Publicamente, Oppenheimer defendeu que seu trabalho foi realizado de maneira responsável. Ainda assim, ele se tornou um defensor contra o uso de armas nucleares.
Técnicos trabalham no Laboratório de Los Alamos, no Novo México. O Exército dos Estados Unidos contratou Oppenheimer para estabelecer o laboratório em 1942. Com o codinome "Projeto Y", essa instalação remota reuniu as mentes mais brilhantes da física teórica com um único objetivo: criar uma bomba atômica.
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
O consenso parece ser o de que Oppenheimer tinha capacidade intelectual de sobra para levar um Nobel para casa, mas suas realizações como cientista não ficaram à altura dessa possibilidade –por pouco.
Em 1966, ele foi submetido a uma série de sessões de quimioterapia, entretanto, entrou em coma logo no ano seguinte, em 15 de fevereiro de 1967. Apenas três dias depois, ele morreu em sua residência, em Princeton, Nova Jersey, aos 62 anos.
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O quê Oppenheimer fez de errado?
Em "Oppenheimer", por exemplo, na cena que marca o discurso do físico após a explosão da bomba de Hiroshima e Nagazaki, há um erro nas bandeiras dos Estados Unidos presentes nas tomadas. Por lá, aparece a bandeira tradicional dos EUA, composta por 50 estrelas — cada uma representando um estado.
Hoje o Laboratório Nacional de Los Alamos ainda serve como centro de estudos da Administração Nacional de Segurança Nuclear, entretanto, os mais curiosos podem visitar algumas das dependências da cidade que uma vez foi secreta, explica o House Beautiful.
Sempre pronto para vencer desafios intelectuais, Oppenheimer falava seis idiomas, além do inglês nativo: grego, latim, francês, alemão, holandês (que ele estudou em seis semanas para dar uma palestra em Leiden, na Holanda) e sânscrito, pois gostava da literatura hindu, como conta o National Park Service.
Robert Oppenheimer, o físico teórico e diretor científico do Projeto Manhattan, que liderou o desenvolvimento da primeira bomba atômica, tinha um QI estimado de cerca de 160.
Por que Einstein não participou do Projeto Manhattan?
Uma pergunta importante: por que é que Einstein não foi convidado para o Projeto Manhattan? Em verdade, ele era um notório pacifista e não produziria uma arma que só em Hiroshima matou no momento da explosão 70 mil civis.
Após a morte de seu pai, Peter estabeleceu-se permanentemente no norte do Novo México, residindo na fazenda Perro Caliente, que seu pai havia adquirido anos antes. Segundo o Today, Peter ainda mora no Novo México e atua como carpinteiro. Ele tem três filhos: Dorothy, Charles e Ella.
Ao final, Oppenheimer foi inocentado da acusação de ser um colaborador dos soviéticos, mas teve sua licença de segurança revogada (perdendo o acesso a informações confidenciais e não podendo mais participar de projetos que envolviam segredo de estado).
O novo filme de Christopher Nolan narra o julgamento que Oppenheimer foi submetido em 1954 , acusado de ser um agente da União Soviética. O que poucas pessoas sabem, entretanto, é que o 'perdão' à Oppenheimer só foi inteiramente concedido após 68 anos — ou seja, décadas depois de sua morte.
Porque Oppenheimer foi contra a bomba de hidrogênio?
Julius Robert Oppenheimer acreditava que a simples demonstração do funcionamento de sua bomba atômica seria suficiente para acabar com a guerra. No entanto, os EUA não apenas usaram a bomba, como avançaram para a criação da bomba de hidrogênio.
Ele apelidou seu carro de Garuda, o pássaro montaria do deus hindu Vixnu. Oppenheimer nunca se tornou um hindu no sentido tradicional; ele não se juntou a nenhum templo nem rezava para nenhum deus. "Ele ficou realmente encantado com o charme e a sabedoria geral do Bhagavad-Gita", disse seu irmão.
O físico entrou em coma em 15 de fevereiro de 1967. J. Robert Oppenheimer faleceu três dias depois, aos 62 anos. Ao longo de seus últimos anos de vida, Oppenheimer nunca se recuperou totalmente dos danos contra sua reputação.
O evento trouxe à sua mente palavras de uma passagem hindu: “Agora eu me tornei a morte, o destruidor de mundos”. J. Robert Oppenheimer: "I am become Death, the destroyer of worlds."
No fim da Guerra Fria, ambos os laboratórios passaram por um processo de diversificação científica intensa dos seus programas de pesquisa, com o objectivo de se adaptarem às novas e voláteis condições políticas, as quais não mais requeriam o mesmo esforço de pesquisa em tecnologia nuclear até aí despendido.
O mais famoso e importante deles foi, de fato, Klaus Emil Julius Fuchs, um físico alemão que trabalhou em Los Alamos, sob a supervisão de Robert Oppenheimer. Atuou infiltrado e forneceu segredos importantes para os comunistas.
Klaus Fuchs ficou responsável, ao lado de Hans Bethe, por se concentrar no problema da implosão do núcleo fissionável da bomba de plutônio. Apesar de sua importante ajuda, sua missão crucial foi transmitir informações sobre o Projeto Manhattan à União Soviética .
Para Einstein, Oppenheimer não deveria esperar muito de Washington. E disse à secretária, apontando para Oppenheimer após a conversa: "Lá vai um narr (tolo, em alemão)", segundo Bird e Sherwin.
Uma delas é a intrigante Jean Tatlock, um dos grandes amores de Oppenheimer. Importante na saga do 'pai da bomba', ela teve um destino melancólico em 1944, quando foi encontrada morta após um caso de suícidio. No filme de Nolan, o episódio é retratado de maneira angustiante.
