Uma estratégia baseada em neurociências para lidar com a rejeição social é praticar a autorregulação emocional. Isso envolve reconhecer e validar as emoções que surgem em resposta à rejeição, permitindo-se senti-las em vez de reprimi-las.
Rejeitar significa resistir, desprezar ou recusar algo ou alguém. Não dá para desprezar o fato de que a rejeição é uma das feridas emocionais mais profundas e difíceis de lidar. A rejeição se faz presente em diferentes âmbitos da vida social.
O complexo de rejeição é a percepção de que as pessoas não têm interesse naquilo que você tem a oferecer. Ou seja, há o contínuo sentimento de abandono em relação ao demais. Tal sentimento de rejeição é frequente no caso do complexo e pode trazer uma série de prejuízos à saúde.
A forma como somos aceitos ou rejeitados interfere nos sentimentos que temos em relação a nós mesmos como valorização, depreciação ou descrédito. Por isso, sentir-se rejeitado pode causar muitos danos emocionais.
Isaías profetizou que, além dos sofrimentos físicos que Jesus provou no nosso lugar, a rejeição esteve presente: Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso (Isaías 53.3).
Por que a rejeição dói tanto? A dor de uma rejeição amorosa ou o término de um relacionamento é tão doloroso quanto outras perdas. Isso se explica porque as áreas responsáveis pela dor física são ativadas no cérebro da mesma forma como se você estivesse sentindo uma dor real no corpo.
Quando nosso comportamento desagrada outras pessoas
As pessoas às vezes nos rejeitam por causa do comportamento que temos perante elas. Quando as pessoas se sentem desconfortáveis, elas vão tentar remover aquilo que as estressa. E neste caso, pode ser a nossa presença. E isso nos leva a nos sentir rejeitados.
A pessoa que passa por algum tempo sofrendo com sentimento de rejeição pode em algum momento associar outros sentimentos como por exemplo, abandono, fracasso, privação emocional, indesejabilidade social, busca de aprovação, pessimismo, etc. Pode se isolar e perder oportunidades de relacionamento e convívio social.
O complexo de rejeição age como um bloqueio para o desenvolvimento de relações interpessoais sadias. Pode até mesmo ser um mecanismo de autossabotagem inconsciente. A lógica é mais ou menos assim: “Vou terminar/ir embora/desistir/não me apegar antes de ser rejeitado”.
Você não pode evitar ser rejeitado, embora você possa aceitar ou não essa rejeição. Você precisa ser capaz de se apreciar, de se valorizar e de investir em si mesmo. Você pode continuar do jeito que está, já que mudar é difícil e talvez você se sinta bastante inseguro.
Os pesquisadores notaram que uma área chave do cérebro se salientava quando a rejeição ocorria. Essa área, na parte anterior do córtex, já é associada com as respostas do cérebro aos sentimentos desagradáveis trazidos pela dor física. A reação, neste caso, não foi apenas uma frustração por não poder jogar.
Portanto, ao pensarmos na rejeição como Freud nos conceitua, "não querer saber nada no sentido do recalque", pensamos, novamente, no sujeito modalizado por um /QUERER - NÃO- SABER/, e seu efeito é a descrença na diferença anatômica entre os sexos.
A rejeição pode levar nossa mente a pensamentos de preocupação e insegurança, e esses pensamentos “podem interagir diretamente com nosso sistema nervoso”, completa Wager. O sistema nervoso, por sua vez, interage com todo o resto do corpo.
A ferida da rejeição decorre de situações em que nos sentimos excluídos ou não amados. Pode surgir de experiências traumáticas na infância, como perda de um dos pais, bullying na escola ou rejeição por parte de amigos. A ferida do abandono se associa à sensação de solidão e desamparo.
Para Winnicott (2000) a ausência materna e a falta de apego geram na criança uma necessidade da busca de um objeto transitório; essa criança pode apresentar comportamentos desajustados, como; roubo, insônia; apresentam comportamentos de regressão, tendência antissocial, carência e até uma propensão a delinquência.
Este sentimento doloroso faz parte de um processo interno para tentarmos entender as nossas limitações e a do outro. Em um primeiro momento, diante de uma rejeição, a tendência pode ser de carregar nas tintas e ver tudo escuro, sem futuro, mas, se tivermos paciência, podemos aprender com a situação.
A Rejeição crônica é uma forma insidiosa de rejeição que leva à destruição do enxerto ao longo de meses, mas na maioria das vezes anos após o transplante de tecido.
A rejeição aguda se caracteriza pela rápida diminuição da função do enxerto atacado pelo sistema imune do hospedeiro, sensibilizado contra os antígenos do doador. O processo de rejeição inicia-se pelo reconheci- mento dos antígenos de histocompatibilidade (aloan- tígenos) do doador pelos linfócitos T do receptor.