Escutar músicas induz sistema de recompensas no cérebro e abre porta para vícios. Aquela chamada “música chiclete” que não sai da sua cabeça e que você não consegue evitar ouvir, muitas vezes, várias vezes ao dia pode estar estimulando alterações químicas no seu organismo e favorecendo a formação de vícios.
Os investigadores concluíram que o prazer que se sente ao ouvir uma música faz com que haja libertação de dopamina no cérebro, a reação é semelhante à causada pela comida e pelas drogas psicoativas e pode também causar dependência.
Dizer que a música é viciante, deixou de ser metáfora. Um estudo da Universidade McGill, no Canadá, concluiu que o efeito da música no cérebro é muito semelhante ao causado pelas drogas psicoativas, pela comida ou até pelo sexo. Para a grande maioria das pessoas, é inquestionável o prazer que sentimos ao ouvir música.
Segundo a neurocientista Valorie Salimpoor, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, seres humanos sentem prazer ao ouvir música porque experimentam nuances cognitivas ao esperar os próximos acordes e versos da canção. A sensação de prazer, segundo ela, acontece quase que inteiramente por causa da dopamina.
Ouvir uma música repetidamente por si só tem muito mais a ver com o seu momento especial de sensibilidade para determinada letra ou sonoridade, evocando os sentimentos que você quer aproveitar. Fique tranquilo. Não é um sinal de TOC, é um sinal de que você está vivo e adora música ou em especial esta música.
«Musicófilo — que ou quem demonstra apreço, predileção ou propensão pela música; melófilo» (Dicionário Houaiss); «Melómano — Que ou quem tem paixão pela música» (Dicionário Priberam) = «melomaníaco», «musicomaníaco», «musicómano».
Qual o nome de pessoas que gostam de todo tipo de música?
Eclético. É uma palavra de origem grega "eklekticós" que significa aquele que escolhe. Já para nós, ela significa aquele que aprecia diversos tipos músicas, comidas, entre outras.
Drogas sonoras são trilhas compostas com tons binaurais, isto é, dois sons de frequências levemente diferentes escutados cada um por um ouvido. A ideia dos fabricantes é que, na tentativa de equalizar os dois tons, o cérebro altere sua atividade, induzindo-o a estados de excitação ou relaxamento.
No campo da memória, por sua vez, o documento diz que a música pode ajudar as pessoas a evocar lembranças e emoções significativas. Ouvir uma melodia também ajuda na gestão do estresse e promove o bem-estar mental, diz o GCBH.
Diferentes tipos de música despertam diferentes emoções e evocam lembranças, provocando uma série de respostas no corpo humano. Assim, escutar música não é apenas lazer: a música pode ter efeitos terapêuticos e ser parte das estratégias de estímulo de áreas do cérebro que despertam os potenciais de aprendizagem.
Neste artigo são discutidas algumas situações onde a música pode gerar resultados negativos: escuta de um conteúdo associado a momentos difíceis na vida de uma pessoa; audição de algo que não gostamos; alteração do estado de consciência; aplicação em algumas patologias sem o conhecimento das características musicais ...
Aumento da concentração e foco. Frequências mais altas (14-30 Hz) podem ajudar a melhorar a atenção e a concentração. Alívio da ansiedade. Certas frequências podem ajudar a reduzir sentimentos de ansiedade e promover um estado mental mais calmo.
O que acontece se ficar muito tempo escutando música?
A exposição ao ruído e a música muito intensa, não é apenas prejudicial para o ouvido interno, comprometendo a audição, também é prejudicial em termos psicológicos. Aumenta o stresse, pode provocar depressão, insónias e diminuir a atenção. Em certos casos, surgem zumbidos que condicionam muito a qualidade de vida.
Os pesquisadores observaram que pessoas com gostos musicais diferentes podem ter os mesmos traços de personalidade. Isso pode explicar, por exemplo, como os interesses musicais podem ir mudando de acordo com o passar do tempo com apenas uma pequena alteração na personalidade.
Como a música tem uma progressão lógica de notas, acordes e andamento, também se torna possível antecipar melodias — o que traz o mesmo tipo de segurança e conforto. Segundo uma corrente, é por isso que, ao escutar uma bela canção, o cérebro libera dopamina, hormônio ligado à felicidade.
Tanto cantar quanto ouvir música e tocar instrumentos tem apresentado ótimos resultados. As atividades reduzem a ansiedade, aumentam a capacidade de foco e concentração, provocam relaxamento e, com tudo isso, melhoram a qualidade de vida de quem sofre com TDAH.
O ato de ouvir música é um grande fator para diminuir o estresse diário. Ao praticar um instrumento, você consegue escapar da rotina acelerada e distrair a mente.
Trata-se da musical ear syndrome, ou síndrome do ouvido musical, embora no Brasil o tema seja tratado simplesmente pelo termo "alucinações musicais". Os idosos que sofrem com o problema tendem a ouvir uma lista de seis a dez músicas que se repetem constantemente em suas cabeças.
Em todo o mundo, 15% dos adultos sofrem com a misofonia, de acordo com o Misophonia Institute. E a dor dos misofônicos vai além da própria aversão a alguns sons; sofrem também com a incompreensão e o desconhecimento das outras pessoas, o que, segundo Anna Clara, dificulta ainda mais.
Em suma, as respostas podem estar no mapeamento de nossos cérebros – tanto em como a mente e o corpo reagem quando ouvimos uma música quanto em como usamos a música como forma de experimentar e lidar com certos sentimentos. E se isso for verdade, talvez, um dia, alguns álbuns venham com uma caixa de lenços como brinde.
A música demonstra ter um impacto profundamente positivo na saúde física e mental. Um deles é sua capacidade de reduzir a ansiedade. Melodias suaves e relaxantes têm o poder de acalmar a mente, diminuir os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e proporcionar uma sensação geral de tranquilidade.