O Brasil, denominado Pindoráma pelos Guarani, tinha como o seu principal idioma uma língua originária misturada com português (Língua Geral). Mas, em 1757, sob a influência do Marquês de Pombal, o governo português baixou um decreto proibindo o uso daquele idioma.
O objetivo de Pombal era enfraquecer a Igreja Católica e os jesuítas, que utilizavam a língua indígena para se aproximar e catequizar os nativos brasileiros. Com a proibição, o tupi desapareceu como idioma funcional (sobrevivendo apenas como a variação nheengatu na Amazônia).
Apesar do tupi antigo ser parte importante do português moderno, a língua foi deixando de ser falada após a proibição de 1758 e acabou sendo considerada morta no início do século 20.
A língua tupi, ou tupi antigo, foi a língua falada pelos povos tupis e por grande parte dos colonizadores que povoavam o litoral do Brasil nos séculos XVI e XVII.
De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
O guarani permaneceu como a língua do governo até a Guerra do Paraguai (1864-1870), quando as potências vitoriosas determinaram a adoção do espanhol como língua oficial da nova república. O idioma indígena, porém, sobreviveu nas línguas dos paraguaios, principalmente os de classes baixa e média.
Qual era a língua falada no Brasil antes do português?
Até a metade do século XVIII, o português era língua pouco conhecida da maioria da população do Brasil, basicamente formada por indígenas, negros ou mestiços. Falava-se a língua geral, de base tupi. Essa língua era também o principal instrumento dos jesuítas para catequizar indígenas nas aldeias, missões e escolas.
Os Guarani que vivem hoje em território brasileiro somam, aproximadamente, cinco mil pessoas. Há também Guarani vivendo em áreas na Argentina, Paraguai e Bolívia. O subgrupo Mbya, em Angra dos Reis, vive no alto da serra, em meio à Mata Atlântica, de onde podem avistar o mar.
A língua acádia é conhecida como o idioma mais antigo do mundo — seu registro data de 14 a.C. O maior alfabeto do mundo é o khmer da Camboja com 74 letras e o menor é o rotokas do Papua Nova-Guiné com 11 letras.
Rodrigues (1986), encontra-se dispersa no território brasileiro e abrange igualmente línguas faladas em vários outros países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Venezuela), enquanto as demais famílias do tronco Tupi situam-se exclusivamente dentro dos limites do Brasil, ...
O termo "abacaxi" é oriundo da junção dos termos tupis i'bá (fruto) e ká'ti (recendente, que exala cheiro agradável e intenso), documentado já no início do séc. XIX. O termo "ananás" (em português e espanhol) é do guarani e tupi antigo naná, e documentado em português na primeira metade do séc.
Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil.
Esse idioma ficou conhecido como “língua-geral” ou “língua brasílica”. O ponto de partida da língua-geral foi o tupi, língua falada pelos tupinambás, povos indígenas que habitavam o litoral do Brasil.
Assim, "bom dia" em guarani é djawydju e significa algo como "vamos nos levantar", o que remete tanto ao sentido da ação quanto o sentido moral de se levantar. "Boa tarde" é nhande kaárudju e significa "a tarde é nossa", semelhante a boa noite, que significa "a noite é nossa".
Na maior Terra Indígena no Brasil, a Terra Indígena Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e Roraima, vive um dos grupos mais importantes para o patrimônio linguístico nacional: os Yanomami. Lá são faladas seis línguas: yanomamɨ, sanöma, ninam, yanomam, ỹaroamë, yãnoma.
Estima-se que mais de 250 línguas sejam faladas no Brasil entre indígenas, de imigração, de sinais, crioulas e afro-brasileiras, além do português e de suas variedades. Esse patrimônio cultural é desconhecido por grande parte da população brasileira, que se acostumou a ver o Brasil como um país monolíngue.