A escolha do termo “favela” ou “comunidade” pode variar de acordo com o contexto e a região do Brasil. No entanto, é importante destacar que ambos os termos são utilizados para se referir à áreas urbanas caracterizadas por moradias precárias e condições socioeconômicas mais vulneráveis.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a usar a denominação favelas e comunidades urbanas nos censos em substituição à expressão aglomerados subnormais. O termo favela era usado historicamente pelo órgão desde 1950.
A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano.
Segundo a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), favela é um conjunto de domicílios com, no mínimo, 51 unidades, que ocupa, de maneira desordenada e densa, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e que não possui acesso a serviços públicos essenciais.
Favelas são um tipo de conjunto habitacional popular presente nas cidades e constituído de maneira informal. São caracterizadas pela elevada concentração populacional, constituídas de casas feitas com base na autoconstrução, com predominância de população de baixa renda e empregos informais.
MC Rodson - Favela é Lugar de Paz (Videoclipe Oficial)
Por que é chamado de favela?
A origem do termo "favela" encontra-se no episódio histórico conhecido por Guerra de Canudos. A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, assim batizado em virtude da planta Cnidoscolus quercifolius (popularmente chamada de favela) que encobria a região.
Favelas e Comunidades Urbanas: por que mudança feita pelo IBGE é importante. O IBGE decidiu substituir a designação "Aglomerados Subnormais", utilizada pelo instituto em seus censos e pesquisas desde 1991. A mudança é um pedido antigo dos movimentos sociais.
O IBGE está substituindo a denominação dos “Aglomerados Subnormais”, adotada pelo instituto em seus censos e pesquisas desde 1991. A nova denominação, que foi discutida amplamente pelo instituto com movimentos sociais, comunidade acadêmica e diversos órgãos governamentais, será “Favelas e Comunidades Urbanas”.
Instituto vinha usando expressões como 'aglomerados urbanos' ou 'aglomerados subnormais'. A partir de 2022, definição passa a ser 'favelas e comunidades urbanas', após demanda de moradores.
Geralmente, ela é definida como casas em condições precárias que se localizam em morros. Mas será mesmo essa a correta definição de favela? Na verdade, favela significa toda e qualquer ocupação irregular de terrenos públicos ou privados ou em áreas que não são recomendadas para a moradia (como os morros).
As maiores favelas do Brasil em 2023: Rocinha perde a ponta
Dados preliminares do Censo 2022 mostram que a Rocinha, no Rio de Janeiro, deixou de ser a maior favela do Brasil. Agora, o primeiro lugar no ranking das comunidades é a Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito Federal.
Etimologicamente, o termo favela é baseado no nome da robusta planta 'favela' prevalecente nas ladeiras de Canudos no Nordeste do Brasil onde soldados serviram em batalha em 1897.
A escolha do termo “favela” ou “comunidade” pode variar de acordo com o contexto e a região do Brasil. No entanto, é importante destacar que ambos os termos são utilizados para se referir à áreas urbanas caracterizadas por moradias precárias e condições socioeconômicas mais vulneráveis.
Vila Cruzeiro, também conhecida como Grande Cruzeiro, é um complexo de vilas - ou favelas, termo normalmente utilizado em outras regiões do país - localizado na zona sul de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
São territórios de uso onde diferentes recursos são mobilizados e compartilhados por indivíduos, famílias e grupos sociais no processo de atribuir significado às suas existências e de sua luta por permanecer na cidade. É preciso proteger e valorizar esse patrimônio social e cultural que é favela.
A Rocinha, com 72.154 pessoas, tem a maior densidade populacional do país: 48,3 mil pessoas a cada km², quase o dobro da República, distrito mais populoso de São Paulo. Os dados são do Censo de 2022, disponibilizado nesta quinta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Favelização é um fenômeno urbano caracterizado pelo surgimento e expansão das favelas. Entre as suas causas, estão o êxodo rural causado pela mecanização do campo, a industrialização, e o crescimento acelerado e desordenado dos centros urbanos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (23) a adoção, como nomenclatura, principal da expressão “favelas e comunidades urbanas”, em substituição ao termo “aglomerados subnormais” em suas pesquisas.
A pesquisa constata a existência de preconceito relacionado à violência: 69% dos entrevistados do asfalto disseram que têm medo quando passam em frente a uma favela e 51% afirmaram que as primeiras palavras que lhes vêm à mente quando ouvem falar de favela são droga e violência.
Durante campanhas políticas nos anos 1990 e com a “pacificação” em alguns morros, termos como “bairros”, “comunidades” e “ex-favelas” foram utilizados para se referir às regiões em que o poder público conseguiu maior controle e criou melhor infraestrutura.
A primeira delas é a palavra “morro”. De uma forma semelhante à “favela”, a palavra “morro” como referência a um bairro proletário está muito mais associada ao Morro da Providência. Porém, também está associada a outros morros com habitação precária presentes no Rio de Janeiro (como o Morro do Dendê).
Na época, o maior cortiço do centro carioca se chamava Cabeça de Porco. Nele, houve a maior chacina por parte do estado para a reurbanização do Rio de Janeiro. O governo queria construir um túnel que ligava o centro a orla carioca.
Entre as regiões com mais favelas, oito estão na zona sul da capital. Essa característica se dá pela formação dessas regiões e por um outro tipo de ocupação realizada em outras áreas da cidade.