A causa da deficiência auditiva pode estar localizada em diferentes pontos do nosso órgão auditivo, que é bastante complicado e sensível: no ouvido externo, médio, interno ou mesmo no nervo auditivo.
É possível voltar a ouvir em casos de surdez profunda, porém, as chances de conseguir escutar de forma clara e sem dificuldade são baixas, sendo que os casos de maior sucesso de recuperação de parte da audição são os de surdez leve ou moderada.
A maioria dos surdos têm as cordas vocais em perfeito funcionamento, portanto, são minorias os surdos que também são mudos. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Alguns surdos falam, são os surdos oralizados, que desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia.
O implante coclear (IC) é uma prótese eletrônica que serve para ajudar pacientes a retornarem sua audição. Para ser implantado, é necessário uma cirurgia, já que o implante é colocado no ouvido interno.
Embora não consigam ouvir, os surdos sentem a música pela vibração no corpo. Os instrumentos mais recomendados para surdos tocarem são pandeiro, tamborim, bateria, chocalho, triângulo e tambores, de maneira geral, por conta da vibração que fica mais perceptível.
Os surdos são indivíduos que não escutam os sons, eles utilizam uma comunicação espaço-visual como o principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição, que é sua fala traduzida em gestos.
Os surdos oralizados aprenderam a falar a língua oficial do país. Podem usar ou não aparelho auditivo, ter implante coclear ou fazer leitura labial e, por isto, alguns deles são confundidos com pessoas ouvintes.
Implante coclear, também chamado de ouvido biônico, é a tecnologia mais avançada capaz de fazer uma pessoa surda ouvir. Esse implante consiste em um dispositivo eletrônico recomendado para indivíduos que possuem surdez em níveis profundos ou severos.
Tem possibilidade de voltar a ouvir bem com uso do aparelho auditivo?
Os aparelhos auditivos podem melhorar sua capacidade de ouvir e se comunicar com o mundo ao seu redor, mas não podem “curar” sua perda auditiva, assim como os óculos não “curam” sua miopia ou hipermetropia.
Ao menos para grande parte dos surdos. Apesar de não ser de conhecimento geral, pessoas com deficiência auditiva não sabem, necessariamente, ler e escrever na Língua Portuguesa. Idiomas oficiais do Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Português são duas línguas diferentes.
Mas na grande maioria dos casos de surdez de origem genética a causa está numa mutação do gene conexina 26. A mutação mais freqüente, ocorrendo em 70% dos casos, é a deleção de uma base, a guanina. É nessa deleção que consiste a mutação 35delG.
Embora ele não seja uma das causas da perda auditiva, o surgimento desse zumbido pode ocorrer caso a perda auditiva não seja tratada. Portanto, apresentar zumbido pode ser um sinal de alteração da via auditiva, responsável por conduzir os sons para o cérebro.
Qual a diferença do surdo para o deficiente auditivo?
Do ponto de vista clínico, o que difere surdez de deficiência auditiva é a profundidade da perda auditiva. As pessoas que têm perda profunda, e não escutam nada, são surdas. Já as que sofreram uma perda leve ou moderada, e têm parte da audição, são consideradas deficientes auditivas.
A conquista é importante por dois motivos. Primeiro, porque é uma cirurgia de alta complexidade, que exige instrumentos de grande precisão e tecnologia avançada, além de um corpo clínico altamente qualificado. Segundo, porque o implante coclear possui custo alto – cerca de R$ 60 mil (R$ 45 mil apenas pela prótese).
Dependendo da causa da deficiência auditiva, a perda de audição pode ter cura após tratamento medicamentoso ou cirúrgico. O uso de aparelhos auditivos ameniza os casos de surdez mais profunda e corrige as deficiências leves a moderadas.
Os surdos são indivíduos que não escutam os sons, eles utilizam uma comunicação espaço-visual como o principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição, que é sua fala traduzida em gestos.
Segundo o especialista, o implante binaural custa, em média, R$ 150 mil, ao passo que o implante bilateral, que instala dois aparelhos auditivos, custa entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. “Antes, para que o paciente pudesse recuperar a audição nos dois ouvidos, era preciso fazer um transplante bilateral, com dois aparelhos.
A pessoa que tem surdez, de fato, é quem não tem audição alguma. Isso pode ser em um ou ambos ouvidos. Nesse caso, os surdos costumam se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras, mas isso não é uma regra.
O que acontece é que os surdos não recebem retorno da sua fala, ficando difícil modular a voz conforme nossos próprios ouvidos estão acostumados. Contudo, se a pessoa já convive com esse sujeito há um bom tempo, começará a se familiarizar e a entender os sons produzidos.
Maysa Ubrig: Com certa frequência observamos algumas características na voz e fala do deficiente auditivo: a voz pode ser fina ou grossa demais para o sexo e a idade; pode ser hipernasal com a energia do som muito concentrada no nariz ou mesmo hiponasal, com pouca nasalidade, como se o indivíduo estivesse ...
Os surdos oralizados realizam a leitura labial para entender o que as outras pessoas estão querendo dizer. Eles geralmente conseguem expressar-se verbalmente e compreendem bem a língua portuguesa devido à treinos recebidos na convivência com pessoas não-surdas.
No Brasil os surdos eram vistos ineducáveis, logo acabavam sendo excluídos, tendo seus direitos violados, não sendo respeitados, além de serem descriminados e tratados de maneira desumana, pelo simples fato de não conseguirem escutar assim como os ouvintes.
Depende do grau de surdez. Quem apresenta algum nível de audição e estabeleceu a língua portuguesa como seu código de comunicação vai pensar em português. Já quem nasceu 100% surdo, mas foi educado com a língua de sinais, irá pensar com os gestos feitos para emitir cada mensagem.