Freire aponta princípios norteadores para a construção de um currículo que atenda aos pressupostos da educação libertadora, destaca a relevância do conteúdo programático e marca o lugar do conteúdo da educação no currículo crítico.
Para o autor, o currículo reflete a ideologia de uma sociedade presente nas ações e nas idéias de todos os envolvidos no processo educativo, dessa forma a prática curricular é compreendida como uma totalidade sociocultural complexa, que envolve todas as interações do espaço escolar.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
Qual a definição de currículos considerando o contexto educacional e suas abordagens segundo Paulo Freire?
A definição de currículo, considerando o contexto educacional e suas abordagens segundo Paulo Freire, é a de um programa de disciplina ou curso que proporciona a construção e reconstrução de conhecimentos, guiados por interesses emancipatórios, permitindo reflexão sobre a realidade e os valores presentes na sociedade.
Freire enfatiza que ambos, professores e alunos, são transformados no processo da ação educativa e aprendem ao mesmo tempo em que ensinam, sendo que o reconhecimento dos contextos e histórias de vida neste diálogo se desdobra em ação emancipadora.
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.
Qual o pensamento de Paulo Freire sobre a educação?
A educação é vista por Freire como pedagogia libertadora capaz de torna-la mais humana e transformadora para que homens e mulheres compreendam que são sujeitos da própria história. A liberdade torna o centro de sua concepção educativa e esta proposta é explícita desde suas primeiras obras.
O currículo é um campo permeado de ideologia, cultura e relações de poder. Por ideologia segundo Moreira e Silva (1997, p. 23) pode-se afirmar que esta “é a veiculação de idéias que transmitem uma visão do mundo social vinculada aos interesses dos grupos situados em uma posição de vantagem na organização social”.
Qual a importância do currículo escolar? Além de reunir as disciplinas e os conteúdos a serem implementados e cumpridos pelas escolas, ele é importante para estabelecer os objetivos de aprendizagem em cada etapa, bem como sua sequência lógica para a construção do conhecimento.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)”, dizia Freire.
A fenomenologia de Paulo Freire articula-se com o existencialismo. "É também sob marcante influência do existencialismo que se pode compreender a filosofia da educação de Paulo Freire, para quem a educação é prática da liberdade e a pedagogia, processo de conscientização" (Severino, 2000, p. 303).
A definição de educação específica de Freire é: educação é o processo constante de criação do conhecimento e de busca da transformação-reinvenção da realidade pela ação-reflexão humana. Segundo Freire, há duas espécies gerais de educação: a educação dominadora e a educação libertadora.
Como Paulo Freire defendia que a educação deveria ser?
Para Paulo Freire “a educação sempre implica programa, conteúdo, método, objetivos”, o respeito ao saber circundante, direito que as pessoas têm de saber melhor aquilo que elas já sabem.
A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base de seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando e com a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo.
- Construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de qualquer relação de dominação.
As teorias curriculares versam sobre a função e as perspectivas do currículo no contexto educacional. Elas dividem-se em tradicionais, críticas e pós-críticas.
O Currículo, não é imparcial, é social e culturalmente definido, reflete uma concepção de mundo, de sociedade e de educação, implica relações de poder, sendo o centro da ação educativa. A visão do currículo está associada ao conjunto de atividades intencionalmente desenvolvidas para o processo formativo.
Ele é o mapa que guia a jornada educacional dos alunos, definindo os conhecimentos, habilidades e competências que devem ser desenvolvidos ao longo de sua trajetória escolar.
Seu objetivo do currículo deve demonstrar que você tem competência para assumir o cargo a que está se candidatando e chamar atenção do recrutador de forma objetiva.
E o currículo real é constituído pela prática do ensino do professor e o que está sendo aprendido pelos alunos, ele acontece dentro da sala de aula com professor e aluno, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
“Paulo Freire defende o respeito aos indivíduos, a responsabilidade com o outro ser humano e com a natureza, e o estímulo ao pensamento crítico. Isso confronta o período em que vivemos, permeado por um discurso de ódio e de estímulo à violência. De apoio à militarização e à destruição ambiental.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.