A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra, às atividades econômicas, principalmente, ligadas ao desmatamento para abrir áreas de pastagem e agricultura e, quando já está consolidado, muitas vezes se utiliza o fogo por várias razões, e isso causa os grandes incêndios que estamos ...
As queimadas que atingem a Amazônia, Cerrado e Pantanal e enchem o céu do país de fumaça são causadas pela ação humana, para renovação de pasto ou para o avanço do desmatamento. A impunidade e o dinheiro que segue fluindo para os setores que desmatam contribuem para que este problema continue.
Na maioria das vezes, essas queimadas são provocadas pela ação humana de maneira criminosa. Os incêndios são muitas vezes iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Os incêndios são muitas vezes ligados às atividades econômicas, iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Especialistas apontam que o principal fator para o aumento no número de queimadas é a seca, que afeta mais de 58% do território nacional, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais).
O que está causando seca na Amazônia e queimadas em São Paulo? | Carta Explica
Como está o desmatamento em 2024?
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa.
Em 2024, 70% da área queimada no Brasil foi de vegetação nativa. Os dados são do Monitor de Fogo, monitoramento iniciado em 2019 pelo MapBiomas. Só em agosto, mês que registrou sozinho quase a metade dos incêndios florestais do ano, a vegetação nativa representou 65% da área queimada.
Queimadas sempre ocorreram no País ao longo de pelo menos os últimos 30 anos, e elas eram fruto do desmatamento para abertura de novas áreas agrícolas e para pecuária no Cerrado e na Amazônia. Mas 2024 será lembrado como o ano em que esta questão superou os limites.
O estado do Amazonas já contabilizou 19.478 focos de incêndio desde o início de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O fogo está intimamente ligado ao desmatamento, pois é a forma mais barata e rápida de “limpar” áreas recém-desmatadas. Por muitos anos, a relação entre as duas ações era direta: quanto mais alta era a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, e vice-versa.
Parte dos incêndios deve ser decorrente de uma perda de controle acidental do fogo, durante o manejo feito por moradores locais. Além das mudanças climáticas, as queimadas no Pantanal também estão associadas à ação humana na Bacia do Alto Paraguai (BAP).
Políticas públicas ineficientes e ineficazes devem ser revistas para que se tenha espaço orçamentário para implementação das ações relacionadas ao manejo integrado do fogo. Em resumo, a culpa pelo problema das queimadas em 2024 é dos governos estaduais e federal.
Não faça fogueiras e não jogue bitucas de cigarro ou fósforos em rodovias e áreas de mata; Não queime mato ou lixo. Faça o descarte adequado dos resíduos sólidos. Não solte balões.
A queimada é uma técnica primitiva, comum em áreas rurais, usada para limpar a vegetação de um terreno. A maioria é provocada pela ação humana, mas pode também ser causadas por raios ou algum outro evento da natureza.
Incêndios pelo Brasil: 85 inquéritos por origem criminosa, desde brigadistas a fazendeiros, revelam causas diversas como descuido, intencionalidade e problemas mentais. Ibama também multa ferrovia por faíscas no Pantanal.
Na série histórica do INPE, o número de incêndios de 2024 na Amazônia, nos primeiros seis meses, só foi superado em 2003 e 2004. No entanto, ao contrário dos altos índices de desmatamento de 2003-2004, em 2024 o aumento das queimadas ocorre após dois anos consecutivos de queda no desmatamento.
Qual a atual situação do desmatamento no Brasil em 2024?
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.
Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.
Fatores como aquecimento do oceano e expansão do desmatamento também contribuíram para estiagem dura e prolongada. Pesquisadores alertam para risco de substituição da floresta tropical por vegetação de tipo de savana caso tendência de aquecimento e estiagem se mantenha nas próximas décadas.
⛅ Essas grandes nuvens de fumaça são provocadas por queimadas e podem se estender por milhares de quilômetros. Elas são conhecidas como plumas de fumaça e são capazes até de encobrir o sol, como ocorreu no meio da tarde.
A estiagem prolongada que atinge a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado cria o cenário perfeito para a propagação do fogo. O aumento das temperaturas globais, impulsionado pelas mudanças climáticas, tem intensificado esses períodos de estiagem, secando rios, matas e florestas.
Essa fumaça é proveniente de queimadas do Pantanal, Amazônia, Cerrado e também de países vizinhos como a Bolívia, Paraguai e Argentina", afirma a Climatempo. Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça.
As queimadas na Amazônia são causadas pela ação humana. A motivação é principalmente econômica, com foco na abertura de novas áreas produtivas para o agronegócio. O número de queimadas registrado no primeiro semestre de 2024 é o pior em 17 anos.
“De todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são de ação humana”, afirma. A pesquisadora é responsável pelo sistema Alarmes, um monitoramento diário por meio de imagens de satélite e emissão de alertas sobre presença de fogo na vegetação.