Rousseau era contra a educação e participação política das mulheres. Em sua obra “Emílio”, ou “Da Educação”, Rousseau afirmou que as mulheres não deveriam ter acesso às funções políticas nem aos estudos da mesma maneira que os homens.
Rousseau defende que a sociedade opera modificações sobre os homens, que podem ser positivas ou negativas. A partir do contrato social, as ações individuais devem respeitar as leis que levam em consideração a vontade geral. Dessa forma, há normas que regulam e limitam aquilo que os cidadãos podem ou devem fazer.
No plano filosófico geral de Rousseau, a contradição homem/cidadão se dá através da contradição existente entre o homem e a sociedade. Para Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, ou seja, o homem através da história torna-se mau , com o objetivo de lesar o outro.
Num excerto significativo desse opúsculo, Rousseau aponta para a causa fundamental da origem do mal: "é o abuso de nossas faculdades que nos torna infelizes e maus" (5) [grifo meu].
Para Rousseau, tudo que a terra produz é para o bem de todos e não para o beneficio de alguns, pois a terra é de todos, e ninguém tem o direito de se achar dono, a ponto de a cercar e dizer que é sua. A desigualdade nasce com a propriedade. E, com a propriedade, nasce a hostilidade entre os homens.
O que Rousseau falava sobre a desigualdade social?
Portanto, para Rousseau, a desigualdade não é legítima do ponto de vista natural, já que houve uma alteração da alma e das paixões humanas, transformando a natureza humana.
Ele defendia a igualdade total entre todos os homens como ponto fundamental de uma boa sociedade. Junto disso, defendeu a tese igualitarista de que todos deveriam ser tratados da mesma maneira, tanto politicamente quanto socialmente.
O Discurso – 1a parte: Rousseau inicia o discurso fazendo uma distinção das duas desigualdades existentes: a desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política.
A violência é produto humano, instaurando a sociedade. Tem seus aspectos positivos, quando coloca limites e faz funcionar a coesão social; ou aspectos negativos, quando instaura a exploração do homem, gera desigualdades e provoca danos físicos, psicológicos e de limitação de liberdade do outro.
O contrato social para Rousseau é um acordo entre indivíduos para se criar uma sociedade, e só então um Estado, isto é, o contrato é um pacto de associação, e não de submissão. Este livro influenciou diretamente a Revolução Francesa e os rumos da história.
Rousseau, por outro lado, defende a democracia participativa, direta, afirmando que “Na verdade, as leis são as condições da associação civil. O povo submetido às leis deve ser o seu autor, só aos que se associam cabe reger as condições da sociedade” (Rousseau, 1995:99).
Desta forma, para Rousseau o governo será exercido não por uma pessoa do povo, mas sim por um REPRESENTANTE do povo, sendo a pessoa do ultimo cidadão tão sagrada e inviolável quanto a do magistrado, sendo que onde se encontra o representado, deixa de haver o representante.
O filósofo afirma ser a liberdade uma das formas pela quais o homem se distingue dos animais. Portanto, o indivíduo que renuncia a sua liberdade, renuncia conjuntamente, segundo Rousseau “a sua qualidade de homem”2.
Rousseau tinha uma tese que aparece em toda a sua obra: a de que o ser humano é melhor quando está mais próximo da natureza. Rousseau aprendeu a gostar do contato com o ambiente natural, sem intervenção humana, desde sua juventude. Em Emílio, ele já defendia o contato da criança com a natureza sempre que possível.
O objetivo de Rousseau é tanto formar o homem como o cidadão, diz Maria Constança Peres Pissarra, professora de filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A dimensão política é crucial em seus princípios de Educação.
A vontade geral (como vontade do povo, como voz de Deus) é sempre, por definição, reta, por estar sempre voltada para o bem comum. Nessa medida, ela tem, efetivamente, uma tendência à infalibilidade, que Rousseau lhe atribui no capítulo III do Livro II do Contrat social.
Nele o filósofo defende que as ciências e as técnicas não promovem o aprimoramento moral do ser humano, pelo contrário, elas promovem o seu afastamento de sua natureza. Com isso, há um processo de corrupção do ser que o leva à sua ruína moral e social.
A criança é caracterizada para Rousseau como um ser ingênuo, que não tem nem uma noção de sentimento seja para o bem ou para o mal, por isso que ela não pode ser considerada como um “adulto em miniatura”, trabalhando e se vestindo como eles.
Segundo Rousseau, alguns fatores da natureza humana e dos fenômenos naturais contribuíram para a evolução e o progresso. A partir destes, o que se torna relevante no desenvolvimento das desigualdades é o surgimento da propriedade privada e da sociedade civil.
Quais são os tipos de desigualdades identificados por Rousseau?
No proêmio dessa obra, o filósofo genebrino imputa à espécie humana dois tipos de desigualdade: a primeira, natural ou física, estipulada pela natureza e caracterizada pelas diferenças de idade, saúde, forças corpóreas e espirituais; a segunda, denominada de desigualdade moral ou política., a qual resulta de uma ...
Qual foi a solução defendida por Rousseau para resolver o problema das desigualdades?
Rousseau propôs explicitar, em sua obra, a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade, passando pela perfectibilidade e alcançando o desenvolvimento e, pari passu, a degeneração, através da instituição da propriedade.
Qual o pensamento de Rousseau sobre a desigualdade humana?
A propósito de um novo concurso na academia de Dijon em 1753, que tinha por tema “qual é a origem da desigualdade entre os homens e se ela é autorizada pela lei natural”, Rousseau afirma: a liberdade do homem está cada vez mais ameaçada porque a desigualdade social é crescente.
Significa então que em nível social, os homens adquirem igualdade comum na medida que se apegam ao interesse geral, aquele que desobedece as normas estabelecidas se encontrará fora da proteção que a mesma sociedade proporciona e, portanto será castigado pelo tudo.