O filósofo existencialista Jean-Paul Sartre afirma que somos “condenados a ser livres”. A todo momento estamos fazendo uma escolha, o próprio ato de não escolher é na verdade uma escolha. Portanto, tentar fugir de escolhas é simplesmente impossível.
É necessário escolher porque tenho de ser livre. Assim, toda vez que há uma ação, o homem se torna responsável por tudo o que escolhe, porque não há outra escolha que não exercer a liberdade. Para Sartre, o homem é homem pela sua condição de ser livre.
Ao contrário de uma visão que poderia ser considerada positiva ou empoderadora, para Sartre, a liberdade é um fardo. Cada escolha que fazemos nos define, e por não existirem valores ou regras universais pré-definidos, somos nós que damos sentido à nossa vida e à nossa existência através de nossas escolhas.
Sartre afirma: “Escolher isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos” (Sartre, 1978a, p.
"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." JEAN PAUL SARTRE (1905-1980). Antes de chegar nesta tão celebre frase, Sartre passou por toda uma construção anterior desse pensamento desembocando posteriormente no pensamento conhecido como existencialista.
Defensor da liberdade irrestrita, Sartre acreditava ser a liberdade o que movia o ser humano. Para ele, o ser humano é, paradoxalmente, condenado à liberdade. Somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos escolhendo.
Segundo Sartre, a existência precede a essência, o que significa que não existe uma essência humana pré-determinada ou inata. Em vez disso, cada indivíduo constrói sua própria essência através de suas escolhas e ações, assumindo assim uma responsabilidade total por si mesmo.
Freud (1914/1996) diz que as identificações geradas entre os parceiros no ato da escolha amorosa e o imaginário que permeia esta relação irão, através destas identificações e das fantasias decorrentes, fazê-los reviver os processos da cena edípica.
Quem é o autor da frase A vida é feita de escolhas?
Você conhece Caio Fernando Loureiro de Abreu? Ele foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro que viveu entre 1948 e 1996. Ele é o autor da frase: “A vida é feita de escolhas, quando você dá um passo a frente, alguma coisa fica para trás”.
Nossas crenças determinam nossas escolhas pois essas são feitas baseadas naquilo que acreditamos. É fato que escolhemos para nossa vida aquilo que acreditamos ser melhor para nossa vida, aquilo que acreditamos que vai nos levar para o caminho que desejamos.
Como Aristóteles e Sartre tratam a escolha quando se referem à liberdade?
Aristóteles acreditava que a liberdade consistia numa harmoniosa integração do indivíduo numa sociedade em que a escravatura abrangia a maior parte dos homens. Já para Sartre constitui-se com verdades concretas e históricas sobre o homem. Afirma a liberdade e a realização do homem na decisão livre.
Quem falou que o sujeito é livre para fazer suas escolhas?
Percebe-se, desta for- ma, que, para o existencialismo sartreano, o homem é livre, sendo ele quem se defi- ne a partir daquilo que fizer de si mesmo, ou seja, daquilo que projeta no futuro, por meio de suas ações, de seus atos e de suas escolhas.
O ser-para-si se caracteriza pela falta, por ser nada, nada de substancial. Como Sartre muito bem nos demonstra que estudo da realidade humana sempre nos indicará um binário irredutível: O ser e o Nada. Assim percebemos que o ser-para-si se lança sempre em direção ao ser-em-si, justamente por ser ausência de conteúdo.
A liberdade de escolha é um conceito fundamental que se refere à capacidade de tomar decisões e agir de acordo com a própria vontade, sem restrições ou coerção externa. É um direito humano básico que permite que as pessoas determinem seu próprio destino e exerçam sua autonomia individual.
Seja na vida pessoal ou na vida profissional, é sempre necessário fazer escolhas. E quanto mais conscientes estivermos, mais sábias elas serão. Um processo de tomada de decisão bem guiado ajuda a evitar resultados inesperados, diminuindo as chances de fracasso e aumentando as chances de sucesso.
Escolha ou alternativa consiste num processo mental de pensamento envolvendo o julgamento dos méritos de múltiplas opiniões e a seleção de uma delas para ação.
Escolhas são atitudes, ações no mundo. Ainda assim, acontecem sempre dentro de um campo de possibilidades, ou seja, dentro de um cenário em que estão disponíveis algumas opções – e não outras. Desse modo, escolhas não são sinônimos de “vontade”.
De quem é a frase você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você?
Há uma frase (do Steve Beckman) que diz “você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” Todo indivíduo é dotado de habilidades que formam suas competências e lhe permite decisões.
Quando fazemos nossas escolhas nos tornamos autorresponsáveis pelo que acontece em nossas vidas, somos o protagonista e deixamos de ser “refém” das circunstâncias. É ter consciência de que haverá situações positivas e também negativas no decorrer da nossa jornada. Esse é o grande aprendizado.
Por que é importante fazer escolhas e tomar decisões?
O poder de decisão é muito importante para a nossa saúde física e mental, mas nem sempre é uma tarefa fácil. Em situações mais complexas, tomar uma decisão exige tempo, discernimento, análise e em alguns casos, as consequências podem ser altamente prejudiciais. Mesmo assim, uma coisa é certa: é preciso decidir!
A maior parte das decisões dos seres humanos são baseadas em fatores emocionais, através do nosso sistema um. A vida moderna tem nos tirado a capacidade de processar a quantidade de informações, mudanças, escolhas e desafios do nosso dia a dia.
Para Sartre, existência precede a essência, e “se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é”|3|. O ser humano tem responsabilidade total por si e, ao mesmo tempo, não tem uma essência predefinida.
É a célebre afirmação de O Existencialismo é um humanismo: “a existência precede a essência”. Sartre demonstra, primeiramente, que a consciência é sempre consci- ência de algo, de algo que não é consciência dos objetos inseridos no mundo, mas nenhum desses objetos é a minha consciência.