A prerrogativa era de que o jovem príncipe defendesse os interesses da coroa diante de qualquer inimigo. Em 1808, a família real portuguesa desembarcou, como quem chega de mudanças ao Brasil. Isso porque Portugal estava prestes a ser invadido pelo líder militar francês Napoleão Bonaparte.
Como ocorreu a volta da família real para Portugal?
A volta de D. João à Portugal ocorreu em 1821, como consequência direta da Revolução do Porto de 1820 e da convocação das Cortes, que idealizavam o retorno da família real e da Corte portuguesa, esta última entendida como o conjunto de órgãos públicos responsáveis pela administração do Estado.
Antes de partir para Portugal, Dom João VI esvaziou os cofres do Banco do Brasil, levando quase todo o ouro para Portugal e deixou Dom Pedro como principe regente. Os portugueses, porem não gostaram da permanência de Dom Pedro no Brasil, pois queriam que o Brasil voltasse à posição de colônia.
Introdução. Em novembro de 1807, a Família Real embarcou rumo ao Brasil, pois Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte. A vinda da Família Real para o Brasil teve como finalidade assegurar a independência de Portugal e contou com o apoio dos ingleses.
Quais foram as razões por trás da decisão da família real de retornar a Portugal em 1821?
A transferência da corte ocorreu pela recusa de Portugal em obedecer as ordens da França e aderir ao Bloqueio Continental, instituído com o objetivo de prejudicar os ingleses, em 1806. Com isso, o regente de Portugal, d. João, filho de d. Maria I, decidiu transferir toda a corte para o Brasil.
Isso porque Portugal estava prestes a ser invadido pelo líder militar francês Napoleão Bonaparte. Apoiado pela Inglaterra, rival da França, essa foi a estratégia de Dom João VI para assegurar a soberania portuguesa: vir para sua colônia além-mar e proteger a vida da família real.
Porque Portugal queria que o Brasil voltasse a ser colônia?
Os portugueses também exigiram que o monopólio comercial fosse restabelecido no Brasil, e essas exigências demonstraram para a elite brasileira o desejo dos portugueses de restaurarem os laços coloniais com a colônia.
Pedro declarou, em 9 de janeiro de 1822: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico!”. No mesmo ano, mas em setembro, no dia 7, apoiado por sua esposa, Maria Leopoldina, declarou a independência do país e se tornou o primeiro imperador do país.
Apesar dos transtornos, as consequências da vinda da família real portuguesa para o Brasil foram positivas e culminaram com o processo de Independência do país. Para começar, ainda na Bahia, dom João pôs fim ao monopólio comercial da colônia, decretando a abertura dos portos às nações amigas.
Por que Dom João VI deixou seu filho Pedro no Brasil e retornou a Portugal?
A chamada Revolução do Porto criou um governo provisório e exigiu o retorno de Dom João VI a Portugal. Temendo a perda do seu poder, Dom João VI foi pra Portugal e deixou o seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
Foi por meio dessas palavras do príncipe regente Dom João que o Brasil deixou em 16 de dezembro de 1815, de ser uma colonia portuguesa, status que mantinha há 315 anos. Os três artigos da Carta de Lei, assinada há exatos 200 anos, elevam o país ao mesmo status de sua ex-metrópole europeia dentro do império.
A colônia era vista pela metrópole (o Reino de Portugal) como um espaço que possibilitaria a realização dos interesses comerciais e religiosos – objetivo da expansão marítima.
Os desdobramentos do exercício do Poder Moderador por D. Pedro, a rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como a rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicalizados no Brasil, culminaram na abdicação do imperador, formalizada no dia 7 de abril de 1831.
A separação oficial de Portugal só ocorreria em 22 de setembro de 1822, em uma carta escrita por Pedro a João VI. Nela, Pedro ainda chama a si mesmo de "Príncipe Regente" e seu pai é referido como o Rei do Brasil independente.
A vinda da família real para o Brasil foi motivada pela invasão de Portugal pelas tropas francesas. Para não ser capturado, d. João ordenou a mudança em novembro de 1808.
Por que a viagem da família real para o Brasil foi difícil?
A viagem foi difícil. Com os navios superlotados, não havia espaço para todos se acomodarem. Muitos viajaram com a roupa do corpo, pois nem tudo pôde ser embarcado, já que a capacidade dos navios há muito havia sido superada. A água e os alimentos foram racionados.
Pedro I era filho de Dom João 6º e Carlota Joaquina. A viagem da família real para o Brasil, na verdade, foi forçada: eles fugiram da invasão do exército do francês Napoleão Bonaparte. O 1º imperador brasileiro viveu 35 anos, teve dois casamentos, várias amantes e 13 filhos.
Pouco tempo depois, Dom Pedro I morreu em terras portuguesas em decorrência de uma tuberculose no ano de 1834. Ele foi enterrado no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa — local em que estão os restos mortais de todos os reis de Portugal da linhagem Bragança.
O que aconteceu com Portugal depois da saída da família real?
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, o Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colônia passou a ser exercida a soberania e o governo do império português.
Por que a independência do Brasil não foi aceita por Portugal?
Como Portugal tinha uma dívida de mais de 2 milhões de libras com a Inglaterra, o dinheiro nem chegou a sair dos cofres ingleses. Ao Brasil coube o pagamento dos juros e dos serviços da dívida, aumentando o endividamento com a Inglaterra por todo o século XX. O acordo não foi bem aceito nem em Portugal nem no Brasil.