Se você, pai, se identifica com as características de um pai ausente, trate de compensar suas ausências com presenças virtuais como ligações, e-mails, grupos familiares de mensagens instantâneas, redes sociais. É importante que o pai comece a se ver como indispensável na vida de seus filhos, porque ele é.
A falta do pai no ambiente familiar seja por separação conjugal ou abandono pode, portanto acarretar ou, em certos casos, acentuar algumas dificuldades, principalmente em termos de relacionamento, podendo afetar até mesmo o bem-estar e a saúde psíquica da criança ou do adolescente.
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovou o Projeto de Lei 3012/23, da deputada Juliana Cardoso (PT-SP) que torna ato ilícito o abandono afetivo de filhos por pai, mãe ou representante legal, desde que efetivamente comprovadas as consequências negativas do abandono.
Pesquisas mostram que a ausência paterna geralmente tem um impacto negativo em crianças e adolescentes, sendo que estes estariam em maior risco para desenvolver problemas de comportamento.
Mais do que um vazio físico, a figura de um pai ausente pode causar transtornos e traumas emocionais em diferentes níveis, gerando, inclusive, conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança.
Como lidar com a ausência do pai ou mãe na vida dos filhos | ANA BEATRIZ
O que a Bíblia diz sobre o pai ausente?
Portanto pais ausentes e sem autoridade criam filhos problemáticos, por não compreenderem que a responsabilidade que cuidar e de criá-los é deles. A Bíblia diz: “ Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão”.
Aqui estão algumas estratégias que podem ser eficazes: Buscar apoio: É importante que a família busque apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental. Falar sobre os sentimentos e ter uma rede de apoio pode ajudar a aliviar o peso da ausência paterna.
“Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai.” (Freud, em O MAL-ESTAR NAS CIVILIZAÇÕES, 1930). A importância paterna é indiscutível mesmo no senso comum se pensarmos que uma mãe precisa se sentir segura o suficiente para cuidar dos filhos de maneira bem sucedida.
O fato da ausência continuada do pai, seja ela sentimental, física, pode eventualmente ser uma causa perigosa para mudanças em várias questões do Portanto, a relação pai e filho mostra-se essencial para evitar o surgimento de conflitos de personalidade e impasses para relacionar-se socialmente.
O direito à indenização por abandono afetivo é válido para as crianças e adolescentes que se encontram sem a atenção e guarda do seu genitor. Quando se é menor de idade, em qualquer tempo, o seu representante legal pode entrar com a ação.
O que é Preciso para um Caso de Abandono Afetivo? Para alegar abandono afetivo em um processo legal, é necessário: Provar a Relação Parental: Mostrar a relação de parentesco entre o genitor e o filho. Demonstrar o Abandono: Apresentar evidências que confirmem o descumprimento das obrigações emocionais e de cuidado.
ATENÇÃO: 1. As testemunhas devem ser maiores de 18 anos e não pertencentes à família do declarante; 2. Anexar cópia do RG e CPF das testemunhas; 3. Na ausência do pai e mãe deverá fazer uma declaração para cada ausência.
Quanto tempo pode ser considerado abandono afetivo?
De acordo com a decisão colegiada, a prescrição nesse caso ocorre 3 anos após a maioridade do filho, conforme dispõe o artigo 206, §3º, V, do Código Civil.
Frente aos dispositivos legais apontados, conclui-se que, o pai ausente e que apenas "registra o filho" tem sim direitos adquiridos no momento do ato. Ainda, poderá ser qualificado como herdeiro necessário em caso de morte, mesmo estando ausente por toda uma vida.
Eizirik e Bergmann (2004) afirmam que a ausência paterna tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança, bem como influenciar o estabelecimento de transtornos de comportamento.
Os traumas que acometem as crianças abandonadas afetivamente por seus pais podem levar a déficits comportamentais, psicológicos e sociais Page 3 para o resto de suas vidas, e as crianças podem se isolar dos outros, desenvolver problemas escolares, depressão, luto, baixa autoestima e problemas de saúde (BRAZELTON e ...
E quando o pai não é presente? A falta da figura paterna pode gerar insegurança ou até agressividade para a criança. Na escola, por exemplo, isso pode se refletir através da dificuldade de concentração e baixo rendimento escolar. No entanto, isso não é uma regra ou algo que não possa ser restaurado.
O grande problema da falta da figura materna ou paterna, não permite estabelecer um vínculo entre eles e as crianças, podendo desenvolver problemas de saúde e até aversão a presença dos pais. Além disso, sua presença é crucial na formação de caráter e afetividade que o pequeno desencadeará com outras pessoas.
A psicóloga Juliana Bogéa esclarece que abandono paterno pode trazer consequências invariantes, como a perda de autoestima, dificuldade na construção de novos vínculos, de estabelecer confiança com diversas pessoas, além dos desdobramentos na vida escolar dos filhos.
Estudos sociológicos apontam que a ausência do pai pode estar associada a uma série de problemas sociais, como maior incidência de pobreza, menos desempenho acadêmico e maior propensão á deliquência entre os filhos.
A ausência paterna também pode resultar na falta de percepção afetiva, dificultando a compreensão e expressão emocional. Isso pode impactar na capacidade de lidar com outras pessoas, compreender suas próprias emoções e as emoções dos outros e construir relacionamentos significativos na vida adulta.
O que a falta de um pai pode causar na vida adulta?
A superficialidade aparece na pobreza das relações, na frieza e na desconexão emocional. Isso pode prejudicar a saúde mental da criança durante o desenvolvimento dela e na sua fase adulta. Algumas vezes, o reflexo aparece na baixa autoestima do adulto, na insegurança e no medo da rejeição", pontua a psicóloga.