Atualmente, existem em torno de sete áreas reivindicadas pelos Kaingang para demarcação, como o Morro de Santana, Lomba do Pinheiro, Morro do Osso, São Leopoldo, Estrela, Lajeado e Farroupilha.
Os Kaingang são um povo pertencente à família Jê que ocupa atualmente 46 terras indígenas localizadas nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e sua população está estimada em 37.470 pessoas (IBGE, 2010).
Onde estão localizados os povos indígenas no Rio Grande do Sul?
No estado do Rio Grande do Sul, as comunidades Kaingang são mais numerosas e predominantemente distribuídas na região norte do estado, enquanto os Guarani estão dispersos mais na porção sul e leste.
Quais são as reservas indígenas que existem no Rio Grande do Sul?
No Rio Grande do Sul, são 49 territórios indígenas, que correspondem a 113.157,72 hectares. Desses 49, sete são reservas indígenas: RI Inhacapetum, RI Serrinha, RI Nonoai, RI Morro Santana, RI Estrela, RI Coxilha da Cruz e RI Água Grande.
COMO VIVEM OS POVOS KAINGANG {LEI 11.645/08} #POVOSORIGINÁRIOS #ÍNDIOS #CAINGANGUES
Quantas aldeias indígenas tem no RS?
No Rio Grande do Sul, conforme dados do Censo de 2022, mais de 36 mil indígenas habitavam o estado, sendo cerca de 15 mil distribuídos nas 50 terras indígenas do estado.
Na região de Camaquã existem algumas áreas de ocupação tradicional Guarani, que são a Mata São Lourenço, Pacheca (Ygua Porã), Água Grande (Ka'amirindy), Águas Brancas (Velhaco). Destas áreas, apenas Pacheca (Ygua Porã) foi demarcada pela Funai, com pouco mais de 1.852 hectares, onde vivem cerca de 15 famílias.
Quais os três primeiros grupos indígenas a povoarem o Rio Grande do Sul?
Os povos indígenas hoje no Rio Grande do Sul são os Kaingang, os Guarani e os Charrua. São descendentes das populações tradicionais que há milênios viviam nestas terras.
As outras são Krukutu (com 25,9 hectares) e Jaraguá (com 1,7 hectare). As duas primeiras ficam na região de Parelheiros, na região sul. A terceira, em estado de favelização, fica próxima ao Pico do Jaraguá, na zona norte, e é a menor área indígena reconhecida no País.
A maior parte dos indígenas do país (51,25% ou 867,9 mil indígenas) vivia na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão. O Norte concentrava 44,48% da população indígena do país em 2022 (totalizando 753.357 pessoas).
Qual a situação atual dos indígenas no Rio Grande do Sul?
O Rio Grande do Sul possui 65 municípios com indígenas presentes em seu território, com uma concentração populacional maior no norte do estado. Grande parte dos povos indígenas encontra-se em condições de alta vulnerabilidade social e econômica.
O idioma kaingang faz parte da família jê, integrante do tronco macro-jê. Junto do xokleng, que é uma língua muito parecida, o kaingang faz parte do conjunto restrito chamado jê do sul. Como qualquer outra língua indígena do Brasil, o kaingang é caracterizado por ser essencialmente oral.
Em Kaingang está em palavras como PÃ'I = chefe. Todas as línguas tem regras e uma gramática, mesmo que ninguém tenha escrito ou feito um livro com elas. Algumas línguas têm várias regras iguais, ou muito parecidas, principalmente se são línguas aparentadas. Mas mesmo nesse caso, é comum haver algumas diferenças.
O xamanismo Kaingang envolve uma metade, que se ocupa, sem partilha ou complementaridade com a outra metade, de sua prática. Esse fato contrasta fortemente com os outros aspectos da vida ritual Kaingang que se caracteriza por uma complementaridade essencial entre os membros das metades Kamé e kairu.
Constituíam territórios kaingang o Oeste de São Paulo, terras do segundo e terceiro planaltos do Paraná e Santa Catarina e toda a faixa acima das bacias dos rios Piratini, Jacuí e Caí no Rio Grande do Sul.
Os Kaingang gostavam de animais e aves, apreciando principalmente as carnes de anta e queixada. Já os Guarani preferiam a carne de macado, paca e capivara. Também apreciavam a convivência com os cães que, especialmente treinados, eram valiosos no auxílio à caça.
Atualmente, os Kaingang vivem em mais de 30 áreas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A sobrevivência depende principalmente da roça, através de espaços administrados pela Fundação Nacional do Índio, e venda de artesanato.
Os Kaingangs, os mais numerosos povos indígenas do Brasil meridional, pertencem à família Jê. Ocupavam áreas que iam desde o oeste paulista até o norte do Rio Grande do Sul. Foram encontrados em grandes tribos nos vales dos Rios Peixe e Feio (Aguapeí), que circundam a região de Presidente Alves.
Os Guarani Mbya vivem na região metropolitana de Porto Alegre e próximos ao litoral. Sempre evitaram o embate com povos que os ameaçavam. Com os europeus não foi diferente. Pacíficos, passaram séculos perambulando pelas estradas e vivendo nas periferias das cidades, se esquivando dos conflitos.
Para termos uma ideia, as duas principais etnias indígenas que hoje habitam o Rio Grande do Sul são os guaranis e os caingangues, e ambas vivem aqui, no território, há mais de 2 mil anos.
Quais foram os primeiros moradores do Rio Grande do Sul?
Na época do Descobrimento do Brasil, a região que hoje forma o Rio Grande do Sul era habitada pelos índios minuanos, charruas e caaguaras, que viveram por volta de 12000 a.C. Eram bons ceramistas e, na caça, usavam as boleadeiras, até hoje um dos instrumentos do peão gaúcho.