Em Manaus, as mulheres em idade fértil, em média, consomem 490mg/dia, de acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada em 2009. Celsa disse que o cálcio é um dilatador, a suplementação de cálcio, em baixas doses, é capaz de dilatar essa artéria, consequentemente, ajuda a prevenir a pré-eclâmpsia.
Desde 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a suplementação de cálcio para prevenir a PE em todas as grávidas com dieta pobre em cálcio (< 900 mg cálcio/dia) assim como nas mulheres de alto risco para PE (6).
O comprimido disponível de cálcio na Rede é de 1250mg ou 500 mg de cálcio suplementar. A dosagem recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 1,5g a 2g por dia. Vários estudos mais recentes têm mostrado que doses menores, de até 1g por dia têm sido efetivas da mesma forma para evitar a pré eclâmpsia.
Na gravidez, se a mãe não consumir a quantidade adequada de cálcio, o bebê pode “roubar” o cálcio dos ossos maternos para suprir as suas necessidades. Caso não haja reposição adequada, há riscos de perda óssea progressiva desencadeando na osteoporose.
O uso de ácido acetil salicílico (AAS) em baixas doses é recomendado para gestantes de alto risco para pré-eclâmpsia (grau de evidência A) 1 por reduzir em 17% a incidência de pré-eclâmpsia e em 14% a morte fetal ou neonatal. A dose recomendada é de 60 a 150mg (dose baixa) iniciada entre 12 e 28 semanas de gestação2.
O parto é o melhor tratamento para a pré-eclâmpsia, mas o médico precisa ponderar a gravidade da pré-eclâmpsia e o bem-estar da mãe e do feto (por exemplo, determinar se o feto está crescendo normalmente ou está em sofrimento) em comparação com o risco que um parto prematuro traz ao feto.
A recomendação atual é o uso de doses baixas de AAS 75 a 150 mg, 1x/dia, a partir de 12 semanas de gestação e, idealmente, antes de 16 semanas, podendo ser iniciada até 28 semanas [1–3,6,8].
A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não foi estabelecida. O que se sabe é que estão associadas à hipertensão arterial, que pode ser crônica ou específica da gravidez. Outras possíveis causas incluem: doenças autoimunes, problemas nos vasos sanguíneos, dieta e genes.
A principal fonte de cálcio são os produtos lácteos, como leite, iogurte e queijo. Além disso, alimentos como amêndoas, sardinhas, camarão, ricota e brócolis também são boas fontes de cálcio. O consumo adequado de cálcio durante a gravidez é essencial para a saúde da mãe e do bebê.
Como saber se estou com falta de cálcio na gravidez?
A falta de cálcio pode provocar alguns desconfortos na gestante. “Às vezes, ela pode ficar com sangramento na gengiva, dor no dente, entre outros sintomas. Se ela não consome, é importante ela começar a consumir leite; em umas duas ou três porções, no máximo”, orienta.
Caso se considere que a gestante possui ingestão adequada, não haveria necessidade de suplementar. O início da suplementação de cálcio deve ser antes da 20ª semana, uma vez que os ensaios clínicos foram feitos nesse período. É recomendado manter a suplementação até a 36ª semana.
Segundo esta referência, o AAS deverá ser administrado à noite, começando no período pré-concepção ou no diagnóstico da gestação (antes de 16 semanas de gestação), devendo ser continuado até o final da gestação (4).
O uso de ácido acetilsalicílico na gravidez parece aumentar o risco de complicações hemorrágicas na gravidez, especialmente durante e após o parto, além de aumentar o risco de hematoma pós-parto na mãe, e hemorragia intracraniana no recém-nascido.
A suplementação de cálcio na gestação reduz o risco de pré-eclâmpsia em gestantes em geral, em gestantes de alto risco para pré-eclâmpsia e principalmente em gestantes com dieta pobre em cálcio. As evidências também apontam redução de 20% no risco de morbimortalidade materna.
Doses altas de aspirina na gravidez podem afetar o crescimento do bebê e até elevar ligeiramente o risco de descolamento da placenta (parte da placenta pode se separar do útero).
Para o tratamento de manutenção, opções como α-metildopa, betabloqueadores (pindolol, atenolol), alfa e betabloqueadores (labetalol) e bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina) podem ser consideradas. O único tratamento efetivo da pré-eclâmpsia/eclâmpsia, determinando a "cura" do processo patológico, é o parto.
Os critérios da PA para pré-eclâmpsia são um dos seguintes: PA sistólica ≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica ≥ 90 mmHg (pelo menos 2 medições feitas em um intervalo de pelo menos 4 horas)
Quando é necessário interromper a gestação por causa da pré-eclâmpsia?
"Nos casos identificados como pré-eclâmpsia leve em gestações com 37 semanas ou mais o indicado é interromper a gestação, porque mantê-la não melhora o quadro da mãe, traz mais complicações, e pode evoluir para pré-eclâmpsia grave e eclampsia, caracterizada por convulsões", alertou.
A suplementação à base de cálcio, em baixas doses, está se mostrando um forte aliado na prevenção da pré-eclâmpsia. A doença surge durante a gestação, em algumas mulheres, e acontece quando a pressão sobe subitamente, a ponto de provocar edema cerebral, convulsão e levar a mulher ao coma, se não houver tratamento.
O AAS em baixas doses reduz um pouco o risco de ter pré-eclâmpsia e suas complicações. Como a maioria das mulheres que participaram dos estudos incluídos nesta revisão recebeu AAS em baixas doses, a garantia da segurança do AAS pode não ser aplicável a doses mais altas ou a outros antiagregantes plaquetários.