Enquanto o Brasil está importando o grão para garantir o abastecimento e a estabilidade de preços no país, a Índia restringiu suas exportações de arroz pelo mesmo motivo.
O Brasil consome aproximadamente 10 milhões de toneladas anualmente. Em entrevista coletiva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, se necessário, o Brasil considerará importar arroz e feijão para compensar os danos nas safras.
A fim de mitigar o impacto social e econômico decorrente do desastre climático no Rio Grande do Sul e assegurar o abastecimento no país, o governo federal comprou 263,37 mil toneladas de arroz importado.
Já em 2023, quase 98% do volume de 1,03 milhão/t vieram do Paraguai, 674 mil/t, Uruguai, 306 mil/t e Argentina, 46 mil/t. O produto do Paraguai, pela relativa facilidade e custos logísticos, via modal rodoviário, responde em média por mais de 60% de todo o arroz importado pelo Brasil.
“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área ...
Chuvas no RS podem obrigar Brasil a importar arroz e feijão, diz Lula | LIVE CNN
Porque o arroz subiu tanto 2024?
Nesse contexto, o mercado estima que o preço do arroz deve se manter em patamares elevados em 2024. A recuperação da produção e a menor oferta de importantes países exportadores, indicam que a demanda pelo grão continue crescendo ao longo do ano. Isso deverá puxar os preços para cima.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou neste sábado (25) a intenção do governo federal de importar 1 milhão de toneladas de arroz para manter a oferta interna, afetada pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, e segurar os preços.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, garantiu que não faltará arroz nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Em entrevista à CNN, ele detalhou as ações do governo federal para lidar com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a produção do grão.
Ao todo, foram liberados R$ 7,2 bilhões para a compra de arroz com o preço tabelado em R$ 4 por quilo. A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional.
O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul para evitar alta nos preços do alimento, diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país.
Governo Federal compra 263 mil toneladas de arroz importado em leilão. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado nesta quinta-feira, 6 de junho.
A Conab promoveu nesta quinta-feira (6) um leilão público para a compra de arroz importado. Por ter subsídio do governo, o preço máximo do produto será de R$ 20 o pacote de 5 quilos, em embalagens com identificação do governo federal.
A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia.
É importante destacar que o Brasil sempre foi exportador e importador de arroz. Em 2023, a importação foi equivalente a pouco mais de 14% da produção nacional. O anúncio do governo, sozinho, seria o equivalente a 10% do consumo nacional.
Não há risco [de falta de alimento]. O que há é excesso de fake news. O que o governo detectou é uma possibilidade de haver uma quebra na produção de arroz no Brasil em função desses desastres climáticos no Rio Grande do Sul.
“Alguns varejistas já limitam a compra de arroz por consumidor. Na largada, pode haver algum ruído pontual, mas neste ano não vai faltar arroz no Brasil”, acrescentou. Em nota, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) afirma que “não há risco iminente de desabastecimento nos supermercados.
As 75 mil toneladas de arroz que a indústria comprou da Tailândia estão a caminho do Brasil e devem chegar na primeira quinzena de julho, disse a diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva, nesta quarta-feira (22), ao g1.
Entenda o leilão de arroz: governo pagou R$ 5 por quilo e vai vender a R$ 4. O governo brasileiro comprou 263,37 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado nesta manhã. Os vendedores têm até setembro para entregar os produtos, já embalados, ao governo brasileiro em 11 estados do país.
O economista André Braz, da FGV Ibre, conta que dentre os motivos para o preço subir então a redução da exportação e a entressafra. "Primeiro, é uma redução do volume de exportações da Índia. Para proteger o mercado, eles reduziram o volume de exportação para que o preço na Índia caísse. Mas isso desabastece o mundo.
Contexto econômico. As flutuações de preço de alimentos nos primeiros meses de 2024 é uma consequência das mudanças climáticas (segundo análise do do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE), mas também da inflação (aponta levantamento do Observatório PUC-Campinas).
Brasil aumentou importação de arroz em 2024 antes mesmo das enchentes no RS. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por cerca de 70% da oferta. Por conta da tragédia climática que se abate no estado, a preocupação fica por conta do abastecimento interno.