Os Xokleng se autodenominam “Laklãnõ” (“gente do sol” ou “gente ligeira”). A história desse povo é muito particular. Durante séculos, nômades e viventes da caça e da coleta dominaram as florestas que cobriam as encostas das montanhas, os vales litorâneos e as bordas do planalto no Sul do Brasil.
Gregory Urban (1978) afirma que os Xokleng se originaram dos Kaingang, e tal separação se deu devido à fissões de suas patri-metades, e que o termo "Xokleng" é muito genérico e não lhes dá identidade. Os indígenas alegam que esta palavra, que significa "aranha" ou "taipa", foi "inventada pelos brancos por engano".
Na década de 1950, os Xokleng (Laklanõ), jê meridionais da Terra Indígena de Ibirama (SC) vivenciaram mais um episódio atrelado à sua História de Contato: a conversão em massa ao pentecostalismo.
Patté afirmou que o território em disputa era usado pelos Xokleng para a caça, pesca e coleta de frutos, especialmente o pinhão. A Terra Indígena Ibirama La-Klãnõ foi demarcada em 1996 e, em 2003, mais que triplicou de tamanho, passando de 15 mil para 37 mil hectares.
Hoje, mais de dois mil indígenas de três povos, Xokleng, Guarani e Kaingang, residem na Terra Indígena Ibirama-La Klaño, com 37 mil hectares, à margem do rio Itajaí do Norte, em Santa Catarina.
A língua laklãnõ, xokleng ou xoclengue é uma língua indígena brasileira pertencente à família Jê Meridional, do ramo Jê paranaense, do tronco linguístico Macro-Jê. É falada pelo povo Laklãnõ, habitante da região Sul do Brasil em Santa Catarina, na Terra Indígena do Ibirama.
O tutol é um prato introduzido na cultural Laklãnõ (Xokleng) em tempos mais recentes, provavelmente após o contato com os não indígenas. Atualmente ele é considerado um prato típico e pode ser servido no ty (folha de caeté) ou no prato e é acompanhado de carne ou peixe.
Os Bugres hoje, principalmente aqui no Brasil, são descendentes de indígenas que outrora eram marginalizados, portanto, para grande parte da população nativa, o termo é sim racista, pois sua origem foi banhada de preconceitos e indiferenças daqueles que um dia foram considerados inferiores.
O povo Guarani foi um dos primeiros a serem contatados após a chegada dos europeus na América do Sul, há cerca de 500 anos. No Brasil, vivem atualmente cerca de 51.000 indígenas Guarani, em sete estados diferentes, tornando-os a etnia mais numerosa do país. Muitos outros Guarani vivem no Paraguai, Bolívia e Argentina.
Os Kaingangs, os mais numerosos povos indígenas do Brasil meridional, pertencem à família Jê. Ocupavam áreas que iam desde o oeste paulista até o norte do Rio Grande do Sul. Foram encontrados em grandes tribos nos vales dos Rios Peixe e Feio (Aguapeí), que circundam a região de Presidente Alves.
O L, ou perdedor, é um gesto de mão feito estendendo o polegar direito e os dedos indicadores, deixando os outros dedos fechados para criar a letra L, interpretada como "perdedor" (do inglês, loser) e geralmente dada como um sinal de humilhação ou menosprezo.
Atualmente, os Kaingang vivem em mais de 30 áreas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A sobrevivência depende principalmente da roça, através de espaços administrados pela Fundação Nacional do Índio, e venda de artesanato.
Pindorama (do tupi: "pindó-rama": "região das palmeiras") é uma designação para o local dos povos tupis-guaranis, atual região oriental da América do Sul, denominada litoral do Brasil.
Os Guarani Mbya referem-se aos brancos como jurua. Não se sabe ao certo desde quando empregam esse termo, porém, hoje, ele tem uso corrente e parece destituído de seu sentido original. Jurua quer dizer, literalmente, “boca com cabelo'', uma referência à barba e ao bigode dos europeus conquistadores.
O tupi diz respeito à língua Tupinambá, que era falada pelas comunidades indígenas existentes no Brasil quando o território foi colonizado pelos portugueses. Guarani, por sua vez, é a língua falada pelas nações que são encontradas na Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.
Bugre é uma denominação pejorativa dada a indígenas por serem considerados não cristãos pelos europeus. A origem da palavra, no português brasileiro, vem do francês bougre que, de acordo com o Dicionário Houaiss, possui o primeiro registro no ano de 1172, significando "herético".
O termo Xokleng, nome dado pelos pesquisadores e que significa “aranha” ou “taipa”, até então foi o mais utilizado pelos colonizadores para nomear este povo, mas antes disso, como já afirmamos acima, já se conheciam como Laklãnõ, esse sempre foi o nome de identificação tradicional.
A área do atual município de Bugre fora ocupada originalmente pelos povos indígenas Guaranis. Esses povos, denominados pela alcunha racista de Bugre - que significa selvagem - migraram para a região devido às invasões de seus territórios.
Os guaranis são um grupo indígena da América do Sul, pertencente ao tronco linguístico tupi-guarani. Os guaranis vivem em várias regiões da América do Sul, especialmente no Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, ocupando áreas como Mato Grosso do Sul, Paraná, Misiones e o Chaco boliviano.