Útero Bicorno é um tipo de malformação que acontece por uma anormalidade durante a embriogênese da mulher. É durante o desenvolvimento no útero da mãe que a mulher terá a formação embriológica, ou seja, a produção dos genitais, como vulva, vagina e colo do útero.
Todas as mulheres com útero bicorno têm uma vida sexual normal e muitas apresentam também gravidez e partos sem problemas, mas em alguns casos a má formação no útero pode causar nascimento prematuro do bebê.
Há muitos casos de mulheres com útero bicorno que tiveram uma gravidez saudável e parto normal. Porém, todas as precauções são tomadas para garantir que a mãe e bebê permaneçam seguros durante a gravidez e o nascimento.
Como o bebê fica no útero bicorno? O bebê gestado em um útero bicorno pode ter dificuldades de crescer normalmente devido a falta de espaço. Além disso, é mais difícil a movimentação para que se encaixe para o parto.
O útero bicorno geralmente causa sintomas menstruais mais intensos: dor abdominal intensa e ovulação dolorosa. Apesar disso, essas situações também ocorrem em muitas mulheres que não têm essa malformação.
ÚTERO BICORNO | Sintomas, chances de engravidar e cuidados
Quem tem útero bicorno sente dor na relação?
Em alguns casos, a mulher com útero bicorno pode apresentar sintomas como ovulação acompanhada de desconforto, dor abdominal, dispareunia (dor durante a relação sexual) e alterações no ciclo menstrual.
Mesmo sendo assintomático na maior parte das mulheres que têm a condição, possuir um útero bicorno pode ser percebido por alguns sintomas, como dores durante a relação sexual, desconforto no período de ovulação, dor abdominal, ciclo menstrual irregular, infertilidade ou abortamentos recorrentes; entre outros.
Em muitos casos, essa condição não requer intervenção médica. "Na maioria das vezes não é necessário realizar nenhum tratamento para útero bicorno, pois geralmente não é uma condição que causa sintomas ou complicações", diz Aquino.
Logo, o útero bicorno pode ser diagnosticado através de exames de imagem com certa precisão, como ressonância magnética (RM), ultrassonografia tridimensional (USG 3D) e a histerossalpingografia (HSG).
O útero bicorno é uma condição desfavorável à gestação e ao parto, mas não costuma causar dificuldades para engravidar. As malformações uterinas estão relacionadas a desfechos negativos da gestação (como abortamento de repetição e parto pré-termo).
Anormalidades uterinas como útero bicorno, septado ou intensa estenose cervical impedem o uso do DIU. Miomas uterinos submucosos com relevante distorção da cavidade endometrial contraindicam o uso do DIU pela dificuldade na inserção e maior risco de expulsão.
Útero bicorno é um tipo de malformação que pode levar à infertilidade feminina. Essa anormalidade uterina não interfere no processo de fecundação, mas a alteração da anatomia do órgão pode dificultar a evolução da gestação. O útero é um órgão do trato reprodutivo superior feminino.
A Insuficiência Istmocervical (IIC) é a doença em que a falha no sistema oclusivo do útero determina abortos tardios e partos prematuros, tornando-se uma gravidez de alto risco.
É um útero anormalmente dividido, também conhecido como útero didelfo. O útero bicorno, embora rara, afeta aproximadamente 1 em cada 1.000 mulheres. Geralmente a causa é desconhecida, mas algumas vezes pode resultar de uma condição congênita causada por anomalias genéticas.
O útero bicorno é uma anomalia congênita que apresenta uma fenda na área superior do útero que separa os dois lados do órgão, mas não chega a dividi-lo.
A decisão de qual técnica de reprodução assistida deve ser indicada para essas pacientes, como a FIV (fertilização in vitro), depende das condições das tubas uterinas e do útero. O útero bicorno é uma condição que pode passar despercebida durante toda a vida da mulher.
Como a histerossalpingografia pode diagnosticar o útero bicorno?
A histerossalpingografia nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino.
Caso ocorra falha parcial no primeiro processo (fusão) teremos um útero formado por duas cavidades um pouco reduzidas, que é o útero bicorno. Caso a falha de fusão seja completa, teremos dois úteros completamente separados (útero didelfo), cujas cavidades também são um pouco reduzidas.
O tamanho normal do útero durante a idade fértil pode variar entre 6,5 a 10 centímetros de altura por cerca de 6 centímetros de largura e 2 a 3 centímetros de espessura, apresentando uma forma semelhante a uma pera invertida, o que pode ser avaliado através de uma ultrassonografia.
Geralmente, a mulher com útero bicorno não tem problemas para engravidar, mas é preciso que a gestação seja acompanhada com mais cuidado e atenção, pois o bebê pode ter dificuldades para se desenvolver. Além disso, essa gestante tem maior probabilidade de ter parto prematuro.
Uma prostaglandina (um composto similar a um hormônio, como o misoprostol) pode ser administrada por via vaginal. Um tubo fino e flexível (cateter) com um balão preso nele pode ser inserido no colo do útero. O balão é inflado para aplicar uma pressão suave e, com isso, causar a dilação do colo do útero.
Em geral, a cerclagem é indicada entre 12 e 14 semanas. Colo do útero curto, com menos de 25 milímetros, com menos de 24 semanas, em gestantes com história duvidosa de insuficiência istmocervical. Gestantes com colo uterino com menos de 10 mm de comprimento.
Se alguma das duas cavidades uterinas ou ambas funcionarem, a mulher consegue engravidar. Ela pode ou não ter dificuldade, mas não se torna infértil por causa da má-formação. Em caso de algum problema, há o processo de fertilização in vitro, que deposita o embrião dentro de uma das cavidades uterinas.
O que é Útero retrovertido? O útero retrovertido acontece quando o útero não está na posição normal, virado para o abdômen, e sim em direção à coluna vertebral. Esta condição, geralmente, não inibe as funções do útero feminino, mas pode causar um desconforto. Essa condição pode ser fixa ou móvel.
Metroplastia de Strassman: Essa técnica é utilizada para corrigir colos uterinos curtos. Nesse procedimento, uma porção do colo do útero é removida e os tecidos remanescentes são suturados para criar um novo colo do útero mais longo.