Os produtores da região comparam a produção do café do jacu com a extração de diamantes. Isso porque esse grão não é colhido, mas sim encontrado nos cafezais da região, conforme a digestão dos pássaros. Com as premiações adquiridas pela marca, ele atualmente é considerado um dos cafés mais caros do Brasil.
"Em função do trabalho que a gente tem para fazer esse produto, ele é naturalmente caro. Não tem como fazer um café de jacu com custo baixo (...) É um produto escasso e a produção é incerta, porque depende do apetite do jacu", afirma Henrique Sloper.
No início, era visto como uma praga que ameaçava as colheitas e causava problemas. Foi ao conhecer o café "Kopi Luwak" na Indonésia, feito com excrementos de civeta (mamífero asiático semelhante a um mangusto), que Henrique Sloper teve a ideia de transformar o jacu de inimigo a aliado.
Uma vez alimentado pelos melhores frutos, o jacu elimina os grãos ao pé das árvores de café, que são colhidos manualmente pela nossa equipe, secos, limpos e guardados. Após um período de descanso, são enfim torrados para consumo. O resultados é um café de rara qualidade, com o melhor aroma e sabor da fazenda.
Selecionado naturalmente pelo Jacu, uma ave típica brasileira, o Café em grão Jacu Bird é produzido exclusivamente na fazenda Camocim, no Espírito Santo.
Esse hábito alimentar do Jacu aponta ao produtor que todos aqueles grãos de café tem qualidade, ou seja, deixar o Jacu livre na fazenda garante uma “colheita” no tempo certo e que o café do Jacu terá alta qualidade.
Criar aves e pássaros em cativeiro no Brasil é passível de punição legal conforme a Lei nº 9.605/1998. No país, a criação de aves em cativeiro precisa obedecer aos critérios legais estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Humanos (Ibama).
O café na Rua Alvares Penteado, Centro Cultural Banco do Brasil, Centro São Paulo oferece cafés especiais de todo o Brasil inclusive o Café do Jacu oriundo das montanhas...
O Kopi Luwak, como é chamado esse café, é produzido a partir de grãos de café extraídos das fezes de uma espécie de Gambá selvagem da região da Sumatra, que assim como o jacu, um dia já foi considerado uma praga para os produtores da região.
O jacu se alimenta de flores de ipês e tarumãs em cipós, durante a florada. Caminhando pelo chão, costuma comer frutos, sementes e pequenos invertebrados.
Os excrementos do jacu lembram a aparência de um pé de moleque, com grãos de café incrustados em uma pasta enegrecida. Depois de colhidas, as fezes são colocadas para secar em uma estufa. Em seguida, os grãos de café são classificados e descascados cuidadosamente, antes de serem colocados em uma câmara fria.
Um quilo do café produzido com os resíduos deixados pelo pássaro na lavoura custa R$ 1.100 no Brasil e chega a quase R$ 10 mil no exterior, diz Sloper. O cafeicultor estima que cerca de 200 jacus frequentem a Camocim na época de colheita.
Você já ouviu falar do café Jacu? É um café exótico brasileiro, colhido a partir das fezes da ave silvestre Jacuaçu, e custa mais de R$ 1.800 o quilo. O motivo do preço? É considerado um dos melhores do mundo.
Como surgiu este café? Na região do estado do Espírito Santo, os produtores estavam com problemas com os pássaros Jacu. Assim, eles resolveram alimentar eles com grãos já torrados e a partir disso, começou a ser comum consumir este café exótico.
Um canário “cabeludo”, que foi vencedor de um concurso organizado pela União dos Criadores de Canários de Itapetininga (Ucci), é avaliado em R$ 10 mil. O pássaro é um dos mais caros do Brasil e se sagrou campeão na categoria porte, segundo a organização.
Na Pista Cláudio Coutinho, na Urca, a Jacu é bem comum. Aximoff conta que a ave é muito importante para a natureza: — Ela ajuda a reflorestar a cidade, já que, ao se alimentar de frutos e voar entre as áreas verdes, acaba por excretar sementes de grãos — explica o biólogo.
O animal em questão é o civeta, um mamífero que engole os grãos de café, libera alguns ácidos e enzimas neles e depois os elimina nas fezes. Isso faz com que o café seja fermentado de forma natural e fique com aroma de frutas vermelhas, pouco amargo e nada de acidez.
Qual é o animal que produz o melhor café do mundo?
O Kopi Luwak é o café mais caro do mundo e é feito a partir das fezes de um pequeno animal asiático: a civeta. O quilo de seus grãos pode chegar aos milhares de dólares.
Atualmente, os principais pássaros canoros (aves que possuem um canto harmonioso) mais admirados são cinco: o Curió ou Avinhado, o Bicudo, o Trinca Ferro, o Coleira ou Papa Capim e o Canário da Terra. Acontecem torneios de canto e fibra desses pássaros por todo o território nacional.
A empresa japonesa Sarutahiko Coffee arrematou um lote do café brasileiro Geisha, da Fazenda Rainha, da Orfeu Cafés Especiais, em São Sebastião da Grama, no interior de São Paulo, por R$ 84.500 a saca de 6o quilos, o que equivale a aproximadamente R$ 1.408 o quilo.
Ela é encontrada no Brasil e em toda América do Sul. O curioso é que a Jacu foi considerada uma ameaça aos cafeicultores, já que comia mais de 10% da produção do plantio de café. Em busca de solução para a devastação, fazendeiros se inspiraram no processo do Civeta para transformar a Jacu em lucro.