Uma pesquisa da ONG Conectando Saberes aponta que os baixos salários e a falta de perspectiva de carreira são os principais motivos que levam os professores a desistir da profissão. Transtornos psicológicos causados pela rotina difícil — e que aumentaram durante a pandemia — também são outros pontos citados.
A pouca possibilidade de melhora na remuneração é resultado da ausência de políticas que valorizem experiência, formação e avanços acadêmicos dos profissionais. O dado é de uma pesquisa feita pelo Movimento Profissão Docente com informações das secretarias estaduais de Educação em setembro do ano passado.
Os motivos para o salário dos professores ser tão baixo é diverso, vão de machismo à falta de especialização dos profissionais. O fato da maioria dos professores ser mulher, joga a remuneração para baixo.
O primeiro fator que contribui para essa desvalorização é o econômico, pois os baixos salários impossibilitam uma vida digna e levam professores(as) a assumirem diversas aulas ou outros empregos.
O estudo mostrou que o salário dos professores apresentou um crescimento real ao longo da última década, mas que a profissão continua sendo mal remunerada. Outras ocupações que estão na lista de piores salários são: físicos e astrônomos, assistentes sociais, bibliotecários e fonoaudiólogos.
A principal causa da desvalorização profissional são as mudanças na sociedade, das quais modificam o trabalho docente e como não se pode parar essas transformações, os próprios professores devem começar a valorizar sua formação, para que a sociedade passe a além de falar sobre valorização a efetivamente apreciar os ...
O baixo salário, a superlotação das salas de aula, alto nível de adoecimento dos profissionais e as recorrentes contratações temporárias em detrimento dos concursos são alguns dos principais problemas que afastam novos educadores das escolas públicas.
O primeiro é a “desvalorização da carreira”, uma vez que “a remuneração de um professor é mais baixa quando comparada à dos demais cargos ocupados por pessoas que têm ensino superior completo.”. Além disso, o segundo é a falta de infraestrutura nas escolas.
Entre os motivos estão o baixo retorno financeiro, a falta de reconhecimento profissional, a carga horária excessiva e a falta de interesse dos alunos. Os dados são da pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Semesp.
Professores da Educação Básica continuam a ganhar menos do que profissionais de outras categorias que têm nível superior. É o que afirma a instituição Todos pela Educação em seu último Anuário Brasileiro da Educação, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Qual será o piso salarial dos professores em 2024?
O Decreto já está em vigor, com efeitos retroativos a partir de 1º de janeiro de 2024. Este ano, o Piso Salarial Nacional dos professores teve um reajuste de 3,62%, aumentando de R$ 4.420,55 para R$ 4.580,57.
O reajuste anual dos professores da educação básica está previsto na Lei 11.738, de 2008. Cabe ao governo o cálculo, a definição e a publicação oficial do reajuste.
Foi constatado que faltariam docentes de Artes em 18 estados, de Física em 16, de Língua Estrangeira em 15, Filosofia e Sociologia em 11, Matemática em 10, Biologia, Ciências e Geografia em 8, Língua Portuguesa em 5, História e Química em 2 e Educação Física em um estado.
O ambiente social de desconfiança e de banalização, a falta de incentivos aos professores, não lhes reconhecendo o trabalho e comprometimento com a vida cotidiana nas escolas, são alguns relatos das razões para que os professores se sintam desmotivados (SANTOMÉ, 2006).
Os professores são fundamentais para esta visão do futuro”, registra o site da instituição. Pesquisa do Semesp, divulgada em outubro de 2022, aponta que o déficit de professores(as) em todas as etapas da educação básica no Brasil pode chegar a 235 mil no ano de 2040.
Os professores apontam ainda que a defasagem na aprendizagem dos alunos é um dos principais desafios da profissão (28% apontam esse como o principal desafio), o que pode ter sido agravado pela pandemia de Covid-19.
O declínio da profissão se deve pelos baixos salários praticados pela maioria das secretarias municipais e estaduais, além das particulares; aliada ao desprovimento da devida valorização por parte do governo e da sociedade.
Essas preocupantes informações são derivadas, segundo o médico generalista Ramiro Stelmach, de baixos salários, restrito tempo para se cuidar, má alimentação e muita exigência dentro da sala de aula, além disso, trabalha demais e descansa pouco.
Respeito e admiração na sociedade. A profissão de professor continua sendo reconhecida pela maioria das pessoas como uma profissão de respeito. Pelos motivos citados acima, é uma profissão que carece mais reconhecimento e valorização por ser realmente uma das mais importantes.
Educador da Educação Básica: Apesar de sua importância crucial, os professores enfrentam desafios como falta de estrutura, remuneração inadequada e pouco reconhecimento social, resultando em uma desvalorização da profissão.
Qual profissão ganha 100 mil por mês? O Estudo de Remuneração 2021, da consultoria Michael Page, indica o diretor geral do varejo de luxo como o profissional que ganha R$ 100 mil por mês, em empresas de grande porte.