Por que as línguas indígenas estão sendo extintas?
Muitas línguas desapareceram por diferentes motivos – mortes de seus falantes, proibição de colonizadores e missionários, espoliação territorial, racismo, discriminação, etc. Em 2022, morreu o indígena Tanaru , conhecido como 'índio do buraco', e com ele se foi um tesouro linguístico.
É importante assinalar que um dos fatores de maior peso no desaparecimento das línguas indígenas é a falta de rigor na preservação das terras destinadas a esses povos. Quando um povo não tem um território próprio e nem sua segurança garantida, não tem o mínimo necessário para manter viva a sua cultura.
Extintas. Das 190 línguas citadas pela Unesco, 12 já são consideradas extintas, ou seja, não têm mais nenhum falante vivo. Uma das que foram extintas mais recentemente foi língua dos Umutina, povo indígena que vive no Mato Grosso.
Qual é o perigo do desaparecimento das línguas indígenas?
Algumas já estão com gravíssimo risco de extinção, pois se limitam a menos 20 pessoas capazes de se expressar pela língua materna. O idioma é a arte de expressão de um povo. De modo que sua extinção provoca um dano irreparável no estudo de determinada cultura.
Quase 90% das línguas indígenas brasileiras foram extintas, aponta estudo I Redação NT
Por que as línguas indígenas estão desaparecendo?
Muitas línguas desapareceram por diferentes motivos – mortes de seus falantes, proibição de colonizadores e missionários, espoliação territorial, racismo, discriminação, etc. Em 2022, morreu o indígena Tanaru , conhecido como 'índio do buraco', e com ele se foi um tesouro linguístico.
As línguas ameaçadas frequentemente estão associadas a comunidades rurais ou marginalizadas, o que pode levar à estigmatização linguística e cultural. Isso pode fazer com que os falantes dessas línguas se sintam envergonhados ou constrangidos, acelerando ainda mais a mudança de idioma.
O que pode ser feito para evitar o desaparecimento de línguas indígenas no Brasil?
Como medida para reverter a extinção de muitas línguas indígenas, uma das ações é fazer com que os sistemas de educação favoreçam o uso de uma língua ancestral, já que elas são carregadas de conhecimento em áreas de estudos como agricultura, biologia, astronomia, medicina e meteorologia.
É verdade que todos os povos indígenas falam a mesma língua?
Os povos indígenas sempre conviveram com situações de multilingüismo. Isso quer dizer que o número de línguas usadas por um indivíduo pode ser bastante variado. Há aqueles que falam e entendem mais de uma língua ou que entendem muitas línguas, mas só falam uma ou algumas delas.
De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
Segundo dados recentes, somente nove línguas indígenas são faladas por mais de 5.000 índios, cada uma delas. São elas: guajajara, sateré-mawé, xavante, yanomami, terena, macuxi, kaingang, ticuna e guarani, sendo que as últimas contam com cerca de 30.000 falantes cada uma.
A língua tupi, ou tupi antigo, foi a língua falada pelos povos tupis e por grande parte dos colonizadores que povoavam o litoral do Brasil nos séculos XVI e XVII.
O genocídio dos povos indígenas no Brasil existe desde os tempos da colonização portuguesa, com a implementação do cultivo da cana-de-açúcar na costa brasileira. Esse processo consistiu no extermínio das populações indígenas, tanto pelos conflitos violentos, quanto pelas doenças trazidas pelos europeus.
Casos de doenças, descaracterização cultural, conflitos por terras e assassinatos são alguns dos apontados para explicar a progressiva redução da população indígena no país.
Por que é importante preservar as línguas indígenas?
Pois ao perder uma língua também perdemos os conhecimentos incorporados àquela língua, inclusive conhecimentos culturais, ecológicos, indícios sobre a pré-história humana, informações sobre as estruturas e funções das línguas humanas de modo geral.
Quais línguas no Brasil correm risco de desaparecimento?
Dessas, 190 são línguas indígenas do Brasil, fazendo do país o 3º em número de idiomas em risco de extinção. Idiomas como kaixána, baré, apiaká, aurê-aurá e kujubim possuem hoje menos de 5 falantes. Quatro troncos linguísticos compõem a maioria dos idiomas em extinção: Macro-Jê, Aruaques, Macro-Tupi e Caribe.
Quais as causas do desaparecimento de tantas línguas indígenas?
O impacto maior do Diretório Pombalino, no entanto, deu-se na política de miscigenação que ele mandava promover nas 'povoações', e que teve efeitos práticos nos antigos aldeamentos do Nordeste brasileiro, contribuindo dessa forma para o desaparecimento de muitas línguas indígenas naquela região.
O que pode ser feito para evitar a extinção dos povos indígenas?
A demarcação de terras, ao estabelecer os limites físicos das terras pertencentes aos indígenas, visa a proteger de possíveis invasões e ocupações por partes dos não indígenas. Assegurar a proteção desses limites é, também, uma forma de preservar a identidade, o modo de vida, as tradições e a cultura desses povos.
Qual é a possível razão pela qual uma língua pode desaparecer?
A interação pacífica de um povo com outro, econômica e culturalmente mais avançado, também é uma das causas mais comuns. Hoje, no planeta, um percentual expressivo de idiomas conta com poucos falantes e estão ameaçados de desaparecer. Outro dado é que 90% da população mundial responde por apenas 200 idiomas.
Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940, o governo brasileiro impediu as famílias de falar alemão em público por causa do conflito. O decreto nº 1.538, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, lançou um véu de silêncio sobre a língua alemã.
Considerada a única língua viva do tronco linguístico Mura, a língua mais difícil do mundo é falada pelo povo Pirahã (ou Pirarrã), que vive no sul do Amazonas.