No texto "O inconsciente" (1915), Freud define o afeto da seguinte forma: "Os afetos e os sentimentos correspondem a processos de descarga, cujas manifestações finais são percebidas como sensações".
Para Freud (1905/1969), o primeiro encontro amoroso se dá no período da infância, particularmente na relação da mãe-bebê. Nesse sentido, a criança aprende amar as pessoas que a ajudam no seu desamparo. Assim, os cuidados maternos representam para a criança uma fonte de excitação e ao mesmo tempo de satisfação.
Segundo Signorini comenta, neste livro Freud indica que o amor é o estado que o sujeito atinge quando se sente igual à outra pessoa por quem se apaixona. “Ou seja, ao amar o sujeito passa a escolher um ideal que ele nunca conseguirá ter”, explica Signorini.
“O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver.” “Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.”
É dessa perspectiva que compreendemos a afirmação de Freud teorizando a cura: “tornar consciente o inconsciente”. Os principais conceitos que inauguram a Psicanálise de Freud são: a noção de inconsciente; a teoria sexual e o princípio do prazer e de desprazer; a teoria das pulsões e a noção de aparelho psíquico.
FREUD (01) – PULSÃO DE VIDA, PULSÃO DE MORTE E INCONSCIENTE
O que Freud defende?
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud. Freud acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim "insight". O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, ou seja, tornar o inconsciente consciente.
Sigmund Freud, pai da psicanálise, criou a teoria do desenvolvimento da personalidade humana, composta por cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálico, latência e genital.
Freud afirma: “O que se chama felicidade no sentido mais estrito resulta da satisfação bastante súbita de necessidades fortemente postas em êxtase e, por sua natureza, é possível somente como um fenômeno episódico”7.
Ele acha que o homem pode prolongar a vida, se assim desejar, levando sua vontade a atuar sobre as forças da evolução. Ele crê que a humanidade pode reaver a longevidade dos patriarcas. - E possível, respondeu Freud, que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez morramos porque desejamos morrer.
De acordo com a teoria psicanalítica de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, a paixão e o amor têm suas raízes no inconsciente, uma região profunda e obscura da mente humana, onde impulsos, desejos e memórias reprimidas residem.
O objeto nasce no ódio e nesse sentido existe uma verdadeira precedência do ódio sobre o amor. Cito Freud: "Para o eu-prazer purificado, o objeto coincide apesar de tudo de novo com o estrangeiro e o odiado" (Freud, 1915/1992: 181). Freud afirma que, na origem, amor e ódio não concernem às pulsões.
Apaixonar-se pela primeira vez traz uma explosão de hormônios. Coração acelerado, desejos sexuais, grande atração e euforia, tudo isso é desencadeado quando nos apaixonamos pela primeira vez por alguém , o motivo são os hormônios liberados em nosso corpo, dentre eles: adrenalina, oxitocina e dopamina.
Para Freud, o termo 'amor' é reservado para o movimento do eu na direção do objeto para além da relação de puro prazer. Ou seja, ainda que portando a marca do pulsional (sexual), o amor a ultrapassa. Lacan dirá que, quando se trata do amor, o que está em jogo é a suposição de um ser no outro.
Em 1920, ele chegou à conclusão de que, no caso dos homens, isso se estabelece no momento do indivíduo eleger seu objeto sexual (a pessoa por quem ele é atraído), quando então prevalece uma fixação infantil na figura da mãe – além de um sentimento de decepção com o pai.
Se não ama, adoece” Essa frase “Se você ama, sofre. Se não ama, adoece” é uma das mais notáveis de Sigmund Freud, pois ela nos revela que no momento que nascemos e abrimos os nossos olhos para o mundo, já sofremos de uma ausência: a carência do outro.
O acento dado por Freud à relação original da menina com a mãe e seus efeitos aponta para uma desarmonia entre mãe e filha. Freud (1932) examina o ponto fundamental dessa desarmonia, ou seja, o abandono da mãe como objeto de amor pela menina.
Segundo Freud, o princípio do prazer, juntamente com o princípio da realidade, é a base do rumo dos acontecimentos psíquicos e as duas formas de funcionamento mental. O princípio do prazer caracteriza-se pela procura de prazer e ao mesmo tempo de evitamento de dor, sofrimento ou tensão, por parte de um organismo.
De acordo com Freud, o sentido da vida está intrinsecamente ligado à busca pela satisfação dos nossos desejos e à superação dos conflitos psíquicos que surgem durante o desenvolvimento humano.
Segundo o pensamento de Freud, o ego era o elemento principal dentre as três estruturas psíquicas. O ego opera no campo do consciente e faz uma mediação entre o id e a terceira parte da mente, o superego. Por fim, o superego é compreendido na psicanálise como uma parte tanto consciente quanto inconsciente.
A personalidade é formada na primeira infância, até os 2, 7 ou 14 anos, dependendo da linha de pesquisa. De acordo com Holland, ela é fruto da genética, das experiências nessa fase da vida e a influência das figuras parentais. Em síntese, o importante é que na vida adulta a personalidade está formada.
Freud, ao abordar a infância, também expõe o desenvolvimento psicossexual que, segundo ele, se dá a partir de três fases: a fase oral, a fase anal e a fase fálica.
Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.