Nos ritos de religiões afro-brasileiras, os atabaques são geralmente tocados em grupos de três, cada um com um tamanho diferente. Nos rituais do candomblé baiano e em outras partes do Nordeste, eles são conhecidos como rum (maior), rumpi, e lê (menor; ver ilustração).
Nos terreiros de candomblé, os três atabaques utilizados são chamados de "rum", "rumpi" e "le". O rum, o maior de todos, possui o registro grave; o do meio, rumpi, tem o registro médio; o lé, o menor, possui o registro agudo podendo ser usado o aquidavi para a percussão.
As cantigas de Rum são as cantigas executadas para o Orixá dançar em uma festa, costuma dizer-se (dar Rum ao santo), nessas cantigas os Orixás fazem a coreografia conforme a cantiga e o desempenho do alabê no atabaque maior (Rum), caso o alabê cometa algum engano, Orixás mais antigos podem parar de dançar, corrigindo o ...
Em algumas tradições religiosas afro-brasileiras, o termo "Ayangalu" pode ser utilizado para descrever o espírito que é invocado durante a cerimônia de toque do atabaque. Em outras palavras, é uma entidade espiritual que é chamada para habitar dentro do atabaque durante a cerimônia religiosa.
O ogã tem que gostar do que faz, pois não é só pegar um atabaque e repicar o couro, pois ao tocar, o ogã entra em contato direto com a entidade, invocando-a no corpo do medium ao cantar.
Porque mulher não pode tocar atabaque no candomblé?
A gente sabe que hoje tem mulher que toca atabaque, e é normal, ela gosta, aprende e vai. Porém, quando começar o ritual, a mulher não vai tocar, porque não faz parte da função dela. Não existe. Orixá reconhece que se alguém manifestar, quem vai cuidar é a ekedji.
O cargo de Ogã, aquele que toca o atabaque — instrumento tradicional afro-brasileiro das giras de umbanda — , é notadamente masculino devido à energia envolvida para o toque e ao formato fálico do instrumento, segundo a musicista Christiane Nascimento, de 35 anos.
Ou seja, um ritual de extrema importância dentro dos terreiros de Candomblé, pois ao mesmo tempo louva o sagrado e mantém a memória dos povos expatriados. Xirê é uma palavra Yorubá que significa roda, ou dança para a evocação dos Orixás conforme cada nação.
Já nos atabaques, além de saudar o chão pedindo seu axé, tocamos três vezes com as costas das mãos na beirada de cada um dos atabaques pedindo saúde, paz e prosperidade, para em seguida tocarmos nossa testa também três vezes com a ponta dos dedos das duas mãos, dizendo: por Olorum, por Oxalá e por Ifá.
Mas, no Brasil, a maioria dos terreiros de candomblé adotou nomes específicos dos atabaques que provêm do Fon (Fòngbè), língua dos Jeje e do Ewe, que são Hun (o atabaque maior), Hunpí (o atabaque médio) e Lé (o atabaque pequeno).
Quando se diz “vai ter tambor”, “ser do tambor” ou “bater tambor” significa que vai ter ritual, festa e pertencer a uma religião afro-brasileira. As orquestras rituais Mina-Nagô, como é conhecida a Mina Paraense, são comandadas pelos Abatazeiros, Tamboreiros ou Alagbês.
São cultuados com taças com vinho ou água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, cristais, incensos, pedras energéticas, cores, os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, além de banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
3. Pomba-gira. Conhecida como dama da noite, nas duas crenças é considerada a figura feminina de Exu. Além de atuar como mensageira espiritual, a pomba-gira também exerce o papel de uma mulher independente e dominadora – relacionada ao amor e ao desejo.
✊🏾 Diferente de outros cargos da religião da matriz africana, o Ogã não incorpora as entidades. No caso das mulheres, o cargo é equivale ao de equedis, mas não possuem as mesmas funções. ✊🏾 Ogãs tocam os atabaques e ecoam os cânticos nas cerimônias.
Olha, o atabaque é um tambor em forma de barril que chegou no Brasil muito tempo atrás, junto com povos africanos que foram trazidos pra cá. A peça era bem popular nas preces espirituais, porque acreditavam que os batuques ajudavam a ficar perto dos deuses, guias e de outras figuras poderosas.
"A Ekedi é aquela que se dedica, que orienta, que está sempre disponível, seja para pessoas de terreiro ou não. Por isso é um momento de honra estarmos aqui e recebermos esse reconhecimento", destacou a Ekedi Dayanne Germano.
Ekedi é um cargo feminino, de mulheres que não entram em transe, ou seja, não incorporam os Orixás. Elas são escolhidas especialmente pelos Orixás e recebem a função de cuidar.
Atabaque (do árabe "al-Tabaq": "prato") é um instrumento musical de percussão africano da família dos membranofones percutidos. É usualmente tocado em rituais religiosos afro-brasileiros como o candomblé e umbanda, empregado para convocar as entidades (orixás, inquices e voduns).