Diz o livro do Apocalipse (21,27) que, no céu, na “cidade santa”, na “nova Jerusalém (…) não entrará nada de impuro”. É aqui que reside o lugar teológico do purgatório.
Para a Igreja Católica, o purgatório é um estado no qual as almas dos defuntos passam por um processo de purificação a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. É a ocasião final que Deus dá às pessoas de se habilitarem para a comunhão plena com Ele.
Segundo a doutrina católica, imediatamente após a morte, uma pessoa sofre o juízo particular em que o destino da alma é especificado. No purgatório, as almas "obtém a santidade necessária para entrar na alegria do céu". Alguns se unem com Deus no Paraíso, e em contrapartida, outros são destinados ao Inferno.
“As almas dos justos que no instante da morte ainda estão marcadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão para o Purgatório” [1]; “Os fiéis vivos podem ajudar as almas do Purgatório por meio de suas intercessões (sufrágios)” [2].
Por cada pecado mortal perdoado, uma alma precisaria passar, em média, por sete anos no Purgatório. Conheça esta e outras revelações recebidas por duas místicas da Igreja Católica.
O que ensina a Igreja a respeito do Purgatório? Padre Paulo Ricardo explica!
Qual religião acredita em purgatório?
A Igreja Católica ensinou explicitamente a existência do purgatório no Segundo Concílio de Lião (1274), no Concílio de Florença (1439) e no Concílio de Trento (1545-1563).
Foi no Concílio de Florença e de Trento que se desenvolveu a fé no purgatório. Na Bíblia, há algumas passagens que falam desse fogo que purifica (I Cor 3,15; I Pd 1,7). O segundo livro do Macabeus 12,46 fala de Judas, que ofereceu sacrifícios em expiação dos pecados de falecidos.
Onde fala na Bíblia que os mortos não sabem de nada?
Eclesiastes 9:4-18 Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.
Até então, o purgatório era compreendido como um processo de salvação espiritual que fugia do que era normalmente convencionado pela Igreja. Segundo a pesquisa de alguns historiadores, a ideia de que o purgatório fosse um “lugar à parte” somente tomou forma entre os séculos XII e XIII.
Segundo Santo Tomás e Santo Agostinho, quanto ao sofrimento, as penas do purgatório são análogas às do inferno. O purgatório tem penas, diz a autoridade de Santo Tomás de Aquino, penas que ultrapassam a todos os sofrimentos deste mundo (2). É o mais horroroso de todos os martírios.
As almas do Purgatório recebem do Pai um “castigo bondoso” na outra vida: o amor que deram a Deus não foi o amor excelente e generoso dos santos, mas o Senhor aceitou sua oblação imperfeita, e agora os purifica num lugar de grande esperança.
Alguns biblistas percebem a confirmação do purgatório nas palavras de Jesus em Mateus 5,25-26: “Põe-te depressa de acordo com o teu adversário, enquanto estás ainda em caminho (da vida) com ele; a fim de que teu adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão.
Na tradição, o Purgatório fornece o “castigo” temporal devido aos nossos pecados. Podemos dizer que o Purgatório tem tempo no sentido de que as almas começam e terminam períodos de purificação demarcada lá. No entanto, não é, até onde sabemos, a maneira como medimos o tempo nesta vida.
– Purgatório: Segundo a doutrina católica, é um estado de purificação das almas que morreram em estado de graça, mas que ainda possuem manchas de pecado venial. É considerado um lugar temporário onde as almas são purificadas antes de irem para o céu.
Pois os mortos não podem exaltar-te; não podem entoar louvores. Aqueles que descem à cova já não podem esperar em tua fidelidade. Somente os vivos te louvam como faço hoje; cada geração fala de tua fidelidade à geração seguinte.
O que acontece quando morremos? Quando morremos, nosso espírito e corpo se separam. Mesmo que nosso corpo morra, nosso espírito — que é a essência de quem somos — continua. Nosso espírito vai para o mundo espiritual, que está dividido entre o paraíso e a prisão espiritual.
A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados” (CIC, §1030-1031). Perceba que o purgatório nada tem a ver com o inferno, para onde realmente vão aqueles que já foram condenados.
Onde está escrito na Bíblia que existe purgatório?
O purgatório, segundo a doutrina da Igreja Católica Romana, é o estado no qual os fiéis são purificados depois da morte, antes de entrar no céu. Desde que a nossa preocupação é com a doutrina bíblica, observamos que a palavra "purgatório" não se encontra nas Escrituras.
Santa Faustina Kowalska, a quem foi revelada a Divina Misericórdia, foi concedida por Deus visões do céu, do purgatório e do inferno, suas visões nos devem auxiliar a buscar a verdadeira amizade com Deus, sem demora, deixemos o pecado e retornemos a amizade com Cristo Jesus , nosso Senhor! 1.
Na teologia do Novo Testamento, a Geena de fogo é exatamente o mesmo que o Purgatório para a teologia cristã. É uma prisão temporária, um lugar de punição.