A traição pode levar a um trauma emocional, perda de confiança, depressão, ansiedade, culpa e dificuldades no relacionamento. É importante buscar ajuda profissional e falar sobre o que aconteceu com amigos e familiares para lidar com as emoções difíceis que surgem após a traição.
Além disso, de acordo com a psicóloga, a traição pode desencadear quadros de ansiedade e hipervigilância, como problemas de sono, concentração, isolamento, raiva ou desejo de vingança.
Como fica o psicológico de uma pessoa que foi traída?
“A pessoa fica hiper sensibilizada, hiper vigilante e com super comparação. E, antes mesmo de dar oportunidade a outro relacionamento, compara possíveis comportamentos anteriores”, explica. Já o psicólogo Matheus Karounis, mestre em Psicologia Clínica, cita os sentimentos de frustração, ansiedade e estresse.
"Pode ser uma insatisfação com a relação, o perfil da pessoa, que não se satisfaz com uma única relação, uma pessoa mais insatisfeita, pode ser uma vingança ou até falta de compromisso e imaturidade. São vários os motivos que podem levar uma pessoa a trair", observou a psicóloga (veja vídeo abaixo).
Embora cada caso seja único, existem fatores comuns que podem levar à traição, como a falta de comunicação efetiva, a insatisfação emocional ou sexual, a busca por novidades, a dificuldade em lidar com a intimidade ou até mesmo a impulsividade.
PSICÓLOGO explica porquê AS PESSOAS TRAEM (com Leandro dos Santos) | PODCAST do MHM
O que passa na mente de quem trai?
A traição é sempre acompanhada de muita dor e tristeza para o traído. Os sentimentos de negação e de falta acarretam em uma profunda tristeza, em que parece impossível de ser superada. Dúvidas e incertezas passam a assombrar a mente da vítima, tornando-a prisioneira da infelicidade.
Freud argumentou que os seres humanos têm uma tendência inata de buscar prazer e evitar o sofrimento. Isso pode se manifestar na traição como uma busca por motivação, novidade e prazer sexual. Dentro de um relacionamento de longo prazo, uma rotina pode se estabelecer, levando a uma diminuição da novidade e da razão.
O traidor também pode sofrer, algumas vezes sofre mais do que a pessoa que foi traída. O traidor pode avaliar como um ato improdutivo e pode se reavaliar mediante o ocorrido.
Comodidade, medo de perder bens e dinheiro no divórcio, medo de ter que pagar pensão, medo da cobrança no meio social familiar, medi de perder o conforto, ou seja, medo, falta de coragem de seguir com a vida.
Um estudo de 2021 indicou que as pessoas que exibiam níveis mais elevados de desejo solitário – um termo sofisticado que os acadêmicos usam para evitar dizer “masturbação” – poderiam estar associadas a um aumento da incidência de infidelidade.
Um dos sinais mais evidentes de traição é a falta de comunicação e a presença constante de mentiras. Seu parceiro(a) pode começar a evitar compartilhar informações sobre seu dia, omitir detalhes importantes ou inventar histórias para justificar seu paradeiro.
É possível perdoar uma traição e continuar o relacionamento?
Segundo a especialista em neurociência e comportamento humano, Camila Sponton, a resposta é sim. “O ponto crucial da trajetória é a decisão de perdoar e levar o relacionamento adiante. Desta forma, a gestão das emoções é um fator preponderante para superar a traição do parceiro.
O perfil psicológico de quem trai é um assunto complexo e multifacetado. A traição pode ter várias formas e pode ser causada por diferentes fatores psicológicos, como baixa autoestima, busca por novidade, problemas no relacionamento, vingança e falta de compromisso.
É possível amar uma pessoa e trair ao mesmo tempo? Definitivamente, não é porque uma pessoa é infiel com a outra que ela não a ama. Porém, esse é um ato de falta de respeito com a pessoa que está sendo traída.
A pessoa que trai não está preocupada em atender ou renovar a sua relação com você e entrega-se a essa nova aventura, sem remorsos. Sobrevém o tédio, a perda de interesse, a comunicação falha, a solidão etc.
O Código Penal atual, em sua redação original, previa no art. 240 o chamado crime de adultério, cominando uma pena de detenção de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses para quem traísse o cônjuge, pena essa que também era aplicada ao amante, desde que ele soubesse da condição de casado do outro, é claro.
O pior tipo de traição possível é a auto-traição. Para Jean-Jacques Rousseau, filósofo de Genebra nascido em 1722, todo ser humano nasce com um projeto vencedor. O problema é que para se enquadrar nas regras sociais muitas vezes o indivíduo se trai, abre mão do nosso próprio caminho em troca de ser aceito.
Traição costuma ser um dos grandes problemas conjugais, sobretudo nas relações mais longas e comprometidas. Mas será que, mesmo feita às escondidas, a traição não deixa mesmo alguns rastros? Segundo especialistas em relacionamento, a infidelidade costuma, sim, deixar alguns sinais, principalmente comportamentais.
Sobre as consequências psicológicas, os especialistas explicam que, em alguns casos, quando se descobre uma infidelidade de longa data, isso cria problemas para que o enganado volte a confiar, não só no outro, mas também em si mesmo.
O senso comum prega que a traição, em geral, é motivada por curiosidade, perda de interesse pelo par ou do desejo sexual, distância emocional entre o casal ou algum momento de crise no relacionamento.
Entre eles, podemos citar: a falta de afeto por uma das partes, a perda de carinho e cuidado um com o outro, o desequilíbrio no dar e receber da relação, e a falta de comunicação. Além disso, questões de saúde mental e comportamentais também influenciam na traição.
O importante é tentar recuperar a confiança perdida. Comece com um diálogo, aceitando a situação com sinceridade e transparência. - Ligue para dizer o que fez, envie mensagens ou escreva uma carta romântica.
Ofereça o seu abraço, o seu colo. Mostre o seu apoio incondicional – diga claramente que o/a apoiará independentemente da sua escolha. De esperança. Uma das coisas que uma pessoa traída pode sentir é a falta de poder, a falta de controlo sobre a própria vida.
De maneira geral, você percebe menos intimidade, conversa. Ele fala mais “eu” que “nós”. E quando você comenta sobre suas preocupações, o parceiro diz que é ciumenta ou que está imaginando coisas. Quando você conta um problema, ele diz que não é grande coisa ou que tem problemas maiores.