O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Na verdade essa ideia é bem antiga. Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.
Existem documentos de mais de 3.000 anos que relatam os costumes egípcios de tomar banhos diários, em uma média de três por dia. Tratava-se de uma prática ritualística com o intuito de purificar o espírito por meio do corpo.
No século XVIII, as pessoas lavavam-se pouco e faziam-no a seco, evitando o uso de água. Isto explica-se em boa parte pela crença antiga, segundo a qual a saúde do corpo e da alma dependia do equilíbrio dos quatro humores que se supunha integrarem o corpo: sangue, pituitária, bílis amarela e atrabílis.
O banho foi proibido na Europa nos séculos 15 e início do 16, porque como a peste era invisível, os médicos não sabiam como é que ela penetrava no corpo. Então, recomendavam que se desenvolvesse uma grossa camada protetora de cascão, de forma que não fosse atingido pelos mesmos.
Como era a Higiene das Casas de Banho nos anos 1900? Poucas pessoas tinham Casas de Banho interiores e água canalizada no início do século XX na Europa e nos EUA. Estas estavam a tornar-se lentamente mais comuns nas cidades, mas a maioria das pessoas tinha Casas de Banho externas e usava penicos.
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
Os indianos, por sua vez, valorizavam bastante a limpeza corporal, tomavam banho ao acordarem e antes de se deitarem, usavam pós perfumados, óleos nos cabelos e no corpo, sabão e outros ingredientes naturais para se cuidarem e perfumarem.
Durante a estada no deserto, os israelitas se achavam quase continuamente ao ar livre, onde as impurezas teriam efeito menos nocivo do que nos que vivem em casas fechadas. Mas era requerido o mais estrito asseio, tanto dentro como fora de suas tendas. Nenhum lixo devia ficar dentro ou em volta do acampamento.
Todos se depilavam, cortavam e lavavam os cabelos. Para isso, usavam produtos vegetais como o óleo de andiroba e extrato de pitanga, que ainda hoje são usados na indústria de higiene pessoal. Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam.
É verdade que na Idade Média as pessoas não tomavam banho?
A História mostra que o banho na Idade Média era praticamente nulo. Além da precariedade dos sistemas de higiene, o novo comportamento religioso apresentava a prática como um ato desonroso e impuro. Para Vigarello, a água do banho é insinuante e perturbadora, porque supõe o toque com o corpo.
Na Antiguidade, muitos povos faziam cocô e xixi em baldes ou penicos. O conteúdo era jogado pela janela ou descartado em rios. Também havia a fossa — um buraco no chão, ao ar livre. Peles de animais, plantas e esponjas serviam de papel higiênico.
Os índios brasileiros eram muito limpos. Costumavam entrar no rio para se banhar mais de dez vezes por dia. Tanto que os portugueses, quando chegaram aqui a partir de 1500, se assustaram.
Só para se ter ideia, as índias não tinham pelos pubianos. De início, imaginava-se que elas teriam nascido sem esses pelos, mas, tempos mais tarde, descobriu-se que na verdade elas os rapavam com artefatos feitos com espinha de peixe.
tinha um barulho de madeira para tomar banho, como se fosse uma banheira de hoje em dia. Tinha. até aquelas escovinha para esfregar os pés e as costa. Já a gente tinha que tomar banho na gamela mesmo, então pegava uma cadeira e ia até o quarto.
“A descoberta do ritual de banho provavelmente confirma o nome antigo do lugar, Getsêmani", diz Amit Re'em, arqueólogo de Jerusalém, em nota publicada no Facebook.
Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou.
Não há evidências de que usassem sabão, os indícios preservados sinalizam produtos como natrão, soda cáustica, azeite, cinza ou areia. As casas mais opulentas contavam com quartos de banho com pias, as pessoas mais modestas faziam sua limpeza diária nas margens do Nilo ou nas valas.