A expressão também é conhecida como a morte de Deus, uma declaração amplamente citada feita pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e originalmente Hegel. Nietzsche usou a frase para expressar sua ideia de que o Iluminismo havia eliminado a possibilidade da existência de Deus.
Falar da 'Morte de Deus' hoje não é abandonar o conceito de Deus e da religião de modo absoluto, mas ao contrário, significa superar uma visão de Deus e de transcendência que ainda está atrelada aos conceitos da Metafísica antiga e medieval, em especial de uma visão abstrata, de um Deus distante o mundo, de um “Deus ...
O que significa a morte de Deus segundo Nietzsche?
A sentença "Deus está morto" significa: o mundo supra-sensível está sem força de atuação. Ele não fomenta mais vida alguma. A metafísica, isso significa para Nietzsche a filosofia ocidental entendida como Platonismo, está no fim.
O primeiro modo filosófico de considerar a morte é através da nadificação, ou seja, a morte é pensada como: “... uma porta aberta ao nada de realidade humana, sendo esse nada, além disso, a cessação absoluta de ser ou a existência em uma forma não humana.” (SARTRE.
Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.
Deus está morto, e nós o matamos - breve explicação da polêmica afirmação de Nietzsche
Quem criou Deus segundo a filosofia?
A resposta a essa pergunta, porém, é simples: Ninguém criou Deus. Deus existe sem uma causa. Ele sempre existiu e não há como Ele não existir. Só faz sentido a gente perguntar quem criou o universo e as coisas que existem dentro dele.
O conceito de Deus dentro da Filosofia é amplamente discutido e varia de acordo com as correntes filosóficas. Na maioria das concepções, Deus é visto como a causa primeira e imutável do universo, ou seja, o princípio que está por trás de tudo o que existe e que não pode ser explicado por meio das leis naturais.
Sócrates (Séc. IV A.C) defendia que a morte era fundamental, pois permitia que a alma se afastasse da matéria orgânica (corpo) e, assim, esta iria alcançar o verdadeiro significado. Só dessa forma é que o "ser" seria livre para atingir o saber na sua forma pura.
Na visão do filósofo, a morte é algo inevitável, que não está relacionada a um determinado tempo ou lugar, assim, a função da morte seria nos ensinar a viver. Não importa se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a forma e a maneira como você aproveitou esse tempo.
Ser ser-para-a-morte na visão socrática não é ser para a finitude, mas abertura para a infinitude. A morte não é o fim, mas o começo de uma nova existência: a da trans- cendência.
“Deus está morto” significa desvalorização de todos os valores supremos. É o niilismo; a metafísica mesma: o esquecimento do ser. Para Heidegger, Nietzsche é o pensador que concebe a “morte de Deus” como a lógica interna da metafísica. Todavia, ainda se processa dentro da própria metafísica.
Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.
Nietzsche propunha que, recusando Deus, podemos também nos livrar de valores que nos são impostos. A maneira de fazer isso seria questionando a origem dessas ideias. Ele se definia como um “imoralista”, não porque pregasse o mal, mas por entender que o correto seria superar a moral nascida da religião.
Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que Jesus não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de "agente de Deus" para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível.
Ao falecer, o homem volta ao pó da terra e o fôlego da vida retorna para Deus, de onde saiu, ou seja, o seu criador. Podemos ler sobre isso em Ezequiel 18:4, que diz: “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá”.
49 Logo, a morte não livre deve ser uma consequência lógica da vontade cativa diante do tempo que passa, pois é somente assim que a morte parece ser um acidente que assalta o homem. O tempo em que se morre covardemente é sempre o tempo errado quando o tempo mesmo é encarado como a causa da incompletude.
A morte portanto é vista como purificação e futuro encontro com os Deuses. Platão assume tal elemento escatológico, ao inserir no Fédon, um Sócrates diante da morte que não a teme por acreditar que ao morrer, sua alma encontrar-se-á com os Deuses no Hades.
Razão pela qual o filósofo sustenta: "A morte nada significa para nós". Ao contrário do que acreditavam Sócrates e Platão, ele justifica sua convicção: "A morte é uma quimera: porque enquanto eu existo, ela não existe; e quando ela existe, eu já não existo".
Filosofar é aprender a morrer porque a alma deve governar o corpo, jamais o contrário. Cabe ao homem, através de seus pensamentos, saber conduzir sua vida, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.
Há uma filosofia universal, uma sabedoria natural e comum; ela é a mesma em todos os homens dóceis à luz da razão; é ela que os conduz ao reconhecimento da existência de Deus. Todos os pensadores de primeira ordem chegam à esta conclusão: Deus existe. Porém, hoje vivemos no século do ateísmo.
De acordo com o conceito filosófico Deus é espírito, concreto; e se indagarmos mais de perto o que seria o espírito, então o conceito fundamental de espírito seria aquele desenvolvido em toda a doutrina religiosa.
Jesus foi um homem que em toda sua obra fez menção do termo “justiça” como um princípio vital ao homem. Atrelando sua concepção a diversas outras virtudes, mostrou que na vida do ser humano é preciso usufruir dos bons sentimentos como causa de realização própria.