorece o surgimento de incêndios florestais, que se espalham pelo país deixando um cenário desolador. Literalmente 'O Brasil está pegando fogo!
Essa fumaça é proveniente de queimadas do Pantanal, Amazônia, Cerrado e também de países vizinhos como a Bolívia, Paraguai e Argentina", afirma a Climatempo. Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça.
⛅ Essas grandes nuvens de fumaça são provocadas por queimadas e podem se estender por milhares de quilômetros. Elas são conhecidas como plumas de fumaça e são capazes até de encobrir o sol, como ocorreu no meio da tarde.
O aumento de temperatura devido às mudanças climáticas globais vem se tornando um fator importante na ampliação dos focos de incêndio no Brasil e no mundo.
Na Caatinga, 51 mil hectares foram queimados entre janeiro e agosto de 2024, um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2023, com 66% das queimadas concentradas em formações savânicas.
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.
Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.
Dados compilados até o último dia 15 mostram um acumulado de 32,6 milhões de hectares atingidos pelo fogo este ano, superando o pico histórico de 29,2 milhões de hectares.
A seca e as ondas de calor no âmbito das alterações climáticas, combinadas com o desmatamento impulsionado em grande parte pelo agronegócio, transformaram o fogo numa das principais causas de degradação e perda florestal na Amazônia.
O Brasil lidera o ranking global de focos de incêndio no mês de setembro. De acordo com dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre 1º e 25 de setembro, foram registrados 77,3 mil incêndios em todo o território nacional, o que representa 31% do total mundial.
Então, há uma combinação de fatores para esse ano estar tendo tanto fogo: a seca extrema do El Niño e a herança de desmatamento que ainda não havia sido queimada para a área ser plantada por conta dos últimos anos terem sido muito úmidos.
A estiagem prolongada que atinge a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado cria o cenário perfeito para a propagação do fogo. O aumento das temperaturas globais, impulsionado pelas mudanças climáticas, tem intensificado esses períodos de estiagem, secando rios, matas e florestas.
Quem são os responsáveis pelas queimadas na Amazônia?
Especialistas dizem que incêndios na Amazônia são causados por desmatamento ilegal. A maior parte dos incêndios na Floresta Amazônica tem origem no desmatamento ilegal, usado principalmente para abrir áreas para a agricultura e para a pecuária. Além disso, a maioria do desmatamento ilegal ocorre em áreas públicas.