De onde vem essa curiosidade? “O desejo de conhecer faz parte da nossa estrutura psicológica. Queremos saber o que está além daquilo que estamos vendo”, afirma a psicóloga Denise Ramos, professora de pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A curiosidade é um sentimento importante que nos tira da zona de conforto e nos motiva a tentar enxergar o mundo de maneiras diferentes. Ela nos deixa instigados a procurar soluções que ninguém mais viu, abrindo um amplo universo de possibilidades.
A curiosidade é uma característica inerente ao ser humano, que se manifesta através do desejo de conhecer, explorar e descobrir coisas novas. É uma motivação intrínseca que impulsiona as pessoas a buscar informações, experimentar novas experiências e expandir seus conhecimentos.
A curiosidade é uma vontade diferente de aprender, que deixa o cérebro mais alerta e ajuda a gravar melhor as descobertas na memória. “Nosso cérebro nasce adorando novidades.
Quando estamos curiosos, vemos situações difíceis de maneira mais criativa. Estudos descobriram que a curiosidade está associada a reações menos defensivas ao estresse e menos agressivas à provocação. Também temos um desempenho melhor.
O cérebro possui 1 milhão de gigabytes de armazenamento
O cérebro humano possui apresenta cerca de um trilhão de ligações entre os neurônios. Essa quantidade corresponderia a uma capacidade de armazenamento de de 2,5 petabytes, ou seja, 1 milhão de gigabytes.
Por que a curiosidade é uma característica fundamental do ser humano?
Na atualidade, pesquisadores apontam que a curiosidade aumenta com a incerteza e desperta a busca por conhecimento. Compreender a base neural da curiosidade têm importantes implicações substantivas permitindo observar que a busca de informações é evolutivamente adaptativa.
As pessoas curiosas possuem uma sede de conhecimento. Elas se interessam pela vida, pessoas, ideias, experiências e eventos, e elas vivem constantemente desejando aprender mais. Alguém disse: “Esse mundo é conquistado por pessoas que cruzaram pontes em sua imaginação, antes que alguém mais as tenha cruzado”.
Um dos co-autores do estudo, Dr. Matthias Gruber, explica que isso acontece porque a curiosidade coloca o cérebro em um estado que lhe permite aprender e reter qualquer tipo de informação, que motiva o aprendizado.
A curiosidade pode ser definida como o desejo intrínseco de buscar e adquirir conhecimento, compreender o mundo ao nosso redor e explorar novas possibilidades.
A curiosidade é considerada a base para a inovação e a criatividade, facilitando que vejamos conexões onde outras pessoas enxergam barreiras. Igualmente interessante é que pessoas curiosas usualmente são mais resilientes e apresentam maior capacidade de adaptação a mudanças.
A curiosidade, inerente ao ser humano, é evidente desde a infância, pois crianças tudo observam e querem saber. Entretanto, muitas vezes por necessidade ou como consequência da compartimentação do conhecimento em disciplinas, nosso despertar pela vida acaba ficando em segundo plano, adormecendo por fim.
A regeneração do corpo é uma das capacidades mais incríveis do ser humano, assim como diversas outras espécies de animais. Porém, existe uma única parte que não é capaz de se auto regenerar: os dentes.
Uma pessoa curiosa explora tudo ao seu redor e vai agregando novas informações àquelas que já possui. A curiosidade faz parte do instinto humano. É o desejo que nós temos de entender aquilo que não conhecemos. É uma característica essencial para nos levar além daquilo que já sabemos.