A Argentina vive, há décadas, uma crise econômica que envolve inflação e juros exorbitantes, altos níveis de pobreza, forte desvalorização cambial e a falta de reservas. Parte desse cenário reflete os déficits fiscais que o país acumula há mais de dez anos.
Entre os muitos fatores que empurram os argentinos para a pobreza está a paralisação da economia. De acordo com os números oficiais, o PIB caiu 5% no primeiro mês do ano, a atividade industrial caiu quase 20% em comparação com o ano passado e a construção civil caiu 37,5% em abril, em relação ao ano anterior.
O PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu 2,6% no primeiro trimestre, em relação ao quarto trimestre de 2023, e acumulou dois trimestres seguidos de baixa (em valores ajustados sazonalmente).
A situação econômica e social era muito delicada: desemprego que superava os 15% e que subia implacavelmente, insegurança nas ruas, desconfiança de parte do mercado financeiro internacional e uma gigantesca dívida externa eram alguns dos principais temas urgentes na agenda do governo.
Em meados de outubro, a inflação argentina atingiu 138% no acumulado dos últimos 12 meses, o maior patamar desde agosto de 1991, época na qual o país adotou a paridade de um peso para um dólar.
Análise: a economia argentina após seis meses de governo Milei | WW
Quais são as principais causas da crise econômica na Argentina?
O principal motivo apontado por economistas é que a Argentina acumula déficits fiscais há mais de dez anos, ou seja, gasta mais do que arrecada. Grande parte desses gastos corresponde a subsídios, como nas contas de luz, água e transportes, serviços muito baratos se comparados ao Brasil.
Como dito, o PIB argentino recuou 5,1% no primeiro trimestre de 2024. O resultado levou a economia do país a uma recessão técnica — quando a atividade econômica de um país cai por dois trimestres seguidos.
Qual é a principal atividade econômica da Argentina?
O setor produtivo argentino é composto, principalmente, por atividades ligadas à produção agrícola e pecuária. Nesse último, o país se encontra entre os maiores produtores do mundo. A Argentina é um grande produtor de carne bovina e derivados, e de lã.
Última atualização em 17 de julho de 2024 às 08h24. A Argentina registrou ao final de junho pela primeira vez desde 2008 um semestre com superávit financeiro, e também conseguiu saldo fiscal primário positivo, devido ao severo plano de ajuste implementado pelo governo do presidente Javier Milei.
Em suma, como os investidores estão mais preocupados com a capacidade de pagamento no longo prazo das dívidas no Brasil – sobretudo pelas altas taxas de juros –, retiraram recursos daqui, gerando uma desvalorização do real, que há cinco semanas cai em relação ao dólar. Ademais, pesam os ruídos políticos.
Durante esses anos manteve a sua posição de destaque como 10ª nação mais rica per capita do mundo em 1913 A partir da década de 1850 começou a desenvolver um mercado de trabalho (contratação de funcionários), principalmente na província de Buenos Aires.
A Argentina arrasta, assim, grandes problemas que não conseguiu resolver, entre eles o alto déficit nas contas públicas e os gastos com forte componente de assistência social; uma questão importante de sua moeda; uma economia informal crescente e emprego; escassez de reservas e liquidez para fazer frente aos pagamentos ...
No topo da lista, o Brasil aparece com PIB estimado em US$ 2,13 trilhões. O México ocupa o segundo lugar, com o PIB estimado em US$ 1,81 trilhão, e a Argentina aparece em terceiro, com PIB previsto de US$ 621,83 bilhões.
Assim, quase 25 milhões de argentinos estão abaixo da linha da pobreza. E 8 milhões, ou 17,5% da população argentina, estiveram até mesmo abaixo da “linha da indigência” – sem meios para sequer custear a “cesta básica alimentar”.
Na economia, porém, o Brasil leva vantagem, evidentemente, nos últimos anos, já que o país vizinho foi castigado pela hiperinflação e uma grande recessão – isso, mesmo com todos os problemas internos brasileiros.
A Argentina é um dos 5 maiores produtores mundiais de soja, milho, semente de girassol, limão, pêra e erva-mate, um dos 10 maiores produtores mundiais de cevada, uva, alcachofra, tabaco e algodão e um dos 15 maiores produtores mundiais de trigo, cana-de-açúcar, sorgo e toranja.
Como está a situação financeira da Argentina hoje?
A economia da Argentina encolheu 5,1% nos primeiros três meses do ano, em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Como o resultado do quarto trimestre de 2023 também tinha sido negativo, a Argentina agora está em recessão técnica - dois trimestres seguidos de queda.
O Brasil já perdeu alguma guerra? Já. O Brasil ganhou todos os confrontos que travou, menos um, em que apanhou feio. Na Guerra da Cisplatina, de 1825 a 1828, o país foi derrotado por uma aliança de argentinos e uruguaios.
A ofensiva paraguaia ao Brasil foi uma retaliação à invasão do território uruguaio, implementada pelo governo brasileiro em favor dos colorados e contra os blancos, aliados de Solano López.
A recessão se consolida em meio aos efeitos das medidas do programa de austeridade de Milei, que estabeleceu como prioridade a ordem fiscal — marcado por desindexação e corte de salários, suspensão de repasses a províncias, entre outras.
Os cinco principais grupos de produtos exportados foram os Produtos Agrícolas (43,3%), os Produtos Alimentares (17,5%), os Veículos e Outro Material de Transporte (8,9%), os Combustíveis Minerais (7,7%) e os Produtos Químicos (7,1%).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2025, citando os ganhos de eficiência com o avanço da reforma tributária e o crescimento na produção de petróleo e derivados.