“Paulo Freire defende o respeito aos indivíduos, a responsabilidade com o outro ser humano e com a natureza, e o estímulo ao pensamento crítico. Isso confronta o período em que vivemos, permeado por um discurso de ódio e de estímulo à violência. De apoio à militarização e à destruição ambiental.
Sua filosofia baseia-se no diálogo entre professor e aluno, procurando transformar o estudante em um aprendiz ativo. Nesse sentido, ele criticava os métodos de ensino em que o professor era tido como o detentor de todo o conhecimento, e o aluno apenas um “depositório” — o que ele chamava de “educação bancária”.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
A fenomenologia de Paulo Freire articula-se com o existencialismo. "É também sob marcante influência do existencialismo que se pode compreender a filosofia da educação de Paulo Freire, para quem a educação é prática da liberdade e a pedagogia, processo de conscientização" (Severino, 2000, p. 303).
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.
Paulo Freire em uma de suas frases mais conhecidas dizia que “ninguém educa ninguém” [...]. O autor ainda enfatizava que “ninguém aprende sozinho” [...] “Aprendemos através do mundo” (2011; p.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
Paulo Freire: Patrono da Educação brasileira completa 100 anos de nascimento. Paulo Freire, que completaria 100 anos em 19 de setembro, é o patrono da Educação brasileira, por declaração da Lei nº 12.612/2012.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)”, dizia Freire.
A pedagogia progressista de Paulo Freire propõe uma educação que ultrapasse a "concepção bancária de educação". Ou seja, uma educação que não seja realizada sobre o educando, de modo que o sujeito da ação educativa assuma uma posição ativa em sua aprendizagem (Freire, 1975).
2.1) Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.
A pedagogia de Paulo Freire segue uma linha semelhante. Paulo Freire acreditava que o professor deveria ser um auxiliar do processo de aprendizado do aluno, não uma figura de mestre. Para o pedagogo, não existe hierarquia entre professor e aluno.
Patrono da educação brasileira desde 2012, Freire entrou para a história nacional e internacional como um educador que defendia uma perspectiva libertária, crítica, conscientizadora e política da educação.
A proposta de Paulo Freire da educação da libertação (ou educação problematizadora) se baseia na indissociabilidade dos contextos e das histórias de vida na formação de sujeitos, que ocorre por meio do diálogo e da relação entre alunos e professores.
Mais do que uma proposta de alfabetização de jovens e adultos, Freire criou uma filosofia da educação, com um corpo teórico consistente que contempla uma pedagogia voltada à prática e à ação transformadora. Era o contrário da ideia de neutralidade, demonstrando que a neutralidade é impossível no ato educativo.
Freire elabora uma forma de educação interdisciplinar, com o grande objetivo da libertação dos oprimidos, ou seja, a humanização do mundo por meio da ação cultural libertadora, evitando a lógica mecanicista que considera a consciência como criadora da realidade, e o mecanismo objetivista, que considera a consciência ...
A igualdade precisa estar na vida, dentro e fora da escola, pois o educador ensina, mas também aprende com os alunos. Paulo Freire defende um “saber libertador“que reflita a realidade do(a) aluno(a), no respeito às experiências e realidades diferentes de cada um.
Em parceria com os movimentos populares, Paulo Freire criou o Mova-SP (Movimento de Alfabetização da Cidade de São Paulo), destinado a jovens e adultos. Era a fórmula para fortalecer os movimentos sociais populares e estabelecer novas alianças entre sociedade civil e Estado.
Por seu trabalho na educação e sua visão de que a consciência crítica e ativa precisa ser despertada, Paulo Freire foi também defensor dos professores. Ele acreditava que o papel do professor ia além do ensinar, pois para ele o ato de ensinar está diretamente relacionado ao de aprender.
Quais são as três principais obras de Paulo Freire?
Contendo 4 livros, sendo estes “Pedagogia do Oprimido (1968)”, “Educação e Mudança (1979)”, “Pedagogia da Autonomia (19 )” e “Educação como prática da liberdade (1967)” o post busca apresentar obras que trazem como temas centrais sua teoria sobre educação crítica e libertadora.
Paulo Freire é o brasileiro mais homenageado no mundo. Ele tem 29 títulos de Doutor Honoris Causa dado por universidades da Europa e da América, além de vários outros prêmios, como o Educação pela Paz, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco).
1- “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” 2- “Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo.” 3- “A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática.”
A definição de educação específica de Freire é: educação é o processo constante de criação do conhecimento e de busca da transformação-reinvenção da realidade pela ação-reflexão humana. Segundo Freire, há duas espécies gerais de educação: a educação dominadora e a educação libertadora.