Lacan começou defendendo um “retorno a Freud” e acabou sugerindo uma nova terapia, que explora o inconsciente não para escavar o passado, mas para propor novas formas de viver o futuro.
Sua afirmação de que o inconsciente se estrutura como linguagem, somada às noções de simbólico, imaginário e real, são algumas das contribuições decisivas de seu trabalho. Seu nome completo era Jacques Marie Émile Lacan, nascido na cidade de Paris em 1901, em plena belle époque.
Diz Lacan que o eixo é o desejo do analista; isto reproduz o elemento de alienação – há um ponto em que o desejo do sujeito jamais pode reconhecer-se, e como mostra a experiência analítica, "é de ver funcionar toda uma cadeia no nível do desejo do Outro que o desejo do sujeito se constitui".
é sobre os quatro conceitos considerados por Lacan como fundamentais que este trabalho trata, a saber: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
A Psicanálise Lacaniana, assim como outras psicanálises, baseia o seu atendimento na associação livre, onde o analisante pode dizer tudo que lhe vier em mente, sem censura. Além do conteúdo trazido como relato, também são explorados os sonhos, devaneios, fantasias, lapsos de linguagem, entre outros.
Lacan formalizou a verdade como não-toda, pois a Psicanálise lida com um saber que não se pode saber e um objeto ao qual não se pode predicar. A verdade como desocultamento possibilita um novo modo de pensar a topologia do sujeito, que possa abarcar sua condição de "ex-sistência", sua proximidade distante.
A adesão de Lacan às suas inovações técnicas, a idiossincrasia de seu estilo e as conseqüências políticas de suas ideias, determinam que ele seja expulso da Associação Psicanalítica Internacional, em 1963.
Segundo a leitura que Jacques Lacan faz da obra freudiana, o desejo corresponde a uma dimensão em que o sujeito se encontra fundamentalmente insatisfeito. Por sua vez, a satisfação pulsional diz respeito a um registro em que o sujeito se encontra sempre satisfeito.
Lacan nos fala que o referente é real, ou seja, real por ser impossível de designar e, por essa razão, teria como função causar a linguagem. Importante notar que o referente não está no real, mas é real. Este ponto é essencial.
Vamos nos aprofundar em alguns dos seus principais pilares. 1. Linguagem e Inconsciente: A revolucionária afirmação de Lacan de que "o inconsciente é estruturado como uma linguagem" rompeu com muitas convenções anteriores da psicanálise.
Pode-se dizer que lacaniano, a esse respeito, era visar, no indivíduo que se apresenta como paciente, lidar, visar o sujeito nele, isto é, uma variável determinada pelo significante. Isso faz periclitar, exclui qualquer idéia de reforço.
Lacan estabeleceu, desse modo, uma estrutura própria para cada um dos quatro discursos: o discurso psicanalítico, o discurso do mestre, o discurso histérico e o discurso universitário.
Considerada como complexa para muitas pessoas, a obra lacaniana é chamada de “retorno a Freud”, já que Lacan brilhantemente retomou as ideias de Freud, atribuindo-lhe novos sentidos e correlações.
Quais os dois princípios básicos que fundamentam a teoria de Lacan?
A experiência analítica Optei por lhes apresentar os dois princípios fundamentais da teoria psicanalítica de Jacques Lacan, um relativo ao inconsciente, outro relativo ao gozo. O primeiro princípio se enuncia: "O inconsciente é estruturado como uma linguagem "; e o segundo: "Não existe relação sexual.
Lacan, de origem católica, se dizia “filho de padre”, por ter sido educado pelos irmãos maristas. Os dois não se omitem de examinar o campo das “verdades” religiosas, separando o interesse investigativo da crença. Embora Freud e Lacan tenham o ateísmo como ponta de lança da psicanálise, há uma diferença entre os dois.
É uma interpretação que trata o desejo como defesa, trata a falta-a-ser como uma defesa contra o que existe. E o que existe, ao contrário do desejo que é falta-a-ser, é o que Freud abordou por meio das pulsões e que Lacan nomeou de gozo.
A reflexão de Jacques Lacan provém da psicogênese da loucura. A loucura não é sem razão: “Não é louco quem quer”. Para elaborar essa clínica da psicose, Jacques Lacan se apoia sobre a lição dada para Sigmund Freud na qual “o que é foracluído do simbólico retorna no real”.
Para Lacan, o sujeito é constituído a partir de sua inserção no universo humano, o que supõe sua passagem pela porta da linguagem, universo do simbólico. Uma vez que a linguagem é o que há de mais coletivo, o sujeito, efeito do significante é, por sua vez, sempre coletivo.
Lacan dizia sobre o gozo coisas inauditas para nosso senso comum e por completo diferentes do Freud. Fatos tanto mais ignorados quanto mais nisso se fala. E fala-se nisso o tempo todo (ao menos, no universo do dito “lacanismo”).
As perspectivas lacanianas afirmam que o mundo da linguagem, o Simbólico, estrutura a mente humana e enfatizam a importância do desejo, que é concebido como perpétuo e impossível de satisfazer. O lacanianismo contemporâneo é caracterizado por uma ampla gama de pensamentos e um extenso debate entre os lacanianos.
1 – Após o uso do shampoo, retire o excesso de água dos fios; 2 – Aplique uma pouco da ampola em toda a extensão dos fios, do comprimento às pontas, mecha a mecha, massageando bem; 3 – Deixe agir por 3 minutos e enxágue completamente.
Jacques Lacan representa uma renovação da psicanálise, tanto no nível teórico como prático. Para ele, a psicanálise tem somente uma interpretação possível: a lingüística. No centro da teoria e prática psicanalíticas encontrar-se-ia o inconsciente, fonte dos fenômenos patológicos.
Permitia-se encerrar uma sessão em três minutos, sob a justificativa de que é o tempo lógico para o inconsciente se pronunciar. Em 1964, Lacan fundou a Escola Freudiana de Paris, que seria dissolvida em 1980, um ano antes da sua morte, em 9 de setembro de 1981.
A teoria dos espelhos, de Jacques Lacan, médico, psiquiatra e psicanalista francês, acredita que só conseguimos enxergar características em outras pessoas que também existam, ou já existiram algum dia, dentro de nós. Ele acredita que nosso papel, como humanos, é aprender sobre nós mesmos, através das nossas relações.
O termo inconsciente se referia a algo que estava fora da consciência e não a um sistema psíquico autônomo e com leis próprias, sendo empregado de forma puramente adjetiva para designar aquilo que não era consciente.