Isso não significa, porém, que não haja críticas. “O funk comercial tem o viés da objetificação feminina, da homofobia e carrega formas de opressão que integram a estrutura social atual e estão presentes em outros estilos musicais. A crítica é válida, mas sem a ótica racista”, alerta Gomes.
O ritmo característico das favelas e periferias fluminenses, ganhou uma conotação pejorativa durante a década de 2000 com o surgimento de letras que faziam apologia ao crime, uso de drogas e objetificação do corpo da mulher com sua vertente intocável nas rádios: os chamados proibidões.
Muitas das acusações sofridas pelo funk estão presentes em outros gêneros musicais associados a um público bem específico: jovens, negros, pobres, moradores de favelas e periferias. Assim como o pagode baiano e o tecnobrega, o funk é acusado de fazer apologia ao crime, às drogas e ao sexo.
O funk é um ritmo que possui alta rejeição por uma parcela da sociedade brasileira – e às vezes, o funk passa até por uma certa “criminalização”, mas isso não significa que ele deixa de ser considerado uma produção cultural. Afinal, cultura é todo o tipo de conhecimento, tradições e leis produzidas por um grupo social.
Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.
Por que o funk é acusado de ser uma falsa cultura?
Ela classifica o funk de “falsa cultura”, acusando os bailes de serem um recrutamento organizado para atender “criminosos, estupradores e pedófilos”, entre outros crimes.
Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido.
Aspectos negativos: Alguns acham vulgar, na dança ou no palavreado. Muitas vezes faz apologia a drogas, estupros, e várias violências. as músicas tem graves muito altos.
Para 50% dos entrevistados, o funk deve ficar de fora. Em contrapartida, o sertanejo está no topo da lista de favoritos para 19%, seguido pelo rock, que conquistou a preferência de 16%. E se você pensa que existe hora e lugar para escutar música, está enganado!
Atualmente, o funk é um dos principais meios para os jovens periféricos expressarem sua realidade e desejos, difundindo essa cultura, principalmente, pelas redes sociais e por canais no YouTube.
“O funk permite múltiplas opções de negócios com qualquer área comercial ou industrial, já que o público vai de cinco a 50 anos, entre classes sociais diversas”, explica Afonso Marcondes.
“O funk não recebe incentivo nenhum do nosso Estado e nossas prefeituras porque não há interesse em mantê-lo. Não interessa às estruturas de poder que pessoas marginalizadas tenham um discurso”, diz a dançarina.
No dia 24 de outubro de 1999, os bailes funk do Rio de Janeiro chegaram a ser proibidos após três adolescentes serem mortos em um confronto entre galeras.
“O funk é tudo isso, mistura musical, poesia que expressa a realidade das pessoas e é também festa, é música feita pra dançar, é corpo, é uma forma de lidar com o corpo e com a sexualidade”, conta. “É uma expressão artística de vanguarda, inovadora, transgressora, que desafia regras, códigos e limites”.
O Funk não possui os elementos fundamentais, como harmonia e melodia, que são necessários para ser considerado música. Portanto, como categorizar o Funk? - Quora. O Funk não possui os elementos fundamentais, como harmonia e melodia, que são necessários para ser considerado música.
O funk dialoga muito com a juventude, porque ela se sente representada pelas letras e é de sensibilidade da população entender que o movimento funk é o maior movimento político, cultural, que conversa com essa parte da população que é desassistida pelo Estado.
Assim como outras manifestações da cultura negra e periférica do passado — caso do samba e da capoeira —, o funk sofre perseguições. “Atribuo isso ao preconceito de classe e ao racismo, por ser originário de um território marginalizado, como favelas, e ser cantado majoritariamente pela juventude preta”, reflete Gomes.
Os países que mais escutam o funk, além do Brasil, são Portugal, Estados Unidos, Itália, França e Argentina. Um novo rótulo, impulsionado pelo fenômeno do TikTok, também vem tomando cada vez mais espaço em locais longínquos do País, especialmente entre jovens naturais do leste europeu.
O Funk assim como outros ritmos, a música é capaz de estimular o Hipotálamo - o qual é uma região do cérebro que permite induzir (hiperestimular) ou inibir (hipoestimular) hormônios, entre outras palavras é um controlador de hormônios hipofisários, ou seja, controla a liberação de hormônios providos das hipófises ...
O Funk é um estilo muito em alta atualmente, ele abrange várias temáticas, porém geralmente transmitem sentimentos de descontração, por isso é tão popular. O Pagode, apesar de ser igualmente descontraído, ele tende a retratar os assuntos amorosos, seja de decepção ou de alegria.
Conhecido pelas frases de efeito e por ser polígamo, Wagner Domingues Costa, seu nome de batismo, deixa três esposas, 32 filhos e quatro netos. Confira algumas curiosidades sobre a vida e carreira do rei do funk.
O ritmo de funk americano, também conhecido como funk dos Estados Unidos, é um estilo musical que se originou na década de 1960, principalmente nas comunidades afro-americanas. Ele é caracterizado por uma combinação de elementos rítmicos, melódicos e harmônicos que criam um groove único e altamente dançante.
Atualmente, o funk é visto como parte da cultura brasileira. Nos últimos anos, ele ganhou subgêneros, um número cada vez maior de artistas surgiram, ganhou destaque internacional e até mesmo se tornou tema de série. O que poucos compreendem é que esse é um ritmo que tem uma importância muito grande para o Brasil.