Dois terços do faturamento do PCC são exclusivamente do tráfico internacional, de acordo com as investigações. O setor da organização criminosa responsável pela atividade ficou conhecido como "Tomate". Isso porque, segundo o promotor, a cocaína saía do país por meio de carregamentos de tomates.
Seu lucro provém principalmente do tráfico internacional de drogas, com uma história que remonta ao Massacre do Carandiru e uma expansão para além das fronteiras nacionais.
A principal função do PCC é atuar como uma “mão invisível” do mercado do crime. Além de ajudar os filiados e seus familiares, o PCC regula um código de ética conhecido como “proceder”. Construiu alianças poderosas no exterior, por exemplo, com máfias italianas, as mais poderosas do crime organizado no mundo.
As supostas “facilidades” ofertadas pelo PCC para quem se filia a ele não são de graça. Chamada de "cebola", a contribuição mensal cobrada é de R$ 1.600, ou seja, quase R$ 20 mil anuais, segundo Marcos*, um ex-integrante da organização que concedeu entrevista a O TEMPO.
Dois terços do faturamento do PCC são exclusivamente do tráfico internacional, de acordo com as investigações. O setor da organização criminosa responsável pela atividade ficou conhecido como "Tomate". Isso porque, segundo o promotor, a cocaína saía do país por meio de carregamentos de tomates.
A partir de 2021, segundo ele, a cobrança foi encerrada. O valor teria passado a ser irrisório diante do dinheiro obtido com o tráfico: hoje, o PCC lucra cerca de US$ 1 bilhão (quase R$ 5 bilhões) anuais, em especial com a venda de cocaína para Ásia, África e Europa.
A operação ocorreu em 12 cidades: Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba. A investigação suspeita que a atuação do PCC ocorra ainda em outras três cidades: Campinas, Cananeia e Iguape.
O Comando Vermelho (CV) é a mais poderosa facção criminosa do Rio de Janeiro. Atua nas favelas cariocas sob a liderança dos “donos do morro”. O CV é a maior rival do PCC.
PCC cria "tributação do crime" e cobra até R$ 250 por mês de membro, diz PF. O PCC (Primeiro Comando da Capital) criou um sistema de tributação de crimes e chegou a cobrar até R$ 250 por mês de seus integrantes para sustentar suas atividades.
A principal regra quando uma pessoa deixa o PCC por vontade própria é não retornar ao mundo do crime, de acordo com o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, em entrevista o site Metrópoles. O ex-integrante do PCC recebe a denominação de "zé-povinho" e é monitorado para que não entre em facção rival.
No estatuto, é possível ver que, em troca de suporte para a atividade criminosa, quem entra para o grupo é punido com a morte caso desobedeça à hierarquia e à disciplina imposta.
A cartilha disciplinar do PCC lista regras rígidas, punições severas e proíbe práticas como roubo, traição e homossexualidade, com penas que incluem exclusão e até morte, com aval da cúpula da facção. Além disso, condena o uso abusivo de drogas e práticas como pederastia e malandrismo.
Na lista de criminosos beneficiados pelo auxílio, estão alguns dos homens mais perigosos do país. "Dão", pago para executar o radialista F. Gomes, recebe mesada de R$ 1500 do PCC.
O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os ""irmãos" do crime.
Maiores facções do país e ex-aliadas no mundo do crime, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) estão em confronto direto pelo domínio da rota de tráfico de drogas e dos presídios em pelo menos nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Alagoas, Ceará, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e ...
Tendo o Yin e Yang – símbolo oriental que remete à idéia de energias opostas e complementares – na sua bandeira, além do lema “paz, justiça e liberdade”, o PCC coloca em prática todo um repertório de imagens que sustentam o exercício do seu poder, ao remeter ao universo simbólico da luta dos oprimidos contra os ...