Chamou a atenção, o fato de os raios não provocarem trovões na região. Sobre o assunto, o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, explica que isso pode ocorrer quando os raios produzidos por determinada nuvem não têm capacidade de causar uma grande movimentação de ar.
Este tipo de raio pode ser observado a grandes distâncias à noite (mais de 200 km), quando é chamado de "raio de calor". Nesses casos, o observador vê só o relâmpago, sem ouvir qualquer trovão. O "calor" parte do termo que é uma associação popular entre o calor do local onde está o observador e os raios distantes.
Os raios que tocam o solo podem ser divididos em descendentes (nuvem-solo) e ascendentes (solo-nuvem). Os que não tocam o solo podem ser basicamente de três tipos: dentro da nuvem, da nuvem para o ar e de uma nuvem para outra.
Os raios são grandes descargas elétricas que ocorrem entre uma nuvem e o solo, entre nuvens ou até mesmo dentro de uma mesma nuvem. Chamamos de trovões os sons gerados por essas descargas elétricas. Além de som, esses eventos geram também clarões, e são esses que definimos como relâmpagos.
“Raio seco" é um fenômeno raro que ocorre quando há pouca (menos de 2,5 mm) ou nenhuma quantidade de chuva na atmosfera, e provoca incêndios florestais devastadores. Isso porque a chuva não chega ao chão, devido ao ar seco e quente, fazendo com que evapore.
O raio seco ocorre quando há menos de 2,5 mm de chuva. A parte inferior da atmosfera da Terra — a troposfera — é tão seca que a chuva que normalmente vem com os raios evapora antes de cair. Agora, os cientistas identificaram as condições que permitem isso: temperaturas terrestres mais altas.
Para que um raio possa ocorrer é necessário que existam cargas de sinais opostos entre nuvens ou entre nuvens e o solo, quando isso ocorre, a atração entre as cargas é tão grande que provoca a descarga elétrica.
Mais de 99% dos relâmpagos no solo são relâmpagos nuvem-solo. Em raras ocasiões, relâmpagos nuvem-solo apresentam um canal alargado ou com múltiplas interrupções, sendo conhecidos nestes casos como relâmpagos de faixa ou relâmpagos em contas.
A luz da descarga de retorno é geralmente branca, mas, da mesma maneira que o pôr do sol pode ter várias cores, relâmpagos distantes podem também apresentar outras cores, como amarelo, roxo, laranja ou verde, dependendo das propriedades da atmosfera entre o relâmpago e o observador.
Por definição, “uma trovoada seca é uma trovoada que não tem nenhuma ou muito pouca precipitação associada, mas tem atividade elétrica”. A ausência de precipitação pode criar uma falsa sensação de segurança que representa um sério risco para a segurança das pessoas e das estruturas.
Ela consiste em reunir chakra de relâmpago em sua mão e então aplicar a Mudança da Forma para controlar a forma, direção, escopo e força da técnica. Sua forma omnidirecional, lançada contra múltiplos alvos.
Um raio pode durar até dois segundos, mas dura em geral cerca de meio a um terço de segundo. No entanto, cada descarga que compõe o raio dura apenas frações de milésimos de segundos.
Os raios são descargas elétricas geradas pelo atrito de massas de ar nas nuvens, e os trovões resultam da expansão de massas de ar aquecidas pelos raios.
O raio representa também graves riscos para as pessoas, principalmente aquelas surpreendidas debaixo de árvores ou em áreas descampadas, ou ainda, que estejam trabalhando próximo a estruturas metálicas.
Diferentemente do que se acredita, a energia dos relâmpagos não é muito grande. Considerando que um relâmpago nuvem-solo transporta uma carga elétrica média de 10 C, e que a tensão ao longo do canal é em torno de 100 milhões de volts, então a energia elétrica total do relâmpago é de 10^9 J, ou seja, cerca de 300 kWh.
Nomeada como Amaterasu, em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa, trata-se de um dos raios cósmicos de maior energia já detectados pelo ser humano, segundo os cientistas.
Sabe-se que os raios mais fracos têm corrente elétrica que atinge 2 mil ampéres – pelo menos 80 vezes a de um chuveiro elétrico. Mas há raios cuja corrente é até 8 mil vezes a de um chuveiro, chegando à casa dos 200 mil ampéres.
Pode também haver trovoadas sem chuva se o observador estiver bem próximo da tempestade, a ponto de ouvir os trovões e ver os raios, mas não a ponto de ser atingido pela chuva.
Os raios não são castigos, têm seu papel regulador de eletricidade em nosso planeta, restituindo o equilíbrio elétrico. Existe “um equilíbrio de extrema elegância”, como nos diz o físico Marcelo Gêiser. Outra função importante é a ambiental, na formação de nitratos e ozônios.
As árvores isoladas, em geral, atraem mais raios que cercas e animais. Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.
No caso de uma casa, os canos metálicos de água, os fios da instalação elétrica e as ferragens das lajes e colunas irão conduzir parte da corrente do raio e ficarão também "carregados de eletricidade".
– temos o relâmpago. A espetacular faísca é fruto do aquecimento do ar, enquanto o ribombar do trovão vem da rápida expansão da camada de ar. Do surgimento do tronco de plasma até rolar o corisco, se passa apenas cerca de 0,1 segundo. É verdade que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar?
Elton Alisson | Agência FAPESP – Um tipo de raio “invertido”, que em vez de descer das nuvens e tocar o solo, como ocorre com a maioria das descargas elétricas, parte de uma estrutura alta na superfície e se propaga em direção às nuvens, começou a ser observado no Brasil nos últimos anos.
De maneira geral, eles são acompanhados de chuva e tempo instável. Mas não obrigatoriamente chuva, raios e relâmpagos devem ser simultâneos. Raios e relâmpagos são intensas descargas elétricas que acontecem na atmosfera do planeta, acompanhados não necessariamente de chuva.