“O funk não recebe incentivo nenhum do nosso Estado e nossas prefeituras porque não há interesse em mantê-lo. Não interessa às estruturas de poder que pessoas marginalizadas tenham um discurso”, diz a dançarina.
Assim como outras manifestações da cultura negra e periférica do passado — caso do samba e da capoeira —, o funk sofre perseguições. “Atribuo isso ao preconceito de classe e ao racismo, por ser originário de um território marginalizado, como favelas, e ser cantado majoritariamente pela juventude preta”, reflete Gomes.
O preconceito linguístico contra as letras de música funk faz parte de um sistema de ideologia em que a sociedade elitista defende o português padrão como mecanismo de exclusão e discriminação, além de classificar o falante como elemento inferior – em geral são negros e pobres.
O ritmo característico das favelas e periferias fluminenses, ganhou uma conotação pejorativa durante a década de 2000 com o surgimento de letras que faziam apologia ao crime, uso de drogas e objetificação do corpo da mulher com sua vertente intocável nas rádios: os chamados proibidões.
É PRECISO FALAR DE FUNK E DE TODO PRECONCEITO | CNN Tonight
Como a sociedade vê o funk?
Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.
A sugestão alcançou quase 22 mil assinaturas e agora tramita no Senado. Ela classifica o funk de “falsa cultura”, acusando os bailes de serem um recrutamento organizado para atender “criminosos, estupradores e pedófilos”, entre outros crimes.
Aspectos negativos: Alguns acham vulgar, na dança ou no palavreado. Muitas vezes faz apologia a drogas, estupros, e várias violências. as músicas tem graves muito altos.
Muitas das acusações sofridas pelo funk estão presentes em outros gêneros musicais associados a um público bem específico: jovens, negros, pobres, moradores de favelas e periferias. Assim como o pagode baiano e o tecnobrega, o funk é acusado de fazer apologia ao crime, às drogas e ao sexo.
Atualmente, o funk é um dos principais meios para os jovens periféricos expressarem sua realidade e desejos, difundindo essa cultura, principalmente, pelas redes sociais e por canais no YouTube.
Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido.
“O funk permite múltiplas opções de negócios com qualquer área comercial ou industrial, já que o público vai de cinco a 50 anos, entre classes sociais diversas”, explica Afonso Marcondes.
Para 50% dos entrevistados, o funk deve ficar de fora. Em contrapartida, o sertanejo está no topo da lista de favoritos para 19%, seguido pelo rock, que conquistou a preferência de 16%. E se você pensa que existe hora e lugar para escutar música, está enganado!
“Em 2008, o funk passou a ser proibido nas comunidades pacificadas. O processo da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi muito violento e acabou levando à morte de muitas pessoas”, revela Bragança. Já em 2017, o Senado rejeitou um projeto de lei que pedia a criminalização do funk.
No dia 24 de outubro de 1999, os bailes funk do Rio de Janeiro chegaram a ser proibidos após três adolescentes serem mortos em um confronto entre galeras.
O Funk assim como outros ritmos, a música é capaz de estimular o Hipotálamo - o qual é uma região do cérebro que permite induzir (hiperestimular) ou inibir (hipoestimular) hormônios, entre outras palavras é um controlador de hormônios hipofisários, ou seja, controla a liberação de hormônios providos das hipófises ...
O Funk é um estilo muito em alta atualmente, ele abrange várias temáticas, porém geralmente transmitem sentimentos de descontração, por isso é tão popular. O Pagode, apesar de ser igualmente descontraído, ele tende a retratar os assuntos amorosos, seja de decepção ou de alegria.
O funk (pronúncia: [fânc]) é um gênero musical que se originou em comunidades afro-americanas em meados da década de 1960, quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma de música rítmica e dançante através da mistura de soul, jazz e rhythm and blues.
Nascido na favela, marginal, alvo de preconceitos, associado ao erotismo, à violência e à criminalidade, criticado, perseguido e no topo das paradas da música pop internacional. Esse é o funk, gênero musical que, na última semana, teve uma série exibida pela TV Brasil - Funk: das favelas do Brasil para o mundo.
Conhecido pelas frases de efeito e por ser polígamo, Wagner Domingues Costa, seu nome de batismo, deixa três esposas, 32 filhos e quatro netos. Confira algumas curiosidades sobre a vida e carreira do rei do funk.
Funk Consciente, Funk Melody, Proibidão, Putaria, Ostentação, 150 BPM e Funk Pop estão entre os subgêneros mais conhecidos do funk. Os subgêneros podem surgir de uma fusão entre dois ou mais gêneros musicais, como funk rave, bregafunk, funknejo.
Qual a importância do funk para a sociedade brasileira?
“O funk representa os anseios da juventude periférica das grandes cidades brasileiras, ele expressa a vida desses jovens, suas visões de mundo, seus desejos, seus ideais e estéticas.
Qual a importância do funk retratar as injustiças sociais?
Resposta: funk é considerado uma manifestação cultural que permite às classes populares espaço para que manifestem suas insatisfações com as desigualdades sociais.