Entre os séculos 16 e 17, os colonos e os nativos americanos utilizavam espigas de milho como papel higiênico. Embora também haja evidências de outros materiais orgânicos como musgo, folhas e cascas, parece que havia certa preferência pelas espigas de milho.
Antes do papel, ou de qualquer coisa parecida, passamos por tabletes de argila, tabuletas de madeira, tiras de folhas de palmeira, metais, cascas de árvores, até chegarmos a alguns materiais mais próximos do papel, como o papiro e o pergaminho.
Antigamente, não havia privadas e nem sistema de esgoto — a maioria das pessoas fazia suas necessidades ao ar livre, entre árvores e arbustos, ou usava penicos.
As outras pessoas tinham que recorrer à neve e à lã de carneiro. Na Antiguidade, os gregos usavam uma vara com uma esponja na ponta (que depois de embebida em água e sal era usada novamente). Nos tempos de colônia, os brasileiros faziam uso da palha de milho – de preferência as verdes, mais macias. Na falta, o sabugo.
No caso dos gregos, eles recorriam ao uso das mãos ou pedaços de rochas para se limpar. Os mais chiques ainda usavam folhas de alho-poró. Na Idade Média, o hábito de se limpar não era uma prioridade. Eles simplesmente usavam o que estava à mão: feno, folhas de árvores ou o canto de suas roupas.
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.
Em Roma, no mesmo período, era comum usar um pó obtido das cinzas dos ossos de animais (e misturado com ervas e areia). Na Idade Média, o hábito era fazer um bochecho com urina.
Antes, mas muito antes de surgir o papel higiênico, as pessoas usaram uma grande variedade de materiais naturais para a higiene anal: lascas de madeira, conchas, peles de animais, feno, folhas, areia e, óbvio, a água de rios e lagos. Em terras mais frias, a neve era usada.
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A latrina, por exemplo, foi sendo aperfeiçoada até o século XVIII quando o vaso sanitário com descarga surge na Inglaterra, enquanto o bidê, que foi também uma adaptação da latrina, surge na França no mesmo século, para a higienização das partes íntimas.
A palavra papel vem do latim papyrus e faz referência ao papiro, uma planta que cresce nas margens do rio Nilo no Egito, da qual se extraia fibras para a fabricação de cordas, barcos e as folhas feitas de papiro para a escrita.
O papel higiênico só foi criado no final do século 19. Antes disso, a higiene era feita com o que tinha disponível ao alcance das mãos ou a própria mão. Os ricos podiam usar pedaços de tecido feito de linho limpos, enquanto os pobres usavam (além da mão) ?? trapos velhos, musgo e folhas.
As mulheres usavam talco diariamente, pois além do cheirinho bom ele podia absorver a umidade o que evitava transferir o cheiro do corpo para a roupa. O talco era também usado na virilha após higiene, pois as roupas eram quentes e provocavam muita transpiração, também entre as pernas.
Como as pessoas faziam suas necessidades antigamente?
Os povos mesopotâmicos usavam um graveto para escovar os dentes. Os romanos conheciam o sabão, mas preferiam tomar banho com óleos. E os egípcios chupavam balinhas para mascarar o mau hálito. Saiba o que nossos antepassados faziam para ficarem limpinhos (ou nem tanto).
Mas arqueólogos e antropólogos fizeram muito trabalho sujo e interessante ao documentarem como as pessoas se limpavam em outras culturas no passado. Na Roma antiga, aqueles que faziam suas necessidades em uma latrina pública possivelmente usavam um tersorium para se limpar.
Plantas e essências de rosas e jasmim eram usadas pelos povos antigos do Oriente para limpar os cabelos, controlar a oleosidade e amaciar os fios. Durante a Idade Média, as técnicas foram trazidas para o Ocidente pelas cruzadas.
Normalmente, mantos de apenas um pedaço, no primeiro século na Judeia, eram roupas de baixo finas ou roupa infantil. Não devemos pensar nas roupas íntimas contemporâneas, mas usar um artigo de peça única, e só ele, provavelmente não era bem-visto. Era extremamente básico.
Existem documentos de mais de 3.000 anos que relatam os costumes egípcios de tomar banhos diários, em uma média de três por dia. Tratava-se de uma prática ritualística com o intuito de purificar o espírito por meio do corpo.
Antes de sua invenção, que data do século XIX, as pessoas costumavam fazer a sua limpeza com folhas de hortelã, água e por vezes sabugos de milho. Diz-se que o papel higiênico foi inventado na China, em 875, mas a invenção também já foi atribuída a Joseph Gayetty, de Nova Iorque, EUA, que a teria concebido em 1857.
A saúde era precária, mas as pessoas medievais não gostavam de sujeira. Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal comparada com hoje. As ruas das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse esterco levava à reprodução de parasitas.
Também é importante frisar que papel higiênico jogado no vaso sanitário pode levar mais de 100 anos para se desintegrar em aterros sanitários, prejudicando o meio ambiente. Por isso, algumas ONGs e movimentos sociais recomendam evitar a prática e optar pelo descarte no lixo.