Os índios Tupis gostavam tanto de milho estourado que até tinham um nome carinhoso para ela: pï'poka. Uma palavra que poderia ser que poderia ser entendida como “estourando a pele”. Formada pela junção de 2 outros termos: pira, que significa pele em tupi e poka que significa estourar.
Etimologia. "Pipoca" originou-se do termo tupi pipoka, "pele estourada", formado pela junção de pira (pele), pok (estourar) e a (sufixo substantivador).
Grato. No contexto do futebol brasileiro, o Dicionário Houaiss indica que pipocar é o mesmo que «demonstrar medo (o jogador) de disputar jogada, de chutar ao gol etc.; acovardar-se», e pipoqueiro, o «jogador que costuma pipocar».
EP.07 - Pergunte ao Pipoca - Palavras de origem Tupi-Guarani
O que é pipocar giria?
É o caso do verbo pipocar. Quando um jogador evita confrontos com o adversário para não se machucar, a torcida diz que ele está saltando fora das jogadas que nem pipoca.
Podemos citar como exemplos: guabiroba, maracujá, butiá, capivara, jabuti, biguá, cutia. De origem Kaingang temos os nomes de municípios como: Goioerê, Candói, Xambrê e Verê. Também a palavra pipoca tem origem indígena, veio do tupi e quer dizer “milho rebentado”.
A pipoca é um alimento diretamente ligado ao Orixá Obaluaê. Por isso, o Banho de Pipoca possui uma força muito grande, sendo capaz de purificar o corpo, eliminar as energias negativas e trazer mais saúde na vida de uma pessoa.
A tentação de nos compararmos com os outros pode ser grande, mas a Teoria da Pipoca nos ensina a importância de respeitarmos nosso próprio tempo. Cada pessoa tem seu ritmo e sua jornada. Aquele que estourou antes não é necessariamente mais capaz ou mais sortudo, apenas estava no momento certo para ele.
Acredita-se que o primeiro uso que o homem fez do milho, quando este era ainda uma planta selvagem, foi de estourá-lo. Já foram encontrados, no Peru, antigos vasos que eram utilizados para fazer pipoca por uma cultura pré-inca, datando de 300 a.C.
No ritual do Olubajé, são servidas comidas típicas de todos os orixás. De acordo com a iyalaxé Marcela Ferreira, no entanto, um alimento simples não pode faltar, afinal, trata-se da iguaria ofertada ao anfitrião Omolu: a pipoca, também chamada de deburu (ou doburu).
Em 1758, o Marquês de Pombal proibiu o ensino e o uso do tupi e instituiu o português como única língua do Brasil com a finalidade de enfraquecer o poder da Igreja Católica sobre a colônia.
Na simbologia cristã, o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.
Obaluaê, por outro lado, é um dos orixás mais velhos e tem seu próprio tempo. “A comida de Obaluaê é a pipoca, porque pipoca não se faz sem óleo, e óleo quente não se faz rápido. Pipoca precisa de tempo e de silêncio para funcionar”, sinaliza a historiadora.
Sabe-se, porém, que inicialmente os índios preparavam a pipoca com a espiga inteira sobre o fogo. Depois, eles passaram a colocar só os grãos sobre as brasas até inventarem um método mais sofisticado: cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente. O princípio é sempre o mesmo: fazer o grão de milho explodir.
Pasquale explica a origem da palavra pipoca, a partir de outra palavra, palomita, em espanhol. A partir de uma música de Caetano Veloso, o professor explica que pipoca veio do tupi e quer dizer: milho explodido.
Por ser rica em antioxidantes, a pipoca ajuda a retardar o envelhecimento, protegendo a pele e outras células do estresse oxidativo e, consequentemente, pode atuar no combate ao câncer e outras doenças crônicas, conforme mostra estudo da Universidade de Scranton (EUA).