A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, que influencia outras taxas de juros do país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A definição da taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.
A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação.
Isso significa que a Selic mais baixa faz cair o CDI, o que torna seus investimentos de renda fixa menos rentáveis. Mas, se você aplica em renda fixa, fique tranquilo! A dica é não se desesperar e tomar decisões precipitadas. No próximo tópico, nós explicamos o que você pode fazer.
A alta da Selic é indicação de um cenário de inflação em alta, já que o objetivo da elevação da taxa é o desaquecer a economia, usando canais como o crédito mais caro para frear o consumo e a produção, e maiores retornos para incentivar investimentos. Assim, reduzindo a pressão sobre a alta de preços na economia.
Hoje, a uma taxa de 10,75% ao ano R$ 100 mil no Tesouro Selic retornam R$ 10.750 anuais ou R$ 895,83 por mês, a descontar o Imposto de Renda e não considerando os juros compostos. Além do rendimento da Selic, o Tesouro Nacional também oferece uma pequena taxa de remuneração para os títulos.
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Quanto rende 1.000 reais na Selic por mês?
Segundo o simulador do Tesouro Direto, aplicar R$ 1.000 hoje no Tesouro Selic 2026 renderia o valor bruto, sem considerar o Imposto de Renda (IR), de R$ 1.224,67 na data de vencimento, 1º de março de 2026. O valor líquido, após a cobrança do IR, é estimado em R$ 1.190,98.
Quanto rendem R$ 1.000 em um ano, descontando a inflação e o imposto de renda: Poupança: R$ 39,8 (3,98%) Tesouro Selic: R$ 49,20 (4,92%) CDB: Entre R$ 27,70 e R$ 62,10 (de 2,77% a 6,21%)
Segundo Augusto Junior, a Selic alta colabora para que exista menos dinheiro circulando no mundo real e mais dinheiro nos bancos, no mercado financeiro. Isso, obviamente, favorece aos bancos, que registraram lucro recorde em 2021, quando a Selic começou a subir.
A maior taxa Selic da história foi registrada em 1989, período em que a economia brasileira sofria com a hiperinflação. Em 2 de fevereiro daquele ano, o índice apurado foi de 3,626% no dia. A maior Selic acumulada em 12 meses foi registrada em 26 de dezembro do mesmo ano, quando a taxa composta atingiu 115.334,03%.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, em março de 2024, baixar a Selic para 10,75% ao ano. Mexer nessa taxa é uma das ferramentas que o BC usa para controlar a inflação e aproximá-la da meta anual.
Renda fixa: preferência para os indexados à inflação
A redução da taxa Selic tem influência direta nos investimentos de renda fixa, especialmente aqueles atrelados à taxa básica de juros, como os títulos públicos e fundos de investimento DI, afirma Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.
Renda fixa isenta. Um mercado aquecido de debêntures, CRIs e CRAs pode explicar o apego dos especialistas pela renda fixa, mesmo diante da queda dos juros. ...
Por exemplo, uma pessoa que deposita R$ 1 mil na conta do Nubank e mantém o valor sem movimentação por 30 dias, terá, no 31º dia, um saldo bruto de R$ 1.008,47. O saldo líquido – isto é, depois de tributado o Imposto de Renda – é de R$ R$ 1.006,56. Portanto, o rendimento líquido da aplicação é de R$ 6,56.
A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1,2% para a economia em 2023.
Investir no Tesouro Direto Selic sempre vale a pena, pois é indexado pela taxa básica de juros. Além disso, é proveniente do emissor mais seguro do mercado: o Governo Federal. O Tesouro Direto Selic é uma ótima opção para montar uma reserva de emergência devido à sua liquidez diária, baixa volatilidade e segurança.
Com essa redução, a taxa real brasileira caiu de 5,95% para 5,90%, atrás apenas do México, que encabeça o ranking, com 7,46%. O ranking considera as taxas de 40 países. Na terceira posição, está a Rússia, com juros reais de 5,87%, seguida da Colômbia, com 5,85%, e Turquia, com 5,56%.
Quem define a taxa Selic? A taxa Selic é determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias em encontros a portas fechadas no Banco Central desde 1996.
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos.
A regra de rendimento da poupança é a seguinte: Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês sobre o valor depositado + Taxa Referencial; Se a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic ao ano + Taxa Referencial.
No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A menor taxa Selic da história foi registrada entre agosto de 2020 e março de 2021, quando o índice ficou no patamar de 1,90% ao ano. Nesse período, o Copom estabeleceu uma meta de 2% ao ano para tentar estimular a economia em meio à crise provocada pelo coronavírus.
De acordo com o cálculo, R$ 5 mil investidos no Tesouro Selic rendem R$ 39,23 líquidos por mês, aproximadamente. Vale lembrar que o investimento no Tesouro Direto está sujeito ao imposto de renda.
Quanto rende 100 reais por mês no Selic? Hoje, a uma taxa de 11,75% ao ano R$ 100 mil no Tesouro Selic retornam R$ 11.750 anuais ou R$ 979,17 por mês, a descontar o Imposto de Renda e não considerando os juros compostos.