Embora o terreno lunar pareça bastante árido, ele contém minerais, incluindo terras raras, metais como ferro e titânio - e também hélio, que é usado em tudo, desde supercondutores até equipamentos médicos. As estimativas do valor de tudo isso variam enormemente, de bilhões a quatrilhões.
Usando dados do instrumento Miniature Radio Frequency (Mini-RF) a bordo do Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA, uma equipe de pesquisadores chegou à conclusão de que o subsolo lunar contém maior concentração de certos metais, como ferro e titânio, do que o estimado.
A Lua oferece o potencial de exploração de mineração. Desta forma, seria possível extrair recursos como o regolito , o nome científico da poeira lunar.
Neles, elementos raros por aqui, como ouro, platina e paládio, são abundantes. O que seria atraente minerar na Lua são os chamados metais de terras raras: latânio, escândio, ítrio… Terras raras são elementos necessários para algumas aplicações avançadas, como a produção de baterias de carros elétricos.
A China não planeja uma breve presença na Lua, hasteando bandeiras e fotografando pegadas. Sua ambição se parece mais com a missão Artemis, da Nasa, do que com a Apollo. A China pretende lançar duas missões separadas para o polo sul da Lua entre 2026 e 2028, como precursoras de uma futura base lunar.
Entretanto, será que é possível encontrar outros minerais na Lua? Cientistas do Instituto de Pesquisa de Geologia em Urânio (BRIUG), de Pequim, capital da China, encontraram um novo mineral chamado Changesite-(Y).
Os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências encontraram grafeno (uma das formas cristalinas do carbono) na superfície lunar, organizado em camadas finas, desafiando a noção anterior de que a Lua era pobre em carbono.
Uma descoberta chamou a atenção de pesquisadores. Em dezembro de 2020, uma missão espacial chinesa coletou rochas da Lua. De volta à Terra, análises confirmaram que elas eram formadas por um mineral desconhecido até então.
A Lua não tem atmosfera, ou seja, não tem oxigênio, e prevalece o ferro metálico puro, por isso o achado do óxido é surpreendente. Mas os cientistas acreditam ter encontrado o culpado pela oxidação do nosso satélite: o oxigênio da Terra.
Da mesma forma como a Terra, a Lua é formada por um núcleo, um manto e uma crosta. O núcleo lunar é sólido e composto por uma grande quantidade de ferro. Ele é muito pequeno comparativamente ao astro como um todo, e representa somente 2% de sua massa, com raio de 240 km.
Sim, não há prova maior de que o homem pisou na Lua do que a pegada deixada por Neil Armstrong na superfície do satélite. Ela ainda está lá. Com a frase: “Esse é um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”, Neil Armstrong deixou a primeira pegada humana em solo lunar.
O programa Artemis da NASA pretende devolver os humanos à superfície lunar em 2026. As ambições da agência incluem estabelecer uma presença humana sustentada na Lua, com habitats que sejam sustentados por recursos como a água gelada no pólo sul lunar. As ambições espaciais da China também incluem o pouso na Lua.
Para que a Lua seja capaz de receber vida humana, é preciso dispor de oxigênio e água. O oxigênio pode ser extraído das rochas, onde se encontra na forma de óxidos, mas a obtenção de água é mais complexa.
Atualmente, cientistas sabem que o hélio-3 é amplamente encontrado no espaço sideral, especialmente na Lua. “O hélio-3 só é produzido através de colisões com partículas muito energéticas que vêm do espaço, depois de um tempo ele vai decaindo na Terra e é absorvido pelas camadas superiores.
Sim, a Lua pode não ter uma atmosfera própria, mas traços residuais de oxigênio são levados ao satélite através da magnetosfera, uma extensão do campo magnético terrestre causada pela radiação solar. A magnetosfera se estende até a Lua, levando consigo um pouco do oxigênio presente em nossa atmosfera superior.
A superfície. A superfície da Lua é de cor de giz e apresenta uma grande quantidade de sedimentos finos produto de inúmeros impactos de meteoritos. Esta camada de solo é chamada de regolito lunar, uma denominação para descrever as camadas de sedimentos produzidas por efeitos mecânicos sobre as superfícies dos planetas.
Tanto para limpar cristais e objetos sagrados, como para banhar-se, colocar no difusor, regar as plantas ou até mesmo bebe-la, para ajudar na limpeza interna e cura do corpo. Lembrando apenas que se sua intenção for beber a água, não é recomendado o uso de cristais nela.
Cientistas chineses descobrem água em amostras lunares da missão Chang'e-5, revelando sais hidratados em áreas iluminadas. Essa revelação, publicada na Nature Astronomy, destaca a persistência da água na Lua e impulsiona a exploração espacial, indicando potencial uso de recursos lunares no futuro.
Rover da Nasa projetado para procurar água na Lua aguarda salvação. Um veículo espacial de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,87 bilhões) da Nasa e que pode ser crucial para as ambições lunares dos Estados Unidos está totalmente montado, mas em um estado de limbo, a poucos passos de estar pronto para o lançamento.
Estrutura interna. A Lua é um corpo diferenciado: a sua crosta, manto e núcleo são distintos em termos geoquímicos. A Lua possui um núcleo interno sólido e rico em ferro com 240 km de raio e um núcleo externo fluido composto essencialmente por ferro em fusão e com um raio de aproximadamente 300 km.