Por décadas, as mulheres foram impedidas, por lei, de jogar futebol. O preconceito contra elas, nesse esporte, é algo histórico. A modalidade feminina sempre sofreu com restrições, desigualdades e, inclusive, com comentários xenofóbicos sobre a aparência ou a cultura das jogadoras de outros países.
Sexismo: Infelizmente, o preconceito de gênero ainda está presente em nossa sociedade. Desigualdade de investimento: o futebol feminino recebe menos investimento do que o masculino, isso pode causar a impressão de que é menor qualidade ou menos importante. Falta de visibilidade: recebe menos atenção da mídia.
Por que o futebol feminino sofreu e sofre tanto resistência?
Apesar do considerável crescimento e avanço, o futebol feminino no Brasil ainda enfrenta desafios como a falta de investimentos e patrocínios, a disparidade salarial em comparação com os jogadores do sexo masculino e a pouca visibilidade nos meios de comunicação.
Por que o futebol feminino tem menos visibilidade do que o masculino?
Portanto, o futebol, por ser um esporte que envolve contato físico agressivo, acaba sendo visto como “coisa de homem”. Desigualdade de investimento: o futebol feminino recebe menos investimento do que o masculino, o que pode causar a impressão de que o futebol feminino é de menor qualidade ou menos importante.
O que podemos fazer para acabar com o preconceito no futebol feminino?
O futebol feminino pode ser uma importante ferramenta para espalmar o preconceito e diminuir a desigualdade de gênero entre homens e mulheres. Mas para isso é preciso igualar as oportunidades, as condições de treinos, principalmente a valorização e visibilidade do esporte.
O PRECONCEITO CONTRA O FUTEBOL FEMININO | JUCA EXPLICA
Porque o futebol feminino sofre preconceito por parte da sociedade brasileira?
O preconceito contra elas, nesse esporte, é algo histórico. A modalidade feminina sempre sofreu com restrições, desigualdades e, inclusive, com comentários xenofóbicos sobre a aparência ou a cultura das jogadoras de outros países.
“O início do preconceito no futebol não se deu por conta do racismo, ao contrário, iniciou-se por conta da história do futebol ser de origem europeia e seus praticantes, no início, teriam que ser frequentadores de clubes da elite. Os campos de futebol eram um prolongamento da elite da sociedade.
Podemos analisar com as repostas, que para eles sim é desvalorizado de 26 alunos 25 disseram que é por fatores como citei no meu referencial que são eles; a discrepância salarial, a falta de investimento, o machismo envolvido e a maioria foram por conta da falta de visibilidade que se tem com a mulher no esporte.
De acordo com os dados, 42% da população acredita que as atletas de futebol feminino são excessivamente masculinizadas. Ou seja, na visão do público, as mulheres são vistas apenas nos extremos da hipersexualização ou masculinização dos corpos, o que impacta diretamente na autoimagem das praticantes.
Por que afinal o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil?
"Porque se o futebol feminino ainda hoje existe no Brasil é pela resistência dessas mulheres, a despeito de toda invisibilidade, da falta de estrutura e de profissionalização. Elas continuam jogando e sempre estiveram jogando bola, mesmo quando foi proibido. Futebol para as mulheres nunca foi concessão.
Enquanto no Canadá, o Governo Federal disponibilizou trinta milhões de dólares para garantir a equidade de gênero nos esportes, no Brasil a prática esportiva feminina não é valorizada; isso ocorre por causa da falta de investimento e do preconceito que impera na sociedade.
A falta patrocínio é um problema enorme, os investimentos dos clubes em estrutura e materiais no futebol feminino é muito menor em comparação com o masculino. As atletas muitas vezes não possuem uma alimentação adequada, uniformes para treinar e jogar e em alguns casos nem mesmo banheiros ou vestiários.
Concluímos que para combater o machismo no futebol as instituições educacionais e os clubes de futebol podem, de forma colaborativa: valorizar a disciplina de futebol nos seus currículos; selecionar profissionais capacitados nesse desporto; proporcionar infraestrutura adequada à sua prática; enfatizar a formação humana ...
Como é visto a prática do futebol feminino no Brasil de uma forma geral?
No Brasil, o futebol feminino começou a ser mais visto perto dos anos 2000, devido à seleção feminina ter conseguido medalhas em jogos olímpicos e ficado em terceiro lugar na Copa do Mundo.
O preconceito no contexto esportivo não é um assunto recente e merece ser discutido, pois a crescente discriminação, a homofobia e as formas estereotipadas de tratamento para os sujeitos pertencentes as categorias menosprezadas têm sido comuns nas quadras, na mídia e na sociedade.
O preconceito no futebol feminino advém de fatores culturais, sociais, os quais precisam ser revistos, já que são fatores limitantes do desenvolvimento não somente do futebol, mas do esporte feminino como um todo.
Porque o futebol feminino sofreu e sofre tanto resistência?
A desigualdade de investimento em comparação ao futebol masculino é um dos principais obstáculos, com as equipes femininas recebendo menos suporte financeiro, menor visibilidade na mídia e enfrentando preconceitos enraizados na sociedade. Além disso, a luta pela igualdade de gênero no esporte ainda é uma realidade.
Somos conhecidos internacionalmente por abrigar os maiores talentos futebolísticos do mundo. Como foi citado anteriormente, o esporte é resistência e luta. Mas a luta, muitas vezes, não fica confinada apenas ao campo, ela está na sociedade como um todo.
Por que o futebol feminino não tem reconhecimento?
Em terras tupiniquins, um dos motivos para essa desigualdade entre homens e mulheres no futebol, tem explicação na lei. Isso porque, na década de 40, o futebol feminino foi proibido no Brasil. Um decreto do governo Getúlio Vargas dizia que a prática não condizia com a “natureza” da mulheres!
A desigualdade também se expressa pela falta de incentivo na conciliação do esporte com os estudos e pela insegurança financeira, que são alguns dos fatores que explicam o grande número de desistências das atletas femininas.
Qual é o país que mais valoriza o futebol feminino?
Logo após o encerramento dos Jogos Olímpicos Paris 2024, foi divulgado o Ranking Fifa de futebol feminino, que em suas atualizações, trouxe mais uma vez os Estados Unidos liderando a lista, após a equipe conquistar mais um ouro Olímpico na sua história.
De acordo com os dados, 56% das vítimas por injúria de preconceito são mulheres negras. O levantamento mostra ainda que, em 2021, 166 pessoas sofreram preconceito de raça, cor, religião, etnia, procedência nacional e LGBTIfobia (preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais).
Os primeiros clubes eram compostos por brasileiros brancos da alta sociedade, embora muitos jogadores mantivessem outras ocupações. No entanto, em 1917, a “lei do amadorismo” foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro. Tratava-se do início do racismo no futebol, uma “proibição velada dos negros”.