Isso ocorre, na sepse, devido ao aumento da via glicolítica frente ao quadro inflamatório sistêmico, saturando a enzima responsável pela quebra do lactato e aumentando sua biodisponibilidade.
O lactato é um metabolito da glucose produzido pelos tecidos no corpo em patologias com aporte insuficiente de oxigénio. O lactato é normalmente eliminado pelo fígado e pelos rins, e a concentração de lactato no sangue em pacientes não sujeitos a stress é de 1-1,5 mmol/L [6].
O aumento da concentração de lactato circulante, chamada de hiperlactemia, pode acontecer devido ao aumento da produção de lactato, alteração no fornecimento de oxigênio para os tecidos ou deficiência na eliminação dessa substância do organismo, resultando no seu acúmulo no sangue.
O que causa o rápido aumento na concentração de lactato?
Durante o exercício físico intenso, a produção de lactato aumenta, permitindo que as células musculares continuem a produzir energia na ausência de oxigênio suficiente.
Estudos recente sobre diretrizes no manejo da sepse recomendam que a persistência do nível de lactato maior que 2 mmol/L, deve ser incluído como um novo critério quando o paciente apresenta sinais clinico de septicemia.
Descubra para que serve o Lactato na Terapia Intensiva?
O que significa aumento de lactato?
O grau de níveis elevados de lactato e a taxa de depuração de lactato estão fortemente correlacionados com o risco de disfunção de múltiplos órgãos e sobrevida após lesão traumática. E a depuração de lactato pode potencialmente servir como um ponto final para orientar a ressuscitação.
A substância tem a função de fornecer energia ao organismo, quando este não conta com oxigênio suficiente, por meio do sistema chamado metabolismo anaeróbico láctico.
Hoje, o lactato alto a despeito de volume não só é o principal parâmetro prognóstico na sepse, como também é um dos definidores de choque séptico, mesmo com PA normal. Todavia, duas outras situações não são infrequentes como causa de lactato aumentado: falência hepática e hipoxemia.
As causas englobam a hipóxia tecidual (p. ex., como no uso vigoroso dos músculos durante esforço, convulsões, tremores por hipotermia), algumas doenças sistêmicas e congênitas, câncer e ingestão de alguns fármacos ou toxinas (ver tabela Causas da acidose metabólica).
O que acontece quando se inicia o acúmulo de lactato no sangue?
O aumento da concentração do lactato no sangue estimula mecanismos de remoção, ou seja, é necessário que a lactatemia alcance um determinado nível para forçar a remoção de lactato e estimular as enzimas e coenzimas a catalisar o processo de reversibilidades.
O protocolo de sepse deve ser aberto para pacientes com SUSPEITA de sepse e choque séptico, a partir da presença de disfunção orgânica em pacientes com suspeita de infecção grave. A equipe médica deve definir a classificação inicial do paciente.
Essa reação solitária produz o ácido lático, que é um dos causadores das dores musculares. O melhor procedimento para evitar sua formação é, depois de fazer um exercício, realizar por alguns minutos outro exercício (correr, pedalar, nadar) em menor intensidade.
Em condições normais, a maioria do lactato é produzida pelos eritrócitos, mas durante exercício ou atividade física intensa, o músculo produz grandes quantidades de lactato, devido à condição de insuficiente oxigenação do músculo nestas situações.
Esse tipo de acidose metabólica pode ser agravado por episódios de vômito ou diarreia intensa. A acidose láctica se dá quando existe um excesso de ácido lático no corpo que pode ser desencadeado pelo uso crônico de álcool ou pela prática frequente de exercícios intensos.
Quando a perfusão declina e o fornecimento de oxigênio para as células é inadequado para o metabolismo aeróbico, as células alternam para o metabolismo anaeróbico, com maior produção de dióxido de carbono e níveis elevados de lactato no sangue.
O limiar de lactato é a intensidade do exercício em que o lactato (ácido láctico) começa a acumular no sangue. Na corrida, esse é o nível estimado de esforço ou ritmo. Quando um corredor ultrapassa o limiar, a fadiga começa a aumentar a uma velocidade cada vez maior.
O lactato é utilizado como marcador tardio de má perfusão tecidual, sendo útil ao guiar as terapias de ressuscitação volêmica na sepse. As alterações desse marcador dependem da diminuição de seu clearance, ou seja, do desbalanço entre a sua produção e sua excreção (urina, suor) ou metabolização (gliconeogênese).
O exame de lactato dosa os níveis de lactato no sangue em um determinado momento. O nível normal indica que o paciente não apresenta acidose láctea, que há oxigênio suficiente em nível celular e/ou que seus sintomas não são causados por acidose láctea.
O lactato é produzido no citoplasma a partir do piruvato, e a transformação a lactato é apenas uma das possibilidades metabólicas a partir do piruvato. O piruvato se encontra no meio de diversas reações metabólicas, tanto citoplasmáticas, como mitocondriais e, sendo assim, várias enzimas atuam sobre ele.
Quando o lactato se acumula em níveis elevados no sangue e nos músculos, ele cria uma acidez chamada acidose láctica, que causa fadiga muscular e, em níveis elevados, pode interferir na recuperação muscular. O seu acúmulo resulta em uma sensação dolorosa de queimação nos músculos.
Para começar, é importante esclarecer que ácido lático e lactato são duas formas do mesmo composto. Em condições ácidas, como as que ocorrem durante o exercício intenso, o lactato se transforma em ácido lático. No entanto, é a forma de lactato que predomina no corpo humano, incluindo no sangue.
Tá, mas qual a função do ácido lático? Esse ácido faz parte do Fator Natural de Hidratação (NMF) da nossa pele. Ele ajuda na retenção de água na pele, o que faz toda a diferença para a saúde da derme. Esse composto faz parte do grupo dos alfa-hidróxiácidos (AHAs), substâncias que servem para tudo!
No dia a dia do plantão, a causa mais comum de aumento do lactato é a má perfusão sistêmica: a redução na oferta e/ou captação de oxigênio nos tecidos favorece o metabolismo celular anaeróbio, com maior produção do ácido lático.
Quando o esforço físico termina, o lactato é convertido a glicose através da gliconeogénese, no fígado. O indivíduo continua a ter uma respiração acelerada por algum tempo: o O2 extra consumido neste período promove a fosforilação oxidativa no fígado e, consequentemente, uma produção elevada de ATP.
Há atualmente diferentes maneiras de se obter o limiar de lactato. O método mais utilizado é através de protocolo de campo que se utiliza da coleta de pequena amostra de sangue capilar (retirado do lobo da orelha externa ou mesmo da ponta do dedo).