A principal causa envolve fatores genéticos, ou seja, há uma hereditariedade importante no transtorno bipolar. Além disso, há outros fatores fisiopatológicos, como é o caso de algumas alterações de neurotransmissores, principalmente serotonina, noradrenalina e dopamina.
A causa exata do transtorno afetivo bipolar é desconhecida. Estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina. Esse desequilíbrio refletiria em uma base genética ou hereditária para o transtorno.
Como é o surto de um bipolar? O surto pode acontecer de duas maneiras diferentes. Quando a pessoa entra em um episódio de depressão, tende a evitar as situações sociais, apesar dessa atitude nem sempre ser adotada. Esse período — que pode levar de semanas a anos — tende a ser caracterizado pela profunda tristeza.
Nesses episódios de crise maníaca ou depressiva, a sociabilidade da pessoa que tem transtorno bipolar fica prejudicada podendo gerar comportamento agressivo e isolamento. A psicoterapia, através da psico educação e do autoconhecimento, identificar aquilo que desregula e ajuda a produzir mudanças de atitudes”, revelou.
Estudos indicam que a frequência de comportamentos agressivos de um indivíduo bipolar possui ligação com experiências de infância e o ambiente em que ele se encontra. Em outras palavras, trata-se da influência de fatores externos na sua conduta e personalidade, assim como acontece com todas as pessoas.
Bipolaridade não é uma simples mudança de humor | Coluna #138
Qual o grau de perigo de uma pessoa bipolar?
Os perigos ocorrem quando a condição vem acompanhada de sintomas psicóticos, uma vez que a pessoa pode tomar decisões ou ficar presa a pensamos que trariam risco de vida. Então, quando se trata de um quadro de mania psicótica, é possível que o paciente ache que é invencível, se expondo a situações perigosas.
O portador de transtorno afetivo bipolar, quando ESTABILIZADO, pode levar uma vida inteiramente normal. Isso inclui dirigir, trabalhar, sair sozinho, namorar, viajar, etc... Para estabilizar as alterações entre depressão e mania e minimizar as crises é necessário que o tratamento seja feito de forma correta.
O tipo 1 é o mais grave. “Neste tipo, ocorre o quadro completo, com a presença de fases claramente depressivas e maníacas, debilitando e provocando importantes prejuízos na vida dos pacientes”, afirma o psiquiatra Eduardo Aratangy.
A principal característica de uma pessoa com esse tipo de transtorno é a tendência para a impulsividade sem medir as consequências das suas atitudes agressivas, além de serem instáveis afetivamente.
TRANSTORNO BIPOLAR: UM PROBLEMA QUE AFETA OS RELACIONAMENTOS. Parceiros ansiosos e irritáveis, com foco no imediato e que sofrem com seus atos impulsivos. Um ciclo que passa pela depressão de maneira prolongada, pela culpa projetada em terceiros e finalmente na reincidência do mesmo tipo de comportamento.
Quais são os gatilhos para quem tem transtorno bipolar?
Identifique possíveis gatilhos - alguns fatores podem desencadear ou piorar os sintomas das crises bipolares. Por exemplo: estresse, mudanças na rotina, sono prejudicado, consumo de álcool. Procure observar se há uma situação específica que pareça preditora de uma crise e, se possível, ajude evitá-la.
Como é a cabeça de uma pessoa que tem transtorno bipolar?
A cabeça da pessoa com transtorno bipolar faz com que ela se sinta animada, feliz e eufórica. Além disso, na fase da mania é comum que a autoestima seja melhorada, o corpo fique mais agitado, a atenção seja prejudicada e a fala se mostra compulsiva.
A atividade mental e física pode ficar tão exacerbada que há uma perda completa do pensamento e do comportamento coerente (mania delirante), causando extrema exaustão. A pessoa com esse transtorno precisa de tratamento imediato.
O transtorno bipolar reduz a expectativa de vida em pelo menos 10 anos. No transtorno bipolar existe uma perda da capacidade do sistema nervoso de regular adequadamente o humor.
Ainda de acordo com o especialista, em outros momentos, essa pessoa pode sucumbir a crises depressivas, com sentimento de tristeza, angústia, desânimo, falta de energia, vontade de chorar, insônia, falta de apetite e pensamentos pessimistas.
A falta de criatividade e agilidade para modificá-la, a estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de consumo (alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com armamentos, levaram a uma defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas desenvolvidos.
Mantenha uma rotina de sono – mudanças ou redução do tempo total de sono podem desestabilizar a doença; converse com seu mé- dico sempre. Evite álcool e drogas – além de interagirem com algumas medica- ções, também agem no cérebro, aumentando o risco de desestabiliza- ção da doença.
Há, também, um aumento do estresse em todo o organismo. A confusão de sensações e a intensidade emocional exacerbada fazem com que o corpo saia do seu ponto de equilíbrio. Eventualmente, isso determina prejuízos ao cérebro, que não consegue se adaptar a essas mudanças bruscas. De quebra, isso pode embaraçar a memória.
Os episódios de mania não tratados terminam de forma mais brusca do que os de depressão e costumam ser mais curtos, durando desde poucas semanas a vários meses. A pessoa com mania se sente exuberante, notavelmente cheia de energia e eufórica ou irritada.
A investigação mostrou redução da massa cinzenta no cérebro com transtorno bipolar quando comparados com saudáveis. Os maiores déficits foram encontrados na região frontal e temporal do cérebro (em cinza na figura), ou seja, em partes que controlam a inibição e as emoções.
Em pessoas bipolares, o risco de apresentar comportamento suicida chega a ser 28 vezes maior do que no resto da população. A expectativa de vida de homens bipolares é 13 anos menor e das mulheres, 12 anos menor do que da população em geral, segundo estudo feito na Dinamarca.
Perda do controle sobre suas atitudes; Envolvimento em atividades arriscadas e que normalmente exigem cautela, como investimentos financeiros insensatos, fazer compras desenfreadas ou apetite sexual muito aumentado, por exemplo; Pode haver irritabilidade ou agressividade; Pode haver delírios ou alucinações.
Lidar com uma pessoa que tem o diagnóstico de transtorno bipolar requer compreensão, paciência e compaixão. Ao se informar sobre o transtorno, criar um ambiente seguro e acolhedor e incentivar os cuidados pessoais e a busca de ajuda profissional, você pode ter um impacto positivo na qualidade de vida dessa pessoa.
Sim, a bipolaridade pode afetar significativamente os relacionamentos de uma pessoa. As mudanças bruscas de humor e as alterações de energia e comportamento associadas ao transtorno bipolar podem ser difíceis para as pessoas próximas e prejudicar a qualidade da relação.
Uma pessoa com transtorno bipolar de humor pode se apaixonar normalmente e ter uma vida conjugal saudável, mas o transtorno deve estar devidamente medicado e um acompanhamento psicológico sendo feito.