A adenomiose mais frequentemente acomete a parede posterior do útero. Pode ser difusa ou focal. Quando focal, pode formar nódulos dentro do miométrio, chamados de adenomiomas. Em relação à profundidade, pode ser superficial (até um terço da parede do útero) ou profunda (mais de um terço da parede uterina).
A adenomiose é uma doença benigna, caracterizada pela invasão do endométrio no miométrio. Explicando melhor, o endométrio é o tecido que habitualmente fica restrito à camada mais interna do útero e abriga o embrião no início da gravidez.
Na adenomiose, o tecido das glândulas do revestimento do útero (endométrio) cresce para dentro da parede de músculo do útero. O útero aumenta, algumas vezes duplicando ou triplicando em tamanho. A adenomiose pode causar menstruações intensas e dolorosas e dor pélvica.
Às vezes, o intestino fica mais lento, mais constipado, e acumula alimentos, fezes e gases, o que distende o abdome. A inflamação por si só deixa o abdome inchado. Então, a condição não causa aumento de peso, mas pode acontecer a dilatação abdominal".
Cerca de um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, os principais são cólicas menstruais e aumento do fluxo menstrual que, em casos mais severos, pode gerar até anemia. A dificuldade para engravidar também é um indício importante da presença da doença.
A adenomiose é uma doença benigna, não é câncer. Mas há estudos que apontam para o risco baixo/raro de desenvolvimento de câncer de miométrio e endométrio. De qualquer forma, ainda não se sabe todos os mecanismos que podem levar a isso.
Adenomiose uterina é a presença de glândulas endometriais e estroma na musculatura uterina. Os sintomas são sangramento menstrual intenso, dismenorreia e dor pélvica. O diagnóstico é por exame ginecológico, que detecta um útero difusamente aumentado e ultrassonografia transvaginal ou RM.
Assim, o tratamento para a adenomiose pode ser realizado mediante o uso de medicamentos para controle de dor ou sangramentos, como os antitinflamatórios, o uso de hormônios ou através da cirurgia.
1/3 das portadoras de adenomiose não apresentam nenhum sintoma. Dor pélvica crônica, inchaço abdominal, dor nas pernas e lombar, alteração do hábito intestinal e miccional principalmente durante a menstruação. Deficiência de ferro, anemia e até abortamentos também podem acontecer nas portadoras que engravidam.
A adenomiose pode causar pressão sobre a bexiga, resultando em dor ou desconforto ao urinar. Principalmente nos casos em que ocorre um aumento expressivo do volume do útero.
A USTV é o exame de imagem indicado como primeira linha para o diagnóstico da adenomiose, apresentando sensibilidade de 82% e especificidade de até 84%. No entanto, a experiência do examinador e a qualidade do equipamento podem interferir na performance do exame.
As cirurgias para o tratamento da adenomiose podem ser conservadoras, com a preservação uterina e se baseia no tratamento da adenomiose focal, com a retirada do excesso de tecido endometrial, através de técnicas minimamente invasivas como a histeroscopia ou a videolaparoscopia.
Na adenomiose uterina, o tamanho do útero pode duplicar ou triplicar. Comumente causa sangramento menstrual intenso, dismenorreia, anemia e pode causar dor pélvica crônica; os sintomas podem desaparecer após a menopausa.
O uso de medicamentos anti-inflamatórios, como Ibuprofeno ou o Cetoprofeno, pode ser recomendado pelo ginecologista com o objetivo de reduzir a inflamação do útero e aliviar as cólicas abdominais, sendo normalmente indicado pelo ginecologista o uso 3 dias antes do período menstrual e mantido até o fim do ciclo.
Cólicas, menstruação prolongada, eliminação de coágulos, fluxo intenso e dor na lombar são sintomas associados à adenomiose. A maior parte das mulheres com a doença, porém, é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.
A obesidade e a idade do início precoce das menstruações (menarca) parecem estar também associadas a um maior risco de Adenomiose. Além dos fatores hormonais, tudo aponta para que existam fatores genéticos e imunológicos que possam favorecer o aparecimento da Adenomiose.
A adenomiose difusa ocorre quando há diversas rupturas da zona juncional e os adenomiomas atingem diversas regiões do miométrio, aumentando o volume uterino. Essa é a forma mais grave da doença.
A inflamação no útero é a irritação dos tecidos uterinos, que pode provocar sintomas como dor na parte inferior do abdome, corrimento amarelado ou sangramento vaginal durante o contato íntimo e, algumas vezes, causar dificuldade para engravidar.
A única cura eficaz para a adenomiose é a cirurgia para retirada do útero. Porém, este tipo de tratamento só é recomendado nos casos em que a condição não pode ser controlada a partir de outras metodologias e a mulher tem sua qualidade de vida seriamente comprometida pela doença.
A adenomiose focal ocorre quando a presença de tecidos e glândulas endometriais é restrita a uma região específica do útero. Esses casos podem ser facilmente confundidos com miomas, por exemplo, por causa da semelhança estrutural anatômica miometrial.
A ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks conta que não há relação entre a adenomiose e o aumento de peso. Nos quadros em que a mulher apresenta muita dor, é possível que haja falta de apetite e um forte desânimo, o que pode gerar perda de peso não intencional pela paciente.
Entretanto, possuem como diferencial a fisiopatologia, já que a adenomiose é decorrente de um espessamento endometrial e os miomas são tumores benignos formados por tecido muscular (MACHADO L, 2022; GIULIANI E, et al., 2020).
E a adenomiose pode, também, apresentar cólica, mas se caracteriza, principalmente, por um sangramento uterino aumentado. Então, quando a queixa é referente a um sangramento volumoso associado à dor e à cólica menstrual, pensamos em adenomiose. A endometriose, por sua vez, não é de causar tanto aumento no sangramento.