Na visão do filósofo, a morte é algo inevitável, que não está relacionada a um determinado tempo ou lugar, assim, a função da morte seria nos ensinar a viver. Não importa se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a forma e a maneira como você aproveitou esse tempo.
O primeiro modo filosófico de considerar a morte é através da nadificação, ou seja, a morte é pensada como: “... uma porta aberta ao nada de realidade humana, sendo esse nada, além disso, a cessação absoluta de ser ou a existência em uma forma não humana.” (SARTRE.
Para Sócrates, a alma é superior ao corpo e encontra-se nele como se encontra numa prisão. Assim, a morte liberta a alma desta prisão e lhe encaminha para uma vida melhor. Por isso, devemos cuidar mais da alma e não temer a morte.
Para que se possa compreender o que de fato significa morte, Platão apresenta o evento de separação de corpo e alma, como algo definitivo. Para o filósofo esta separação indica o estado de existência que, tanto o corpo como a alma, irão percorrer, buscando em “campos” distintos a sua plena realização.
A filosofia nos ensina que a morte não é o fim absoluto da existência, mas sim uma transição para outro estado ou forma de existir. Diferentes filósofos têm diferentes visões sobre o que acontece após a morte, mas muitos argumentam que a morte não é o fim definitivo. A morte é algo a ser temido e evitado a todo custo.
O QUE OS FILÓSOFOS PENSAM SOBRE A VIDA APÓS A MORTE
O que Nietzsche dizia sobre a morte?
49 Logo, a morte não livre deve ser uma consequência lógica da vontade cativa diante do tempo que passa, pois é somente assim que a morte parece ser um acidente que assalta o homem. O tempo em que se morre covardemente é sempre o tempo errado quando o tempo mesmo é encarado como a causa da incompletude.
Para Sartre (2015) a morte tem a característica de individualizar o ser humano, pois é um fenô- meno da vida pessoal que o torna único, em que o indivíduo passa a ser responsável tanto pela vida como pela morte, não pelo fenômeno contingente, mas pelo caráter de finitude.
Fiel a este materialismo, Epicuro elabora suas reflexões quanto à morte. Acredita que somos um corpo formado por átomos e que, portanto, quando estes átomos chegam ao fim, morremos. Vivemos o tempo necessário de nossa existência. Para Epicuro não devemos temer a morte, porque ela nada significa a nós.
A morte é, portanto, para Aristóteles o que há de mais temível na nossa vida7. Ela torna-se, assim, um termo para a vida, e por isso mesmo, só ela põe fim à perfeita felicidade humana. Os estoicos e os epicuristas abordam a morte com posições distintas, no interior das respetivas doutrinas.
Na visão do filósofo, a morte é algo inevitável, que não está relacionada a um determinado tempo ou lugar, assim, a função da morte seria nos ensinar a viver. Não importa se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a forma e a maneira como você aproveitou esse tempo.
Razão pela qual o filósofo sustenta: "A morte nada significa para nós". Ao contrário do que acreditavam Sócrates e Platão, ele justifica sua convicção: "A morte é uma quimera: porque enquanto eu existo, ela não existe; e quando ela existe, eu já não existo".
Platão considerava que a alma após a morte reencarnava em outro corpo, porém a alma que envolvia com a filosofia e com o Bem, era favorecida com a morte do corpo. A ela era oferecida a oportunidade de passar o resto de seu tempo convivendo com os deuses. O conhecimento da alma é que dá razão à vida.
A morte (da maneira como é concebida por Schopenhauer, aquela que é conseqüência da negação da vontade), sim, ela é o fim não só do indivíduo, mas de todo o querer que nele está presente e é somente ao relutar diante da dominação daquela vontade que o homem dela pode se libertar.
Afirma-se que a morte é o fim de toda existência, sem possibilidade de sobrevivência após a morte. De acordo com essa teoria, quando se morre, os átomos se separam, é a decomposição de todo o ser na sua totalidade. A morte é o fim de toda a realidade humana, nada do ser sobreviverá no pós-morte.
A morte portanto é vista como purificação e futuro encontro com os Deuses. Platão assume tal elemento escatológico, ao inserir no Fédon, um Sócrates diante da morte que não a teme por acreditar que ao morrer, sua alma encontrar-se-á com os Deuses no Hades.
Tânato ou Tânatos (em grego: Θάνατος, transl.: Thánatos, lit. "morte"), na mitologia grega, era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Seu nome é transliterado em latim como Thanatus e seu equivalente na mitologia romana é Mors ou Leto (Letum).
Os estoicos antigos pensaram e escreveram bastante sobre a infalibilidade da morte. Entretanto, ao contrário do que alguns pensam, eles não buscavam encurtar suas vidas, mas focaram em viver com qualidade cada dia. “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida”.
O medo da morte é o resultado da ignorância sobre o que ela realmente é. Ela não deve ser temida pois depois de você morrer, você não sente mais nada, você deve procurar um meio de auto superação, assim como você vem fazendo, sendo feliz.
Entender a morte c/ algo desprovido de sentimentos, era uma tentativa de aplacar o sofrimento q pensar sobre a morte pode trazer. Assim, é possível levar a pessoa à felicidade, q era o ápice da sua filosofia e deveria ser o motivo de existência de cada ser humano.
Assim, para Nietzsche, a morte natural é na verdade uma morte não livre e não racional, ocorrendo então em um momento, portanto, impróprio e de não deliberada escolha do indivíduo, posto isso, o ser humano é caracterizado como um ser acorrentado pelo seu destino.
A morte apenas tem sentido para quem existe e se põe como um dado fundamental da existência mesma. Assumir o ser para a morte, porém, não significa pensar constantemente na morte e sim encarar a morte como um problema que se manifesta na própria existência. Depois de termos morrido não podemos mais sentir a morte.