Ser um cooperado significa fazer parte de uma comunidade unida por objetivos comuns, onde os membros têm voz ativa e participação direta nas decisões e nos resultados alcançados.
Os cooperados não têm vínculo empregatício com as empresas contratantes e, portanto, não são beneficiados pelas garantias trabalhistas típicas de um contrato CLT, como 13º salário, FGTS e férias. No entanto, eles têm participação nos resultados da cooperativa e autonomia na execução de suas atividades.
Ser cooperativista é acreditar que ninguém perde quando todo mundo ganha, é buscar benefícios próprios enquanto contribui para o todo, é se basear em valores de solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade. O cooperativismo tem um jeito único de trabalhar.
Ser um cooperado vai além de simplesmente se tornar membro de uma organização; implica em participar ativamente da gestão, envolver-se nas decisões estratégicas, eleger representantes e contribuir para o crescimento e a sustentabilidade do empreendimento.
Tudo que você precisa saber sobre ser um cooperado
O que um cooperado tem direito?
O cooperado também tem direito aos mesmos benefícios previdenciários do trabalhador celetista, como aposentadoria, auxílio por incapacidade temporária e salário-maternidade.
O pagamento do salário não é pago diretamente aos associados, mas sim à cooperativa. Ao final do exercício, por meio de assembleia, deverá ser feito o cálculo das receitas que serão rateadas entre os associados até o limite do valor do tráfego de cada um deles ou destinadas ao fortalecimento da cooperativa.
Os princípios do cooperativismo se baseiam na adesão livre, na democracia, na participação economia, na autonomia, na educação e conhecimento, na intercooperação e, ainda, no interesse pela comunidade.
Dentre as doze virtudes cooperativistas pregadas por Charles Gide têm se: Viver Melhor, pagar a dinheiro, poupar sem sofrimento, suprimir os parasitas (eliminação de intermediários), combate ao alcoolismo, integração das mulheres nas questões sociais, educação econômica para o povo, facilitação ao acesso a propriedade, ...
Como o cooperativismo não visa ao lucro, o dinheiro arrecadado é reinvestido na própria organização. Assim, os participantes conseguem oferecer todo tipo de facilidades: empréstimo a juros baixos, cursos de capacitação e até compra coletiva de materiais (o que dilui os custos de transporte, por exemplo).
A lei prevê que os cooperados não podem trabalhar mais de oito horas diárias e 44 horas semanais. Nos casos de plantões e escalas, as horas extras devem ser compensadas.
Satisfazer seus compromissos perante a Cooperativa. Zelar pelos interesses morais e materiais da Cooperativa. no exercício. Não desviar a aplicação de recursos específicos obtidos na Cooperativa.
“Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquelas”.
Seus cooperados se comprometem a contribuir com bens e serviços para a execução de atividade econômica de interesse comum interno da sociedade. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos cooperados, pode ser limitada ou ilimitada.
“Participação democrática”, “solidariedade”, “independência” e “autonomia” são os pilares do Cooperativismo, sistema consagrado no mundo todo que tem como fundamento o ser humano e não o lucro. Só no Brasil, são 1,5 milhão de associados.
A cooperação é importante porque permite que pessoas e grupos trabalhem juntos para atingir um objetivo comum ou obter benefícios mútuos. Ela existe em muitos níveis e ocorre entre indivíduos e organizações, bem como entre estados e países.
Podemos exemplificar tal atitude nas crianças em ajudar nas tarefas domésticas. Bem como a limpeza do próprio quarto e a guardar os brinquedos para a manutenção da casa. Mas também há cooperação na responsabilidade dos filhos mais velhos de cuidarem dos irmãos mais novos.
No Brasil, o cooperativismo está presente em diversos ramos, como agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, dentre outros. O principal objetivo é promover, ao mesmo tempo, o desenvolvimento econômico e social e o individual e coletivo, sempre de maneira sustentável e equilibrada.
O cooperativismo pode ser definido como a colaboração entre pessoas com interesses em comum. Quando elas se juntam, conseguem vantagens que dificilmente conquistariam sozinhas. O começo de tudo foi em 1844, na cidade de Rochdale, interior da Inglaterra.
Assim nasceu o emblema do cooperativismo: um círculo envolvendo dois pinheiros, indicando união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos.
Um cooperado visa impactar não só a própria realidade, mas a da comunidade e do mundo. Ele acredita que é possível colocar lado a lado economia, sociedade, visões individuais e coletivas, produtividade e sustentabilidade.
O cooperado é, por lei, um contribuinte individual. Isso significa que ele é considerado um trabalhador autônomo, mas a sua contribuição é descontada e feita pela empresa.
É um modelo socioeconômico baseado na participação democrática, solidária, independente e autônoma. A sua forma de organização promove o desenvolvimento econômico e o bem-estar social simultaneamente, com foco na união de pessoas, o seu maior capital.