Além de ser uma referência em moda, comportamento e estilo, a Barbie está há mais de seis décadas presente no imaginário popular e vem pautando discussões sobre feminismo, diversidade e empoderamento da mulher.
Visualmente, "Barbie" é um espetáculo. A direção de arte é exuberante, criando um mundo onírico que, embora divertido, contrasta com a realidade que Barbie deve enfrentar fora de Barbielândia. No entanto, a estética vibrante também levanta questões sobre o valor da superficialidade.
Uma das mensagens mais marcantes do filme é a necessidade da quebra do tabu de que a vida não é perfeita, e você, mulher, também não precisa ser e tá tudo bem com isso!.
O filme não apenas honra o legado da Barbie, mas também ressalta a importância de representatividade e diversidade na mídia. Assim como a Barbie sempre se esforçou para se adaptar aos tempos modernos, o filme busca refletir a diversidade e a inclusão da sociedade atual.
Com uma Barbie um tanto ingênua descobrindo como é a dura realidade de uma sociedade patriarcal, o longa retrata as dificuldades que as mulheres enfrentam para ocuparem os espaços profissionais, o esgotamento de ser uma mulher na liderança em ambientes machistas, a síndrome da impostora e a pressão por uma perfeição ...
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Porque no final do filme a Barbie vai ao ginecologista?
Ter todo mundo vendo a Barbie ir ao ginecologista normaliza a experiência. Ela solidifica o entendimento de que a saúde reprodutiva é parte da saúde geral.
O filme revela que ela é Ruth Handler, a inventora da Barbie. Segundo ela, a boneca não tem um final feliz, já que é uma ideia, não uma pessoa em carne e osso. Após uma conversa emocionante com sua criadora, Barbie decide se tornar humana, para "deixar de ser uma ideia, e sim para começar a criá-las".
Ao longo de sua história, a boneca com mais de 1 bilhão de unidades vendidas colecionou polêmicas, da desaprovação conservadora a um brinquedo “sexualizado” à acusação feminista de que a Barbie promoveria um padrão de beleza impossível.
“Barbie destaca que sem autocuidado e equilíbrio emocional, dificilmente se consegue enfrentar as adversidades da vida, uma vez que o reconhecimento das emoções e das imperfeições, leva ao aprendizado em lidar com elas.
Outro ponto mais do que fundamental para explicar a febre Barbie é a nostalgia. Desde que os primeiros trailers foram divulgados, a Warner apostou bastante nas lembranças que muitas mulheres têm com o brinquedo.
A imagem da Barbie passa a ser um modelo, através dos tempos, sem mesmo que as pessoas se deem conta disto. O poder de persuasão desta personagem está no fato de que contribuem para a formação do caráter da criança, que brincam de ser e se portar como ela: individualista, consumista, sem vinculo familiar, etc, etc...
Para a docente, o filme da Barbie traz um pouco disso ao transportar a boneca para o mundo real. No futuro, a professora espera que os outros filmes da boneca tratem de mais questões relacionadas ao papel da mulher na sociedade. “Esse filme abriu um universo de possibilidades.
Nos filmes da Barbie, a boneca não se concentra apenas em atingir suas próprias metas, mas também em agregar valor e melhorar a vida das pessoas ao seu redor.
Gerwig assinaria oficialmente para dirigir o filme em julho de 2021. Robbie afirmou que o objetivo do filme é subverter as expectativas e dar ao público "aquilo que você não sabia que queria".
Crítica ao padrão de beleza. No longa, assim que ela começa a ter pensamentos de morte, surgem os primeiros problemas de humano como a celulite nas coxas, algo tão comum nas mulheres, mas totalmente massacrado pela mídia e pelo machismo estrutural.
A teoria segue assim: a Barbie de Margot Robbie só se apaixonaria pelo Ken estereotipado, mas o Ken de Gosling, apesar de ser "vendido" como a versão masculina estereotipada, diz que seu trabalho é apenas "praia" o que poderia sugerir que ele é o "Ken Praia" - definitivamente não é a o par perfeito de Margot Robbie.
O filme da Barbie aborda saúde mental de forma inspiradora, estimulando a resiliência e a autoconfiança do público-alvo. “Além disso, proporciona uma experiência imersiva que resgata a criança interior dos espectadores que se vestem com os elementos da boneca, como a cor rosa.
"Acho que a mensagem principal é que você é o suficiente, você já está fazendo o seu melhor, fazendo o que você pode fazer. Eu acho que eu também precisava ouvir isso e é algo muito importante". Barbie já está em cartaz nos cinemas.
Por exemplo: tanto Barbie quanto Ken sabem que não têm genitália, e tal característica rende uma piada em diálogos já divulgados. Algumas cenas também têm linguagem adulta, com uso de palavrões.
Fato é que o filme tem incomodado uma parcela dos homens, e isso acontece porque no mundo fictício da Barbie as coisas são opostas ao que acontece na sociedade real. As mulheres, ou melhor as Barbies, comandam tudo.
No mais, a principal crítica que se pode fazer a “Barbie” é a de que se trata de um filme com evidentes fins propagandísticos, mas totalmente descompromissado com o feminismo que apregoa.
Valorize seus desejos e vontades. Existe toda uma conduta de como homens devem se comportar na frente de outros homens, e na frente de mulheres também. O filme deixa isso bem claro, em forma de crítica! Ken quer exalar virilidade diante de outras versões dele, e também tenta pagar de sedutor na frente da Barbie.
A ideia era que a cor contrastasse com os rosas bem marcantes das outras roupas que a Barbie usou ao longo do filme. "Queríamos um amarelo suave e que tivesse menos pop. Então, estampamos esse amarelo em seda branca e, por causa do corte, fica certinho no corpo", explicou.
Qual é o verdadeiro significado do filme da Barbie?
Direito à equidade, a falsidade na perfeição do mundo de uma boneca mimada a ponto de se ver como o centro das atenções e a escalada do corporativismo chauvinista imperante num prédio fálico, no qual os homens se gabam de dar todas as cartadas, fazem a diferença.