Oppenheimer ficou marcado na história por sua contribuição no Projeto Manhattan, precursor da bomba atômica detonada em Hiroshima e Nagazzaki no ano de 1945; conheça a personalidade que inspirou o filme. Publicado em 20 de julho de 2023 às 15h13. Última atualização em 20 de julho de 2023 às 15h24.
Robert Oppenheimer, que foi o principal nome no projeto de construção de uma bomba atômica em um laboratório ultrassecreto no deserto do Novo México, nos Estados Unidos, nos anos 1940 – e suas dúvidas ao longo da vida sobre a era nuclear que ele inaugurou.
O trabalho de Oppenheimer e de sua equipe, em Los Alamos, viabilizou a criação das bombas atômicas. Uma delas foi detonada em um teste no deserto, e as outras duas foram lançadas sobre duas cidades japonesas em 1945.
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
Durante o Projeto Manhattan, Oppenheimer acreditava que a criação de uma bomba atômica – e o compartilhamento de sua produção e capacidade de destruição para todos os países – acabaria de vez com todas as guerras.
O que aconteceu com o criador da bomba atômica? A verdade sobre Robert Oppenheimer
Quem traiu Oppenheimer?
Figuras históricas retratas em Oppenheimer
Além desses personagens, Oppenheimer também destaca algumas figuras históricas que retrataram de maneira diferente da realidade. Por exemplo, o filme sugere que o comunista Jean Tatlock traiu J. Robert Oppenheimer para passar informações secretas para os soviéticos.
Apesar de aparentemente simples, a frase que conclui o filme é uma das que possuem o maior peso. A revelação do poder atômico desencadeou uma reação em cadeia que durou décadas e foi responsável pelo desenvolvimento de armas cada vez mais poderosas — levando o mundo para um caminho sombrio sem escapatória.
Albert Einstein talvez seja mais famoso por ter apresentado ao mundo a equação E=mc². Basicamente, ele descobriu que a energia e a massa são intercambiáveis, preparando o terreno para a energia nuclear e as armas atômicas.
Arrependimento. Oppenheimer logo se arrependeu de ajudar na criação da bomba. Preocupado com uma escalada armamentista mundial, ele se tornou um defensor do controle internacional de armas nucleares.
Segundo as estimativas, o QI do Albert Einstein estava entre 160 e 180. Isso o colocaria no campo dos gênios, mas ele não teria o QI mais alto de todos. De acordo com alguns apontamentos, William James Sidis (1898-1944) teria sido o dono do maior QI de todos, estimado entre 250 e 300.
Na década de 1930, teve grande proximidade com pessoas e o próprio Partido Comunista dos Estados Unidos. Foi convidado a atuar no Projeto Manhattan em 1941, liderando o trabalho de construção das bombas atômicas. Faleceu em 1967 por conta de um câncer de garganta.
Com sua facilidade para idiomas, Oppenheimer estudou grego, latim, francês e alemão. Ele também aprendeu holandês em um mês e meio. Por isso, “realmente não levou muito tempo” para que ele lesse o Bhagavad Gita em sânscrito.
Em "Oppenheimer", por exemplo, na cena que marca o discurso do físico após a explosão da bomba de Hiroshima e Nagazaki, há um erro nas bandeiras dos Estados Unidos presentes nas tomadas. Por lá, aparece a bandeira tradicional dos EUA, composta por 50 estrelas — cada uma representando um estado.
Mas o próprio Oppenheimer se referiu em 1965 a alegações de que Einstein havia de alguma forma participado da criação daquela arma de destruição em massa. "As alegações de que ele trabalhou na criação da bomba atômica eram, na minha opinião, falsas", disse ele na conferência de Paris naquele ano.
O que Oppenheimer falou para Einstein no final do filme?
“Quando lhe apresentei aqueles cálculos”, reflete Oppenheimer (Cillian Murphy), “pensamos que poderíamos iniciar uma reação em cadeia que poderia destruir o mundo inteiro”. “E daí?”, pergunta Einstein, enquanto a chuva começa a cair. “Acredito que fizemos isso”, diz Oppenheimer.
Já Einstein foi mais categórico. Ele disse ter se arrependido de incentivar as pesquisas em torno da bomba atômica e que só fez isso por achar que os alemães já estavam desenvolvendo o armamento.
Robert Oppenheimer (interpretado por Cillian Murphy) está no meio de uma multidão agitando bandeiras americanas, mas com um porém. O equívoco está na quantidade incorreta de estrelas das bandeiras dos Estados Unidos. Quem apontou o erro foi o usuário do Twitter Andy Craig.
Este outro personagem é Lewis Strauss, interpretado por Robert Downey Jr., que ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Strauss era, na vida real, um homem com grande poder e influência em Washington em meados do século 20. Ele desconfiava fortemente de Oppenheimer.
Após a morte de seu pai, Peter estabeleceu-se permanentemente no norte do Novo México, residindo na fazenda Perro Caliente, que seu pai havia adquirido anos antes. Segundo o Today, Peter ainda mora no Novo México e atua como carpinteiro. Ele tem três filhos: Dorothy, Charles e Ella.
O cientista considerava o comunismo a melhor defesa contra a ascensão do fascismo na Europa — o que, por sua ascendência judaica, era uma questão pessoal para ele.
Depois de Oppenheimer, porém, ela passou o resto de sua vida com outro físico do Projeto Manhattan , Robert Serber, também viuvo, de acordo com o site Insider. Por fim, ela faleceu em 27 de outubro de 1972 na Cidade do Panamá, em meio a uma viagem que a dupla realizava.
Devido ao relacionamento deles e sua filiação ao Partido Comunista, ela foi colocada sob vigilância pelo FBI e seu telefone foi grampeado. Tatlock sofria de depressão clínica e faleceu por suicídio em 4 de janeiro de 1944.