Desse modo, eles não eram vendidos ou transferidos; evitavam o aumento do ritmo de trabalho e os castigos rigorosos; garantiam o cultivo de roças próprias; e eram considerados livres e possuidores da terra depois da morte de seus senhores.
Muitos quilombos eram construídos com muralhas de madeira e com armadilhas espalhadas pelo seu redor como forma de garantir a proteção das populações que viviam naqueles locais. Dentro dos quilombos, a população era formada não apenas por africanos e seus descendentes, mas também por índios e homens brancos e livres.
Um quilombo era o espaço físico no qual viviam as pessoas escravizadas que fugiam de fazendas, engenhos e outros locais de trabalho forçado. A finalidade do quilombo é ser um local de resistência desde o sistema colonial escravista instaurado no Brasil Colônia, a partir do século 16.
O quilombo significou, em regra para o Brasil colonial e imperial, uma ameaça aos povos civilizados, a expressão da barbárie e uma agressão à ordem social que trazia prejuízo ao trabalho e à produção de riqueza, por isso deveria ser perseguido até sua destruição (FIABANI, 2012).
Quais as principais dificuldades enfrentadas pelos quilombos?
Falta de água, de emprego e renda, de acesso às políticas públicas existentes. Esses elementos fazem parte das condições de vida das comunidades quilombolas no Brasil. Contudo, o maior “problema da comunidade é quando os meninos estão pedindo as coisas para comer e não tem.
Os remanescentes de quilombos enfrentam problemas sérios, principalmente no que diz respeito à titulação de suas terras. Segundo pesquisa elaborada pelo Centro de Cartografia da Universidade de Brasília, das 2.228 comunidades quilombolas no Brasil, apenas 119 tiveram território regularizado até meados deste ano.
Os quilombolas enfrentam diversos desafios, incluindo a demora e a burocracia no processo de titulação de terras, que muitas vezes leva anos ou até décadas. Além disso, há conflitos territoriais com fazendeiros, mineradoras e grileiros, que buscam explorar economicamente as áreas ocupadas por quilombolas.
Apesar dos avanços legais, os quilombolas enfrentam diversos desafios, como a regularização fundiária, acesso a serviços básicos, educação e saúde, além do combate ao racismo e à discriminação.
E os quilombos foram os grandes locais de resistência do povo negro, que se uniram para resistir a escravidão, transformar as relações escravistas e sair da condição de coadjuvante e ser protagonista neste processo histórico.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Historicamente no Brasil os Quilombos representam resistência ao sistema escravagista, sendo desde o início um lugar caracterizado pela esperança de uma vida melhor, de liberdade, de fraternidade e de preservação da cultura ancestral africana e indígena.
Utiliza-se, para tanto, a conceituação de quilombos do período colonial, segundo a qual quilombo era definido como “toda a habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.
As comunidades quilombolas da Amazônia Legal passam por intensas lutas envolvendo a busca pela titulação de seus territórios. Em contrapartida, as famílias quilombolas desenvolvem um trabalho do uso da terra para agricultura e extrativismo que, dentro da Amazônia, causa um verdadeiro impacto na preservação da floresta.
A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, por meio do seu artigo 68, houve o reconhecimento da propriedade das terras dos remanescentes das comunidades quilombolas no Brasil. Foi a primeira constituição a garantir os direitos dos quilombolas em ter as suas terras e organizações preservadas por lei.
Para sobreviverem, muitos desses quilombos mantinham relações econômicas com diversos setores da sociedade colonial, como lavradores, pescadores, garimpeiros, camponeses, mascates, etc., além de realizarem diversos tipos de atividades, como plantações, garimpo, produção de farinha de mandioca, além de saqueamentos em ...
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Qual a importância dos quilombos na luta contra a escravidão?
Reduto de indígenas, brancos fugidos e negros escravizados, os quilombos foram a materialização da resistência à opressão de grupos explorados pela instituição do império colonialista na idade moderna...
Os escravos que fugiam e mudavam-se para as cidades tinham como objetivo camuflar-se em meio à população negra presente e buscavam encontrar todo tipo de emprego que fosse possível de ser executado.
Quilombolas enfrentam barreiras no acesso a saúde e insegurança alimentar durante pandemia, diz nota técnica. Nota técnica publicada pelo grupo Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) aponta que, durante a pandemia da Covid-19, comunidades quilombolas espalhadas pelo país com grande conc...
Primeiro, a desvantagem educacional quilombola não pode ser atribuída nem genericamente à sua situação rural, nem particularmente à situação dos municípios em que os territórios se encontram.
Qual é o problema enfrentado pelos grupos quilombolas?
O problema mais grave enfrentado pelos quilombolas é a violência que sofrem em reação à luta pela demarcação e titulação dos seus territórios. O Quilombo dos Palmares resistiu por mais de um século aos ataques dos colonos e foi liderado por Zumbi, posteriormente transformado em símbolo contra o racismo.
Quais são as principais dificuldades dos quilombos?
Problemas como a luta pelo reconhecimento e titularização de seus territórios – que perpetuam as questões agrárias, embasando as tomadas pelos latifundiários –; a falta de acesso a água, saúde, segurança alimentar e segurança física – que são direitos básicos para o funcionamento de qualquer sociedade –; os conflitos ...
Quais são os desafios enfrentados pelos quilombolas?
Quilombolas enfrentam ameaças do agronegócio, da especulação imobiliária e do próprio poder público. Para piorar, para o orçamento de 2018, governo não eleito propõe corte de recursos na área.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).