O IBAMA faz um alerta para que a população não consuma carne de tatu, que pode provocar micose pulmonar e, de acordo com pesquisas recentes nos Estados Unidos e Espírito Santo, no Brasil, os bichos são depósitos de micróbio transmissor da hanseníase.
Segundo ele, pesquisas mostram que o Tatu é reservatório de inúmeras doenças, entre elasHanseníase, Leishmaniose e Doença de Chagas. E o risco não está somente em comer a carne do animal, mas também nos atos de caçar ou criar o bicho.
“A carne do tatu pode ser contaminada com outros microrganismos, não só os fungos, porque o tatu pode ficar doente com a coccidioidomicose e com a paracoccidioidomicose — que é um outro fungo -, mas também pode ser infectado por Trypanosoma cruzi, o agente da doença de Chagas, e tem sido relatado o bacilo da lepra — a ...
A carne bovina lagarto/ tatu cru é uma fonte rica de proteínas e diversos nutrientes, incluindo ferro, zinco, vitamina B12 e creatina. No entanto, é importante lembrar que o consumo cru pode oferecer riscos à saúde, especialmente quando se trata de carne vermelha.
Enquanto o consumo de carne de tatu pode parecer estranho, a prática é relativamente comum em lugares onde os tatus são abundantes e outras fontes de proteína são escassas.
Ele explicou que o tatu é um repositório de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas ao ser humano, como a lepra e a micose pulmonar. As espécies mais consumidas no Brasil são tatu-peba e tatu galinha.
Tempere o tatu com sal e cominho a gosto e coloque na panela. Acrescente o leite de coco e mexa para que os ingredientes penetrem na carne. Tampe a panela e deixe cozinhar de 20 a 30 minutos. Após cozido, acrescente o cheiro-verde e deixe ferver por mais alguns minutos sem pressão e sirva.
O predador natural do tatu é a onça e a jaguatirica, mas devido à caça indiscriminada e a destruição do habitat natural provocada pelo homem, o tatu encontra-se ameaçado de extinção.
O problema do consumo de animais silvestres, sem que estes tenham sido criados, abatidos e processados em carne legalmente, é a transmissão de suas doenças, as zoonoses, a seres humanos.
É preciso evitar carnes cruas e mal passadas, principalmente as gestantes que não são imunes ao toxoplasma. Nesta lista estão carnes bovinas, de porcos, aves e caça, além de salames e presunto cru.
A banha é o produto mais citado pelos beiradeiros, servindo para tratar vinte e três tipos de problemas de saúde. Os produtos retirados da anta (Tapirus terrestris) são destinados ao tratamento de várias doenças, como bócio, acidente vascular cerebral e má digestão.
No Nordeste, também são caçados pela sua carne, considerada uma iguaria. A criação deste animal para abate pode ser autorizada pelo Ibama. Na lista vermelha de animais em risco da IUCN, o Euphractus sexcinctus é listado como pouco preocupante, pois sua distribuição geográfica é variada e extensa.
Damasceno lembra que a caça de animal silvestre é crime ambiental, e o consumo da carne destes animais não é apropriada, pois devido à variedade de microrganismos que o tatu abriga, infecções de transmissão oral podem ocorrer, principalmente as gastroenterites agudas causadas por bactérias.
O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.
O IBAMA faz um alerta para que a população não consuma carne de tatu, que pode provocar micose pulmonar e, de acordo com pesquisas recentes nos Estados Unidos e Espírito Santo, no Brasil, os bichos são depósitos de micróbio transmissor da hanseníase.
A literatura diverge quanto a expectativa de vida da espécie, com outros autores apontando que pode viver entre oito e doze anos. Foi relatado que uma fêmea criada em cativeiro viveu por mais de 22 anos, e um antigo registro indicou que a espécie pode viver até 22,3 anos nessas condições.
Os tatus tem grande importância ecológica, pois chegam a comer mais de 8 mil insetos por noite contribuindo para um equilíbrio de populações de formigas e cupins. São facilmente identificados porque possuem uma pequena carapaça dorsal ovalada formada por seis ou sete cintas de placas móveis bem desenvolvidas.
|O Tatu-Peba é uma espécie de mamífero que possui uma característica curiosa. Muito conhecido pelo povo nordestino, um dos nomes populares do Tatu-Peba é Papa-Defunto. O apelido vem da crença popular que a espécie consome cadáveres. Apesar de ser um pouco sinistro, esse “codinome” não está muito longe da vida real.
Alimentam-se principalmente de invertebrados, pequenos vertebrados, tubérculos, frutas e fungos, portanto são considerados onívoros ao invés de insetívoros. Vivem em tocas que eles mesmos escavam, onde características estruturais da toca, como entrada e tamanho variam de espécie para espécie.
Ele simboliza a proteção do nosso Espaço Sagrado, a necessidade de elevarmos um poderoso escudo energético para nos protegermos de interferências nocivas e relações tóxicas. O Tatu jamais se permite invadir. Ele demarca claramente os seus limites e toma todas as precauções necessárias para preservar a sua integridade.
“O contato com tatus é considerado fator de risco para desenvolvimento de hanseníase nos Estados Unidos”, afirma a médica. Ela lembra que o mesmo não acontece no Brasil. E pior: aqui a caça e o consumo da carne de tatu são práticas comuns, apesar de crime ambiental.